sexta-feira, 30 de setembro de 2022

 

Hoje é dia de saudade, dona Gerusa Alves da Silva.

Carlos Alberto dos Santos Dutra



Há 15 anos uma senhorinha de andar apressado, porém muito consciente de si olhou para o alto vislumbrando um novo e celeste horizonte. Não. Não era presunção ou vaidade; mulher digna e trabalhadora que sempre foi, naquele dia, entretanto, haveria de trilhar um caminho especial: havia chegado a hora dela descansar nos braços do Pai eterno. 

Tratava-se de senhora Gerusa Alves da Silva, mãe do ex-vereador Antônio José da Silva. E lá encontramos em meio ao sorriso daquele rosto gentil, com dedicado zelo e atenção, uma jovem vindo trazer ao mundo os filhos, aos quais educou um a um com todo amor, ao lado do esposo José Benedito da Silva, dotando-os de sabedoria e responsabilidade. 

Celso Sebastião da Silva, Eloides José da Silva, Izaura Alves de Lira, José Donizeth da Silva, Jovelina Maria da Silva Rodrigues, José Aparecido da Silva, Lindaura Alves da Silva Almeida, Marcos Paulo da Silva e Norides Alves da Silva Modesto. 

Amiga, alegre e dinâmica, dona Gerusa sempre foi uma pessoa meiga, cujo olhar demonstrava estar sempre disposta a ajudar alguém. Muito conhecida e querida na cidade, entretanto, passou anônima aos reclamos da fama e das rodas sociais. Não obstante, sempre contou com um grande círculo de amizades em toda a comunidade, demonstrando no gesto de suas mãos, felicidade, acolhimento e afeto. 

Levando uma vida de resignada paciência e dedicação, as ações que se propunha a realizar fazia tudo sempre cheia de criatividade e com uma aura rodeada de graça e encantamento. Isso a tornava uma batalhadora mulher, mãe e esposa virtuosa, motivo que causava um privilégio a quem pudesse partilhar de sua amizade e atenção.

Por muitos anos prestou serviço a comunidade católica a que pertencia. Desde a limpeza no templo da Igreja até o serviço na Casa Paroquial, na época do padre Lauri Vital Bósio, que muito a estimava e onde angariou simpatia e respeito pela missão que desempenhou com toda a devoção. 

Por ocasião do seu falecimento ocorrido no dia 30 de setembro de 2007 uma Moção de Pesar foi aprovada pela Câmara Municipal de Brasilândia expressando o sentimento de toda a comunidade local. A missa de 7º dia celebrada na Paróquia Cristo Bom Pastor em sua memória lembrou um trecho da comenda de condolências que foi apresentada no dia 1º de outubro em sua homenagem. 

Tributo relembrado neste dia com carinho e enlevo pelos filhos e netos, parentes e amigos; de modo especial pela gratidão do filho, Toninho, na época, eleito vereador para seu primeiro mandato, graças ao empenho e preces de sua genitora e família. 

A moção lida durante a missa dizia: O que nos conforta mais é saber que Deus preparou um lar para nós no Céu, onde Ele nos aguarda de braços abertos quando deixarmos nossos corpos terrenos. Que o Senhor possa consolar os nossos corações (...) pela perda deste ente querido que deixou imensa saudade a todos. Hoje é dia de saudade, amiga Gerusa.

Brasilândia/MS, 30 de setembro de 2022.

 

Fonte: DUTRA, C.A.S. História e Memória de Brasilândia/MS, Volume 1-Pioneiros, 2.ed. Brasilândia/MS, 2020, p. 198.



quinta-feira, 29 de setembro de 2022

 

A cada 3 senadores, 1 responde processos criminais.

Ranking dos Políticos/Carlos Alberto dos Santos Dutra


 

Estamos bem servidos de políticos!

Atualmente, no Senado Federal, a cada três senadores, um responde algum processo judicial. Esta é uma característica do sistema político brasileiro que permite parlamentares que sejam considerados réus, que estejam sob investigação ou que já tenham sido condenados à prisão, possam legislar. Ou seja, eles têm o poder de criar e de votar leis que possam influenciar na vida do cidadão brasileiro.

Práticas como corrupção, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, peculato e crimes eleitorais estão no currículo de vários senadores. Por isso, ter consciência na hora de escolher em quem votar é fundamental para a mudança desse quadro. Porque é na escolha de um ou uma parlamentar ficha limpa, que a mordomia e o tal de foro privilegiado, uma das causas do problema, pode deixar de existir.

Ranking dos Políticos, organização, criada em 2012, que classifica os melhores e piores parlamentares em notas de 0 a 10 de acordo com os seus trabalhos realizados na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, com base em três critérios: combate à corrupção, a privilégios e a desperdícios.

No quesito antiprivilégios o Ranking leva em consideração o posicionamento dos parlamentares nas votações das propostas que têm grande poder de transformar a economia do Brasil. 

Enquanto que no antidesperdícios considera a quantidade de faltas e presenças nas sessões e reuniões plenárias, além do percentual da economia da cota parlamentar e da verba de gabinete. 

Por fim, na anticorrupção, é levado em conta as condenações de processos de direito público como improbidade administrativas, desvio de recursos e, até mesmo, corrupção.

Entre os parlamentares existem até alguns políticos que já foram condenados e continuam na ativa ou tentando se reeleger. Um escândalo!

Portanto, a ideia é informar quem são os que merecem continuar no Congresso e os que devem ser demitidos. Essa é proposta do Ranking: ajudar o eleitor consciente a fazer a escolha certa na hora de votar.

Confira os melhores e os piores deputados federais e senadores pelo Mato Grosso do Sul e demais estados do Brasil no portal Ranking dos Políticos:

https://www.politicos.org.br/ , clicar em Processos na parte superior da tela e aplicar os filtros para ter acesso aos conteúdos judiciais.

 


terça-feira, 27 de setembro de 2022

 Marcos Vicente Joaquim: uma trajetória de alegria, perseverança e fé

Carlos Alberto dos Santos Dutra



 






Hoje ele estaria completando 58 anos de idade. Entretanto, há 15 anos, ainda jovem, ele partia. Ontem foi a dor. Hoje, a saudade. Amanhã, a esperança comum a todos nós.

Fim dos anos 1969 e início de 1970 e a família do senhor Vicente Joaquim e dona Luzia Cândida Joaquim chegavam a Brasilândia/MS para juntos construir uma nova etapa em suas vidas. Entre os cinco filhos que Deus brindara ao casal: Odenir, Sonia Maria, Neusa e Almir Antônio, lá se encontrava o caçula Marcos Vicente Joaquim que havia nascido no dia 27 de setembro de 1964 na cidade de Lagoa Azul/SP, chegando à Cidade Esperança com seis anos de idade.

