sábado, 17 de março de 2018

Feliz aniversario mano Júnior


Feliz Aniversário mano Júnior
Carlos Alberto dos Santos Dutra.



O chamado “rapa de tacho” tem suas virtudes, e também suas responsabilidades. Os pais já estavam experimentados na vida e, depois de um longo aprendizado na criação e educação dos sete primeiros. Eis que surge um broto novo.

Quando parecia estar tudo consumado, eis que um sopro de vida e esperança desprende do cosmo. E solta o verbo para o mundo, decidindo viver. Dona Laura era só surpresa, e seu Vilson nem pensar. O filho “temporão” era, como assim dizer, o coroamento, o prêmio, a chave de ouro daquela prole maravilhosa chamada família Dutra.

Querido de todos, aqueles olhos amendoados, cativavam sorrisos e afagos. Aqueles que o contemplavam, enchiam-se de alegria e felicidade. Foi assim que ele cresceu: amado e bajulado por todos. Em especial pela mana Lélia a quem coube os primeiros cuidados maternais.

É, mas ser a criança caçula da casa tem suas responsabilidades. E logo elas saltaram no colo deste menino que, muito hábil, sempre “tirou de letra” os reveses da vida. Percebeu muito cedo a existência de dois mundos, e a expectativa do casal de pais que aos poucos fixavam o olhar cada vez mais distante... O que fazia o menino se desdobrar cada vez mais em atenção e amor filial.

Impertinente e criativo, lá estava o rebento com um solfejo no ar, alimentando o sonho, embalando a música e a esperança de poder ir mais além. Momentos, que os irmãos, no mais das vezes, distantes, quiçá, nunca souberam o quão singular foi essa trilha...

E lá estava, o nosso Júnior, carregando na identidade o nome do pai e no coração, a companhia da mãe. Acariciando o vento e construindo estradas... para a chegada breve do outono que logo lhe brindaria o horizonte...

E lá estavam os olhos bondosos da mãe acariciando-lhe a alma, mantendo-o firme e forte, olhos fixos no seu coração. E juntos atravessaram fronteiras, novos ares, novos rumos, ventos e pantanais, campos e cerrados, Centro Oeste brasileiro adentro, como dois peregrinos, desbravadores pelos caminhos da sorte.

E lá estava nosso irmão Júnior, construindo sua história, alargando espaços, multiplicando amigos, sendo querido por todos e amado pelos que o rodeavam. Se tornou cativo numa terra que muito cedo não lhe pareceu estranha.

Ao longe uma lágrima, no rosto do pai Vilson, rolou, cheio de orgulho deste rebento último. Não teve força suficiente para apartá-lo de si. E logo o destino o coloca na estrada, rompendo o tempo e o espaço, correndo ao encontro do seu guri, pescador como os outros, tonto de saudade, daquele que se tornou moço...

Moço... e casando-se com uma moça sul mato-grossense. Felicidade maior para aquele pai estar ali naquele dia, só a vivida pelo filho, o mano Júnior: Construir sua família: Lenide, a escolhida. E a linda história que começou naquele dia...

O menino que um dia saiu pelo mundo, e que deu flor e fruto, Gustavo e Julia, pode  hoje sorrir para si e para os outros, pois o jardim está completo e florido. Pai, mãe e irmãos, parentes e amigos, todos sorrindo, com a felicidade que canta. Feliz aniversário mano Júnior.
Parabéns. Você chegou lá.