Ele é o personagem de uma história contada cheia de ternura por Kênia Cristina de Azevedo Joaquim, a esposa que ele conheceu ainda moço e com ela se casou quando despontou a maturidade. História de alegria, realizações, dedicação e fé, protagonizada por um brasilandense de coração de ouro e que muitos pouco conheceram em sua rápida passagem entre nós. É a homenagem póstuma que prestamos para os anais da história desta cidade que o acolheu e contemplou seu despertar para o mundo e para fé.

Pois este jovem teve uma infância semelhante à de tantos outros que também aqui chegaram vindos de outras regiões. Estudou no antigo Grupo Escolar Arthur Höffig e depois de concluir o primário, prosseguiu seus estudos no chamado Ginásio, a Escola Estadual Adilson Alves da Silva.

A sua irmã Neusa Vicente Joaquim recorda que quando ele concluiu a 8ª série do ensino secundário foi fazer o curso técnico de Contabilidade na cidade de Valparaíso/SP. Depois de formado voltou a Brasilândia empregando-se na Destilaria Debrasa na área de contabilidade. Anos mais tarde trabalhou no escritório de contabilidade do sr. Celso Messias da Silva, sendo posteriormente convidado para trabalhar no escritório que este senhor mantinha em Três Lagoas, também na área de contabilidade, lá permanecendo até 1992.

Dinâmico e de vigor intelectual admirável, foi um dos primeiros jovens a manifestar-se publicamente através do Jornal de Brasilândia expondo suas ideias e ideais, entre elas, no ano de 1988, a bela e engajada poesia em homenagem aos indígenas Ofaié, que naquela época travavam luta ferrenha pelo reconhecimento como povo tradicional desta região.

Participou do grupo de jovens JUCEC – Juventude Unida com Esperança em Cristo -, na Paróquia Cristo Bom Pastor, da Igreja Católica, grupo criado em 1983 logo após a chegada do pároco padre Lauri Vital Bósio à Brasilândia/MS, chegando a ocupar a presidência da entidade.

Na cidade de Três Lagoas/MS, onde passou a residir, conheceu alguns jovens da Igreja Peniel e o trabalho por ela realizado, vindo a se interessar em trabalhar na obra de Deus. Sob o ímpeto da juventude e como que atendendo um chamado divino, ao ser convidado para ir para a Bahia deixou sua carreira profissional e partiu rumo à cidade de Dias D’Ávila/BA, onde iniciou sua caminhada fé, inicialmente como obreiro, auxiliando o pastor da Igreja daquela cidade. Depois de alguns anos foi para Belo Horizonte onde ingressou no Seminário da Igreja Peniel.

Foi nesta cidade de Dias D’Ávila/BA que Marcos iniciou sua preparação para o ministério pastoral na Igreja Peniel e o ministério Desafio Jovem Peniel, dedicando-se ao trabalho junto à Casa Terapêutica mantida pela Igreja para recuperação de dependentes químicos. Passado algum tempo seria enviado para o Seminário Teológico na base do Ministério, em Belo Horizonte/MG.

A esposa Kênia Cristina lembra que em fevereiro de 1995 Marcos chegou à Belo Horizonte para cursar teologia na ESMI - Escola Superior de Missões -, que fica na sede da Igreja Peniel, onde dedicou-se durante seis anos à sua formação. Em 1996, com autorização de sua liderança convidou jovens da Escola Bíblica onde ministrava aulas para participarem de um grupo de teatro que faria apresentações na Igreja. Uma média de 40 jovens se apresentaram; tudo para sua surpresa, porque não esperava um número tão expressivo assim.

Sua paixão e dedicação ao teatro revelavam a sua alegria de viver. Sempre com muita disciplina e palavras de encorajamento, viu a vida de aqueles jovens aos poucos ir se transformando. Marcos era um líder, um pastor pela essência que o próprio Deus colocou nele, e sempre muito amado de todos. Os pais dos alunos, muitas vezes batiam na porta da sala conde aconteciam as reuniões todos os domingos à tarde para pedir ajuda na orientação dos filhos ou para agradecer a mudança que viam acontecer no comportamento deles em casa.  

Trabalho que se prolongou até 2001 e se tornou referência para os jovens da Igreja Peniel, transformou aqueles alunos em líderes em Igrejas, construíram família lindas, são homes bem-sucedido, tudo por um legado deixado pelo grande líder Marcos Vicente.

No ano de 1998 formou-se e passou a relacionar-se com Kênia Cristina que já a conhecia dos grupos de teatro que liderava e que mais tarde se tornou sua esposa. Em agosto daquele ano se apresentou à família da jovem Kênia expressando desejo de casamento.  Após a sua formatura ocorrida em dezembro e ter frequentado um curso transcultural, em agosto de 1999 tornou-se noivo de Kênia Cristina, para a alegria do pai, Vicente quando soube que o filho formaria uma família.

No ano de 2000 após ter se aperfeiçoado num curso de imersão na língua inglesa em Belo Horizonte numa agência missionária de respeito mundial e assumido a coordenação do grupo de teatro Desafio Jovem Peniel na capital do Estado, traduziu livro do inglês para o português, fez várias viagens missionárias pelo centro-oeste e nordeste do Brasil acompanhando missões estrangeiras como intérprete, sempre contando com o apoio de sua noiva.

Casou no dia 15 de setembro de 2001 na presença de muitos amigos e familiares, sob uma chuva torrencial que abençoou o casal que de forma simples. Por não disporem de salário eles viviam verdadeiro milagre de Deus. Entre os presentes recebidos, montam com carinho a mobília do apartamento financiado pela fé, fruto de uma pequena reserva dos tempos de contabilidade e muito amor envolvendo tudo isso, relembra a esposa.

Após o casamento encontramos o casal trabalhando juntos no campo missionário, na cidade de Dias D’Ávila/BA onde permaneceram até fevereiro de 2002 quando Marcos recebe oficialmente a notícia de que sua consagração pastoral e seu credenciamento ao ministério da Igreja Peniel havia sido marcada.

Seria uma grande festa, lamenta a esposa, mas foi um misto de tristeza e alegria, pois no meio das comemorações Marcos perde o seu pai o amado sr. Vicente. Um pouco desorientado, sem saber o que fazer direito, decide com o apoio de colegas de ministério, seguir até Brasilândia/MS, realiza o sepultamento de seu pai e retorna em seguida para a sua consagração. Deu tudo certo, mas foi muito marcante.

Neste mesmo ano o casal vive a expectativa de integrar um projeto missionário internacional que ocorreria na Rússia, pois entre os candidatos, o que mais se adequavam era Marcos e Kênia. Entretanto, durante o congresso missionário da Igreja tomam conhecimento de que, por problemas de logística, o Projeto Rússia se tornou inviável, e foi arquivado.

Em 2003 o casal seguiu para Rio Branco/AC onde iniciaram novo desafio numa terra estranha, num trabalho no campo missionário, terra que lhes deu de presente Rafael Azevedo Joaquim, verdadeiro bebê missionário nascido em 14 de maio de 2004 em terras acreanas, para a alegria dos pais.

Mas a vida tem seu curso e na maioria das vezes não dá muitas explicações. A partir de 2005, Marcos começou a apresentar um cansaço queixando-se de dores. Nunca gostou de consultas médicas, lembra a esposa, mesmo assim, ganhou algumas sessões de fisioterapia e foi fazer para aliviar as dores no corpo. Apresentava sinais de baixa imunidade, tinha uma rouquidão frequente e sempre associava ao ritmo frenético e estresse.

Depois de passar por exames de laringoscopia, pneumologista e uma tomografia do tórax, no ano de 2006, para a tristeza de todos foi diagnosticado com câncer na parte externa do pulmão, com metástase em estágio avançado.

Foi muito difícil, explica a esposa, mas apesar do diagnostico, a fé e a esperança em Deus o impulsionou e o sustentou. Foi indicado tratamento de quimioterapia e radioterapia. Muitas orações, muita fé, muito apoio e cuidado dos amigos que conquistou ao longo do tempo até ali, gente de longe e de perto, a família apoiando. Mas infelizmente o tratamento não apresentou resultados.

Em 26 de fevereiro de 2007 no ambulatório de quimioterapia do hospital Felício Roxo, em Belo Horizonte, Marcos Vicente Joaquim veio a óbito segurando a mão de sua esposa, três meses antes de seu filho completar três anos de idade. Foi como se uma brisa suave tocasse o rosto daqueles jovens e amigos ao vê-lo despedir-se assim, tão repentinamente. Devolver a esperança de dias melhores para pacientes que se submetem a tratamento fora do domicílio, que se encontram na Casa de Passagem que recebeu o nome de Pastor Marcos Vicente Joaquim, no bairro Universitário, em Rio Branco/AC, é a imagem e mensagem que permanece.

O lugar é simples e aconchegante. As mesas de refeição são grandes e ficam no saguão. Do lado de fora se sente o cheirinho bom vindo da cozinha. De frente umas para as outras, as pessoas se olham, conversam, compartilham experiências. Lá todo mundo é um pouco responsável pelo filho do outro quando alguém vai ao hospital. Algumas crianças brincam pelo pátio, outras passam de um colo para outro. Observados de longe, todos parecem uma família (...). 

Marcos Vicente Joaquim, com certeza, permanece por ali e em muitos outros jardins que plantou e fez florescer por onde passou. 

Brasilândia-MS, 27 de setembro de 2022.

 

Fonte: Depoimento fornecido pela irmã de Marcos, Srª Neusa Vicente Joaquim e pela esposa de Marcos, Srª Kênia Cristina Azevedo Joaquim em 04.Jul.2020. A poesia de Marcos Vicente Joaquim se encontra publicada no Capítulo I, Volume II – Patrimônio, da coleção História e Memória de Brasilândia, página 73. A Igreja Peniel foi fundada em 6 de fevereiro de 1972 com sede em Belo Horizonte e originou-se com a característica de assistir espiritualmente e permanentemente os internos do Desafio Jovem Peniel, bem como os seus familiares após o término do programa de recuperação. O senhor Vicente Joaquim, pai de Marcos, faleceu em Brasilândia no dia 22 de fevereiro de 2002. Pacientes do TFD são acolhidos por Casa de Passagem no Universitário, In. Notícias do Acre, Rio Branco/AC, 18.Nov.2014. Cf. também Dutra, CAS História e Memória de Brasilândia, volume III - Cidadania, pág. 432-434. 

https://www.dropbox.com/s/9mm6dkp6sbp0c2c/Hist%C3%B3ria%20e%20Mem%C3%B3ria%20de%20Brasil%C3%A2ndia-MS%20V2-Patrim%C3%B4nio.pdf?dl=0;

https://www.dropbox.com/s/y5wz3mtdlndjttf/Hist%C3%B3ria%20e%20Mem%C3%B3ria%20de%20Brasil%C3%A2ndia-MS%20V3-Cidadania.pdf?dl=0 



sexta-feira, 23 de setembro de 2022

 

Dez razões para não reeleger Bolsonaro.

Carlos Alberto dos Santos Dutra.


 

Duas cabeças pensam mais que uma, diz o ditado. Pois eu reproduzo aqui o pensamento de não menos que 450 cabeças que há quatro anos vem se reunindo para refletir e pensar sobre as ameaças que a democracia vem sofrendo em nosso país.

Trata-se de um grupo de padres católicos denominados Padres da Caminhada e Padres contra o Fascismo, provenientes de diversas Dioceses, Ordens e Congregações Religiosas e Institutos de Vida Consagrada de todo o Brasil e fora dele. Pois no dia 7 de setembro do corrente ano eles lançaram uma Carta Aberta manifestando-se claramente contra a reeleição do atual presidente da República.

O documento é objetivo e contextualiza o momento que o Brasil vive: O período eleitoral. E inicia relembrando que em 2018, a população, enganada por fake news, desmotivada por crises econômicas, escândalos de corrupção e insuflada por discursos de ódio acabou por eleger para a presidência da República o senhor Jair Messias Bolsonaro. Uma catástrofe anunciada! (...).

Hoje, distante quatro anos daquele momento, o grupo de padres, conscientes de seu dever de pastores do povo de Deus, manifestaram seu alerta aos brasileiros desatentos para o perigo de repetirmos o mesmo erro, pondo o Brasil em uma crise ainda mais grave. Para tanto, elencaram dez razões pelas quais todo o cidadão consciente deveria se opor à reeleição do atual Presidente da República:

1ª- Uso do nome de Deus: o atual presidente sempre manipulou o sentimento religioso da população brasileira, tentando convencê-la de que é um homem cristão, religioso e, por isso, digno e bom. Trata-se apenas de uma estratégia de controle das consciências, visto que todo o seu discurso e suas ações são uma total oposição ao Evangelho de Jesus;

2ª – Discurso de ódio: o atual presidente insufla ódio na população por aqueles que considera inimigos seus ou do país (ainda que inimigos imaginários como os comunistas), tendo sempre um discurso ligado à violência, ao apelo às armas, a imposição da maioria e submissão das minorias, e um tom de agressividade e de desprezo pelos pobres, pelas mulheres, comunidades tradicionais indígenas e quilombolas, população de rua, comunidade LGBTQIA+, migrantes, etc.; 

3ª – Fake news: toda a eleição de 2018 foi movida por notícias falsas e alarmistas, colocando em pânico a população mais simples e vulnerável. Notícias falsas circularam por grupos de WhatsApp e pelas demais redes socias, desinformando e manipulando a população. Durante todo o seu governo as notícias falsas e caluniosas permaneceram e o Presidente mente de forma compulsiva na TV e em seus diversos pronunciamentos; 

4ª – Má gestão da pandemia de COVID-19: o governo atual, capitaneado pelo Presidente Bolsonaro, geriu de forma desastrosa e desumana a pandemia de COVID-19. O Presidente fez propaganda de medicamentos comprovadamente ineficazes, atrasou propositalmente a compra de vacinas, criou dificuldades para o estabelecimento de políticas de distanciamento social, demitiu ministros da saúde que contradiziam suas ideias infantis e, incrivelmente, ainda imitou pessoas morrendo sufocadas;

5ª – Volta da pobreza: o país foi imerso na pobreza e 33 milhões de pessoas passam fome no Brasil de hoje. Nós, que havíamos saído do mapa da fome em 2014, tornamos a ver a instabilidade alimentar em nosso meio. A inflação impede pessoas de comprarem alimentos básicos para a subsistência. Nosso povo passa fome enquanto super ricos cercam o atual Presidente por medo de perderem privilégios. Com tudo isso, o presidente ainda nega que existam pessoas com fome no Brasil; 

6ª – Aumento do desmatamento: O desmatamento ilegal, as políticas que favorecem o agronegócio irresponsável, favorecimento do garimpo ilegal, silêncio e despreocupação com as ameaças sofridas por ambientalistas e defensores da Amazônia, o uso de agrotóxicos proibidos em outras partes do mundo, o pisoteamento das comunidades indígenas, o desaparelhamento dos órgãos de controle ambiental e indigenista e a sistemática destruição da Amazônia são escândalos em nível mundial. O atual governo coloca em risco toda a confiabilidade do país e o equilíbrio ambiental através de suas políticas ecocidas; 

7ª – Sinais claros de corrupção: eleito com discurso anticorrupção, o atual Presidente vive soterrado e soterrando os escândalos de corrupção que o envolvem e envolvem sua família. Escândalos de corrupção na compra de vacinas, escândalos no MEC, interferência na Polícia Federal, desmonte das políticas de transparência fundamentais no combate à corrupção, compra do parlamento através do orçamento secreto, movimentações financeiras milionárias não esclarecidas (compra de 51 imóveis com dinheiro vivo), sigilo de 100 anos sobre ações pessoais sendo que somos uma República; 

8ª – Ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF): o Presidente da República tem sistematicamente atacado o STF, que diz intervir indevidamente no governo. Frases ameaçadoras contra ministros do STF são públicas e estão nas redes socias. A ameaça a um poder da República é um ataque à Constituição Federal e um perigo ao Estado Democrático de Direito. Além disso sustenta um discurso antidemocrático militarista; 

9ª – Questionamento sobre o processo eleitoral: mesmo tendo sido eleito pelo atual sistema de urnas eletrônicas, o Presidente da República questiona sistematicamente o sistema eleitoral brasileiro, afirmando que houve e que podem acontecer fraudes. Chegou mesmo a afirmar que existiam provas dessas fraudes, provas essas, que nunca pode demonstrar. O TSE já demonstrou que tudo não passa de retórica de mentira. Porém, com esse discurso cria desconfiança e instabilidade no sistema eleitoral do Brasil; 

10ª – Claros sinais de autoritarismo e fascismo: por fim, o lema do presidente Bolsonaro sempre foi: Deus acima de tudo, Brasil acima de todos, que se assemelha a propaganda nazista Alemanha acima de tudo, lema que deturpa patriotismo em perigoso nacionalismo. Em um Estado laico a única realidade que está acima de tudo é a Constituição, que existe para garantir a liberdade e o bem estar de todos os cidadãos, não importando suas etnias, religiões ou classes sociais. O Estado laico não é Estado ateu. Estado laico é a única garantia de que todos os cidadãos poderão viver e celebrar suas diversas crenças de forma livre; 

Por fim, feitas essas considerações, como padres preocupados com o bem comum e bem estar da população brasileira, recordam os religiosos que Jesus veio para que tenham vida e vida em abundância (Jo 10,10). E conclamam: Um discípulo de Jesus, quando consciente, não pode reeleger um homem que com palavras e obras demonstra ser o oposto de tudo aquilo que Jesus é e anuncia. Deus nos ilumine para sermos fiéis ao Senhor da vida!

 Brasilândia/MS, 25 de setembro de 2022.


Foto: https://www.cartacapital.com.br/politica/para-agradar-evangelicos-bolsonaro-reduz-obrigacoes-fiscais-de-igrejas/

Fonte: Carta Aberta assinada por mais de 450 padres católicos de diversas Dioceses, Ordens, Congregações e Institutos de Vida Consagrada de todo o Brasil e fora dele, denominados Padres da Caminhada e Padres contra o fascismo. 07.Set.2022https://www.ihu.unisinos.br/categorias/621936-450-padres-se-manifestam-contra-reeleicao-de-bolsonaro; https://www.pragmatismopolitico.com.br/2022/09/padres-catolicos-manifestam-contra-reeleicao-bolsonaro.htmlCf. também: https://www.brasildefato.com.br/2020/07/31/mais-de-mil-padres-apoiam-carta-ao-povo-de-deus-dos-bispos-com-criticas-a-bolsonaro;

 

Quem será o patrono da nova Praça da Cohab?

Carlos Alberto dos Santos Dutra


 

 








Véspera do Dia da Árvore e na sessão do dia 19 de setembro último, a Câmara Municipal de Brasilândia/MS dedicou-se a analisar o Projeto de Lei nº 21/2022, proposto pelo vereador Nivaldo Nunes, que Dispõe sobre a denominação da praça poliesportiva do bairro Conjunto Habitacional Thomaz de Almeida, no Município de Brasilândia, de Nelson Trad.

Não sem surpresa, dois dias antes o citado vereador havia solicitado a este escrevinhador uma biografia daquela comunidade, e eis que agora nos deparamos com a proposta já consubstanciada através da supracitada propositura. 

Embora achando que merecesse tal honraria premiar um antigo morador da comunidade – tal qual um Tim Bottan, um Ataíde Lopes, um Antônio Alves, ou uma Alméria Ortiz Fonseca (dona Fia), entre outros; enfim, algum nome nativo lembrando os primeiros anos de fundação daquela comunidade, cumpre aqui descrever, ofício de historiador, a biografia do personagem que, por razões outras, por nós desconhecidas, foi escolhido.

Nelson Trad nasceu em Aquidauana, no dia 30 de outubro de 1930 e faleceu há 20 anos, aos 81 anos, em Campo Grande, no dia 7 de dezembro de 2011. Foi advogado, agente público e político do Estado de Mato Grosso do Sul, exercendo o cargo de Deputado Estadual (de 1983 até 1991) e Deputado Federal (de 1991 até 2011).

Iniciou sua carreira pública em 1963 ao filiar-se no PTB onde permaneceu até 1965. A partir 31 de janeiro de 1963 exerceu o cargo de Vice-prefeito de Campo Grande ao lado de Mendes Canale, permanecendo no cargo até 9 de abril de 1964.

Depois de passar um rápido período como 2º Procurador-geral do Estado (entre julho de 1979 a novembro de 1980), e 3º Secretário de Justiça do Estado do Governo Pedro Pedrossian (entre novembro de 1980 a fevereiro de 1982), elegeu-se Deputado Estadual e depois Deputado Federal. 

Filho de Assaf Trad Margarida Maksoud, imigrantes libaneses, casou com Theresinha Mandetta e teve cinco filhos: Fátima, Maria Thereza, Marquinhos, Fábio e Nelsinho, sendo os três últimos também políticos.

Sobre sua vida pública a mídia social Wikipedia destaca que ele cursou advocacia na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) entre 1953 e 1957. Foi presidente do Conselho Penitenciário do Estado do Mato Grosso do Sul e do Tribunal de Justiça Desportiva da Federação de Futebol.

De 1991 a 1995 foi membro do Congresso Revisor na Câmara dos Deputados. Em 2006, foi relator no processo do Conselho de Ética da Câmara e recomendou a cassação do mandato do Deputado Roberto Brant (PFL-MG). Votou pela recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira-CPMF, com o nome de Contribuição Social para a Saúde-CSS. Votou contra a suspensão da CPI do apagão aéreo em 2007 e pelo fim do voto secreto no legislativo. O deputado ainda apoiou uma lei para impedir o trabalho da imprensa no Congresso.

Foi líder e vice-líder por diversas vezes dos partidos que representou desde 1983. Participou como presidente e titular de inúmeras Comissões Permanentes da Câmara Federal: Constituição e Justiça e de Cidadania (2005-2010); Constituição e Justiça e de Redação (2010); Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias (2006); Educação, Cultura e Desporto; Fiscalização Financeira e Controle; Relações Exteriores; Relações Exteriores e de Defesa Nacional (2008-2009); Trabalho, Administração e Serviço Público; Viação e Transporte (2009-2010).

Foi relator e/ou titular de Comissões Especiais para Amenizar Tributação Cumulativa; Defesa dos Direitos da Pessoa Humana; PEC nº 3/07-Férias Coletivas Juízes e Tribunais (2009); PEC nº 58/03-Alienação de Terras; PEC nº 92/95-Escolha Ministro STF; PEC nº 96/92-Modificações na Estrutura do Poder Judiciário; PEC nº 98/07-Fonogramas e Videofonogramas Musicais (2007-2009); PEC nº 101/03-Reeleição da Mesa; PEC nº 153/03-Procurador Municipal (2010); PEC nº 157/03-Revisão Constitucional (2005); PEC nº 198/95-Assegura o Mandato Parlamentar aos Vice; PEC nº 336/09-Recomposição das Câmaras Municipais (2009); PEC nº 353/01-Número de Vereadores; PEC nº 358/05-Reforma do Judiciário (2006); PEC nº 407/01-Prorrogação da CPMF; PEC nº 422/05-Improbidade Administrativa (2009); PEC nº 471/05-Serviços Notariais (2007); PEC nº 487/05-Defensoria Pública (2006); PEC nº 598/98-Idade Mínima para Cargo Eletivo; PEC nº 610/98-Imunidade Parlamentar; PL nº 146/03-Licitações e Contratos; PL nº 203/91-Política Nacional dos Resíduos (2005); PL nº 3.057/00-Parcelamento de Solo Urbano (2006); PL nº 3.198/00-Estatuto da Igualdade Racial; PL nº 3.846/00-Agência Nacional de Aviação Civil; PLP nº 184/04-Sudeco; Projetos de Lei Regulamentação do Sistema Financeiro Nacional; Reforma do Judiciário; Reforma Política; Reforma Trabalhista.

Participou também das Comissões Parlamentais CPIs: Benefícios Previdenciários; Tráfico de Armas; Violência no Campo; Sistema Carcerário (2008). Também do Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica, e Conselho de Ética e da Comissão Mista Especial que discutiu o Desequilíbrio Econômico Inter-Regional Brasileiro, a CPMI-FGTS e as denúncias na Destinação de Recursos do Orçamento da União.

Este cidadão que foi professor da disciplina de Direito Penal, na antiga Fundação Universidade Católica de Mato Grosso-FUCMT (depois UCDB) deu ainda significativa contribuição ao antigo IAPAS e ao Tribunal de Justiça Desportiva da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, como presidente.

Esta laboriosa trajetória, sem dúvida, qualifica e confere ao homenageado às honras que a efeméride exige e reconhece, para que se venha conferir o nome de Nelson Trad à Praça Poliesportiva do Bairro Thomaz de Almeida, ora em conclusão na diminuta Brasilândia/MS.

Através deste gesto, não sem clamar quixotesco em favor do telurismo parido nesta terra, há de se concluir que a Cidade Esperança, através de sua edilidade, se sente embevecida e honrada por se ver elevada ao nível dos altos pretórios da governança nacional.

 Brasilândia/MS, 23 de setembro de 2022. Dia da Árvore.


Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Nelson_Tradhttps://www.camara.leg.br/deputados/73761/biografia; A grande família: bons de voto, clãs se perpetuam na política de MS. www.caaraponews.com.br. Consultado em 17 de maio de 2016; Nelson Trad, vítima ou vilão? - Ricardo Noblat: O Globo. Oglobo.globo.com. 16 de outubro de 2010. Consultado em 18 de fevereiro de 2012; http://www.cmbras.ms.gov.br/noticias/340/C-Acirc-mara-aprova-nome-de-pra-ccedil-a-no-bairro-vale-verde--campanha-agosto-lil-Aacute-s-e-semana-de-consciencializa-Ccedil--Atilde-o-sobre-o-autismo.html

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

 

José Leite de Noronha, o sindicalista da terra nos deixou.

Carlos Alberto dos Santos Dutra


 

Tem dias que amanhecem sombrios e nostálgicos nos fazendo parar no tempo e refletir sobre o sentido da vida. O dia de hoje foi um deles, quando a chuva, que pareciam lágrimas, nos conduziram ao recolhimento, à memória.

Há trinta dias, nesta tarde, minha mãe, dona Laura partia. Primeiro mês sem ela, sem o seu sorriso, sem a sua alegria, sem a sua magia de tudo transformar em paraíso...

E como se a dor não fosse suficiente, eis que a notícia do falecimento do Sr. José Leite de Noronha também nos chega para fazer companhia neste momento de profundo pesar.

Por diversas vezes tive a oportunidade de celebrar ao lado do seu Zé Leite, como era conhecido. Celebração de lutas, conquistas, derrotas, vitórias. Mas acima de tudo celebração da vida, da fartura de força que de seus braços e coração brotavam.

Há dois anos, quando completou 60 anos de casado, ao lado da esposa, Srª Maria Cosmo de Noronha, tive a honra de estar ao seu lado rogando a Deus bênçãos sobre o casal, oportunidade em que pude manifestar um pouco da admiração desta comunidade de Brasilândia em relação à sua pessoa. 

E a fiz em versos que passo agora a reproduzir; tudo para demonstrar que a vida não acaba com a morte; apenas recomeça, tanto para quem parte, como para quem fica.

Aquele que parte irá trilhar novos caminhos por nós ainda insondáveis e que somente a ele dizem respeito. Aos que ficam, igualmente, cabe recomeçar a caminhada iniciada por aquele que se foi, honrando-o e perenizando no tempo sua memória e seus feitos de glória que confortam a alma e o espírito da esposa, filhos, familiares e amigos.

Depois de 88 anos de caminhada, descanse em paz, amigo de tantas jornadas agrárias, seu José Leite de Noronha, nosso sindicalista da terra no céu. 

Brasilândia/MS, 21 de setembro de 2022.

 

Homenagem ao Casal
 José Leite de Noronha e Maria Cosmo de Noronha

Para ouvir clique no video


Bodas de Diamante.

1- Amigos aqui presentes
Hoje é um dia especial
Pois a vida conjugal
Do seu Zé Leite e Maria
Festeja com alegria
Suas bodas de diamante.
E foi assim, num instante
Que um filho de Caetés
De Garanhuns, através.
De uma data memorável
Nascia este cabra saudável
Era 7 de setembro
Ano 34, eu me lembro
E logo ele virou moço
Foi no meio do alvoroço
Da guerra e revolução.
Para defender a nação
No Exército se alistou
Mas o comandante falou:
Serviço militar: - dispensado.
E lá se tocou o soldado
Sem farda, buscando a sorte
Resolveu deixar o Norte
Foi pra São Paulo animado.


2- Sua história foi assim:
Começou no interior
Junqueirópolis, sim senhor.
Trabalhou de diarista
E por ser idealista
Foi exímio professor
Dos filhos de seu senhor
Dono das terras, e os seus
Foi um dom que Deus lhe deu
Alfabetizar num estalo.
Na fazenda Canta Galo
Onde ele foi trabalhar
Ensinou ler e a contar.
Mas a coisa ficou boa
Co’a chegada de Alagoas
De famílias pro algodão
Prá colheita, e nosso irmão
Vendo aquele pau de arara
E o trem chegando, tomara.
Adamantina, o destino.
Mas o coração do menino
Brioso e trabalhador
Notou no rosto um rubor
De um olhar bem feminino.


3- Em meio aquela gente
Lá estava aquela jovem
Que beirava os dezenove
Ele já com 24
Não ia fazer teatro
Pois tinha pedido a Deus
Que era um desejo seu
Uma esposa arrumar
Para com ela casar.
E foi o que aconteceu
Quando o dia amanheceu
Zé e Maria, casados, felizes
Foram brotando raízes
Nasceu a primeira filha
Foi engrossando a família:
10 filhos e mudou de rumo
Santa Mercedes, me aprumo
Se tornou um comerciante
Para depois ser sitiante
Partindo prá Ouro Verde.
Mas só viu tapete verde
Quando pisou nesta terra
Brasilândia que encerra
Cerrados e cana-verde.


4- Foi aqui na Brasilândia
Que nasceu a sua caçula
Filha que mãe sempre adula
Zelosa de muitas datas
Verdadeira mãe-da-mata
Dona de casa, cozinheira
Criar filhos, costureira
Professora no bordado
Naquele lar tão sagrado
Ao lado do companheiro
Zé que também foi fazendeiro
E sindicalista por anos
16, se não me engano.
A frente do Sindicato
Trabalhadores de fato
Numa longa trajetória
60 anos de história
Bodas de diamante celebra
Resistência que não quebra
Casal unido, fraterno
Que suportou o inverno,
A chuva, também o sol de verão
Compromisso que fez, farão
Selando o amor eterno. 


5- Ah, seu Zé Leite de lutas.
Impossível não lembrar
Ensinou gente a sonhar
Por um chão e liberdade.
E, sem nenhuma vaidade
Dedicou-se aos sem-terra
Pregou a paz, não a guerra
Mas com força e decisão
Acolhendo os irmãos
Pelos campos acampados
E passou uns maus bocados
Numa luta desigual
Verdadeira pastoral
Que imprimiu no sindicato
Do mais velho ao novato
Deu esperança ao povo
Fez brotar o sangue novo
Reforma Agrária esperada
Que ao lado de sua amada
Esposa, filhos e netos
Sempre contou com o afeto
Mesmo assim, sem entender
O que fazia aquele homem ser
Tão dedicado e correto.


6- Homem, assim, é raridade.
Tão dedicado operário
Verdadeiro relicário
Não cansa no dia-a-dia
Sorri a esposa Maria
Ao ver o seu Zé confiante
Olhando sempre o horizonte
Parecendo sempre moço
E no meio do alvoroço
Sempre aconselha com calma
Para a família é a alma
Que nasceu do amor primeiro
Compromisso verdadeiro
Há 60 anos passados
Deram-se as mãos lado a lado
Vida juntos que plantaram
Flores, frutas que vingaram
Embelezou o caminho
Que hoje colhe com carinho
Nesta festa radiante
É as bodas de diamante
Deste casal e seu ninho!


Homenagem ao Senhor José Leite de Noronha e Senhora Maria Cosmo de Noronha declamada pelo autor durante a Celebração de Bodas de Diamante, em Brasilândia/MS, no dia 4 de janeiro de 2020. 

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Na Paz, seu Domingos se encontra com Maria, sua Mãe.

Carlos Alberto dos Santos Dutra


 







A porta da Igreja ainda  não se encontrava aberta. Mas ele já estava lá com o olhar comprido em sua direção. A laje do banco da praça ainda guardava o calor da tarde que declinava, enquanto os primeiros raios de luz das estrelas começavam a pontuar sobre seus cabelos levemente brancos. Logo outros amigos lhe fariam companhia sentando ao seu lado, igualmente esperando o milagre acontecer.

Todas as quartas-feiras, raras vezes faltando, lá se encontrava seu Domingos Leite Soares com o terço na mão adentrando aquele espaço e distância entre seus pés e a porta da Igreja. Caminhando lentamente, por vezes trôpegos devido à idade e as doenças que lhe faziam companhia nos últimos anos, lá se dirigia ele para aquele seu encontro semanal.

Bem ao seu estilo e elegância, caminhava ereto e com olhar que mirava longe. Um leve sorriso no rosto demonstrava quando alguém lhe dirigia a palavra. Comedido e com o aspecto de um sábio, inspirava paz a quem dele se aproximava. Mesmo que pouco falasse, dizia muito o seu silêncio que alcançava longe.

As amizades, a família, o trabalho e as dores, quando adentrava o templo, tudo lhe parecia secundário. Tamanho encantamento que dele se apropriava, no momento em que seus olhos sobre Ela pousavam. A vista parecia faltar-lhe para tanto brilho e acolhimento que d’Ela desprendia a quem dela se aproximava.

Não. Não podia tocar-Lhe e tampouco se sentia merecedor. Apenas se ajoelhava e deixava que o perfume e as flores que caiam do céu pousassem sobre sua cabeça. Neste momento o coração lhe apertava e sentia-se querido e amado tal qual um filho junto de sua mãe.

Filhos, família, amigos, teve tantos. Pais, esposa, parentes, também os teve. Só que o tempo, aos poucos, foi-lhe roubando um a um, restando-lhe raros encontros e abraços de acolhida. Coisas da vida, com o que já não se importava mais, enquanto caminhava, quando ao lado d’Ela se encontrava.

E ali, diante da Santa Virgem Maria, mãe de Deus e daquele filho gentil, ele se dava conta do quanto era feliz, voltando quase ser aquele menino nascido em Montes Claros. Ainda preso ao cordão umbilical da mãe, desde o dia 9 de setembro de 1939, quando nasceu, por 83 anos manteve-se ligado, segurando firme, por semelhança, as contas do rosário que sempre rezou, confirmando sua devoção e fé.

Quando os anjos vieram buscá-lo, tiveram dificuldade de entender os parentes e amigos que havia chegado a hora dele partir. A hora daquele filho se encontrar pessoalmente com sua Mãe do Céu havia chegado.

Caminho que ele havia preparado, em silêncio, ao dedilhar cada conta do rosário às quartas-feiras na comunidade Cristo Bom Pastor que frequentava e que hoje dele se despede, no dia em que ele celebra a sua Páscoa definitiva.

Descanse em Paz seu Domingos Leite Soares. Interceda por nós junto à Virgem!

Brasilândia/MS, 19 de setembro de 2022. 


sábado, 17 de setembro de 2022

 

Ler, julgar e agir em tempo de política.

Carlos Alberto dos Santos Dutra







Um dia, um jovem perguntou para mim: --Por que o senhor escreve? De imediato não soube responder. Minutos depois uma série de respostas passaram pela minha mente. Meu interlocutor já não estava mais por perto, porém, a vontade de lhe dar uma resposta permanecia. A ponto de me incentivar a redigir estas linhas.

A questão – diria eu –, não se prende tanto ao porque escrevo, mas para quem escrevo. Sobretudo num tempo onde cada vez menos se lê e nos distanciamos das palavras, contextos e significados. Pode ser um paradoxo: pouco se lê mas ainda assim insistimos em escrever.

A explicação para a insistência na escrita – diria eu --, seria uma nobre justificativa para se incentivar à leitura. E não estou falando dos clássicos da literatura universal cujos pensamentos, excertos deles, de quando em vez, são lançados pelo Facebook causando admiração a todos.

Tais frases, assim escritas, ainda que descontextualizadas muitas vezes, se apresentam como um libelo e convite à leitura. Não raro despertando o interesse do leitor ao aprofundamento sobre algumas obras, muitas delas referenciais de vida para a humanidade.

Por isso o escritor escreve. Mesmo que uma rápida nota, ou artigo num blog raramente visitado. Mas ele teima em semear letras e palavras ao vento na esperança de que elas pousem, tal qual semente, sobre o coração de algum viajante em busca de um  horizonte azul.

-- É para este que escrevo, teria dito na ocasião ao jovem que me interpelou. Escrevo para aquele que não se contenta em ver o mundo somente, mas deseja também entendê-lo para transformá-lo. Sobretudo no mundo das ideias, onde as palavras tem o dom de iludir ou discernir, dependendo do meu ponto de vista, dependendo de onde me situo no lugar onde vivo, suas ideias, seus valores.

Por isso o escrevinhador insiste com as palavras, em que pese as mensagens de áudio hoje nas midias sociais substituam os textos abreviando o tempo e a distância entre o que fala ou escreve e o que ouve ou lê.

Neste tempo pré-eleitoral, nunca a leitura foi tão necessária e útil ao discernimento. Único escudo capaz de deter as fakes news e os tais vídeos curtos de banalidades das redes sociais que iluminam e enchem os olhos de crianças até idosos com valores cada vez mais distantes daqueles tidos como normais.

Na política deste ano, só para citar um exemplo, podemos perguntar: -- Quem será capaz de conhecer, se não através da leitura acurada, o programa de governo dos 151 candidatos que disputam as 8 vagas para a deputado federal; ou as propostas apresentadas pelos 375 candidatos que disputam as 24 vagas para deputado estadual no Mato Grosso do Sul?

Eleição é um patrimônio muito caro aos brasileiros pois lhes garante escolher quem irá os governar e representá-los por 4 anos. Mais que um dever, é um direito inalienável, uma conquista constitucional que deve ser valorizada por cada cidadão.

Mas isso só terá êxito se cada um exercer esse direito com conhecimento e responsabilidade, votando em quem lhe apresentou a melhor proposta, entre tantos. É preciso conhecer a história de vida e ações do candidato, bem como aprofundar suas propostas através de um instrumento imprescindível: a leitura, para se poder ver, julgar e agir com o nosso próprio saber.


Brasilândia-MS, 17 de setembro de 2022.

Imagem: Governador Wilson Barbosa Martins (ao lado da esposa Nelly Martins, o deputado Akira Otsubo e a prefeita Marilza Maria Rodrigues do Amaral) recebe do autor um exemplar do livro Ofaié, morte e vida de um povo (Autoria da Foto: Ritsuko Katsumata Benicio,1998).

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Calendário Histórico Cultural de Brasilândia-MS




CALENDÁRIO HISTÓRICO CULTURAL DE BRASILANDIA-MS

 

MÊS 

DIA 

ANO 

EVENTOS SOCIAIS


Janeiro

10

2012

Fundação da COOMAFA Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Brasilândia (Extinta).

Janeiro

12

2008

Fundação da AEAFH Associação Esperança dos Agricultores Familiares e Hortigranjeiros de Brasilândia. Raimundo Martins, 1º Presidente.

Janeiro

15

2000

Fundação da ABARROS Associação Brasilandense dos Arrendatários de Olarias. Augusto Siqueira Ramos (Cuca), 1º Presidente.

Janeiro

15

2017

Fundação da APPAA - Associação dos Pequenos Produtores do Assentamento Almanara. Dorival Ranulfo da Silva, 1º Presidente

Janeiro

18

2004

Fundação da Associação de Moradores e Pescadores do Reassentamento Novo Porto João André-ATOCA. José Carlos de Souza, 1º Presidente.

Janeiro

22

2000

Fundação da UNVERDEPAR União dos Moradores do Rio Verde e Paraná. Srª Ernestina da Silva Ravanhani, 1ª Presidente (Extinta).

Janeiro

31

2008

Fundação da ABA Associação Brasilandense de Apicultores. Cícero Godoy Vasconcelos (Rafa), 1º Presidente.

 

 

 

 

Fevereiro

1983

Criação da FAMBRA – Fanfarra Municipal de Brasilândia. Jehu Vieira Serrado, 1º Maestro.

Fevereiro

3

1999

Fundação da AVCC Associação de Voluntários de Combate ao Câncer. Leonide Rodrigues Lima, 1º Presidente.

Fevereiro

6

1966

Queda da Ponte de Madeira sobre o Rio Verde (33 mortos). Gestão do Prefeito José Francisco Marques Neto.

Fevereiro

6

1982

Fundação da ARU Associação Recreativa União. Prof. Canoa, 1º Presidente.

Fevereiro

16

2011

Morte Arthur José Höfig Jr. (Filho do fundador de Brasilândia). Gestão do Prefeito Dr. Antônio de Pádua Thiago.

 

 

 

 

Março

2

1995

Inauguração da Escola Municipal Paulo Simões Braga. Gestão de Prefeita Neuza Paulino Maia.

Março

10

2002

Fundação da ADECOPAM - Associação de Desenvolvimento Rural do Projeto Assentamento Mutum. Elizabete Victal Caetano, 1º Presidente.

Março

11

1987

Instalação da Comarca de Brasilândia. Gestão da Prefeita Neuza Paulino Maia.

Março

20

1999

Inauguração da Unidade de Resfriamento CACRETUPI. Gestão da Prefeita Marilza Maria Rodrigues do Amaral.

Março

21

1998

Inauguração da Escola Municipal Raimundo Pedro de Souza. Gestão da Prefeita Marilza Maria Rodrigues do Amaral.

Março

24

1981

Fundação do Sindicato Rural de Brasilândia. Eliazel Paes de Oliveira, 1º Presidente.

Março

25

1976

Fundação da Destilaria de Álcool Debrasa. Maurilio Biagi Filho, 1º Diretor Presidente. Gestão do Prefeito Gentil Ferreira de Souza.

 

 

 

 

Abril

5

1993

Fundação do Rotary Club. Ovídio Lopes de Oliveira, 1º Presidente.

Abril

5

1993

Fundação da Casa da Amizade. Rita de Cássia Oliveira, 1ª Presidente.

Abril

7

2000

Fundação da Associação da Mão de Obra Atingida e Moradores Excluídos da Barranca Rios Verde e Paraná. Hélio Noronha, 1º Presidente.

Abril

11

2002

Fundação da Associação Indígena Ofaié Xavante. Marcelo da Silva Lins, 1º Presidente.

Abril

11

2006

Fundação da AUDE Associação dos Universitários da Debrasa. Gestão do Prefeito Dr. Antônio de Pádua Thiago.

Abril

11

2012

Fundação da Associação Hankrägani de Produtores Ofaié. Silvano de Moraes de Souza, 1º Presidente.

Abril

12

1985

Fundação do STRB Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasilândia. Irineu de Souza Brito, 1º Presidente.

Abril

16

1978

Inauguração do Salão Paroquial de Brasilândia. Revmº. D. Antônio Barbosa, Bispo de Campo Grande. Gestão do Prefeito Adilson Alves da Silva.

Abril

17

1986

Fundação do SINTED Sindicato dos Trabalhadores em Educação (ABRAP). José Arnaldo da Silva, 1º Presidente.

Abril

21

1957

Instalação do Cruzeiro e Missa Campal de Fundação do Povoado. Padre John Tomes.

Abril

25

1965

Instalação do Município de Brasilândia e Posse do 1º Prefeito eleito de Brasilândia, José Francisco Marques Neto.

Abril

25

1990

Fundação da ARM - Associação Recreativa Master. Osvaldo, 1º Presidente.

Abril

28

1983

Morte do Fundador Arthur Höffig. Gestão da Prefeita Neuza Paulino Maia.

 

 

 

 

Maio

4

2002

Fundação do SINDIBRAS Sindicato dos Servidores Públicos de Brasilândia. Marcos Eduardo Costa Brasil, 1º Presidente.

Maio

5

2006

1º Fórum Municipal de Cultura. Gestão do Prefeito Dr. Antônio de Pádua Thiago.

Maio

10

2011

Fundação do FUSUS Fórum Permanente dos Usuários do SUS. Jair Bezerra Xavier, 1º Presidente.

Maio

17

2001

Fundação da COOPERBRAS Cooperativa B. de Produtos e Serviços Têxteis (Extinta).

Maio

19

1968

Fundação da Loja Maçônica Estrela do Ocidente nº 12. João Paes Lima, 1º Presidente.

Maio

20

2012

Inauguração do Mural Cultural na Praça da Matriz. Gestão do Prefeito Dr. Antônio de Pádua Thiago.

Maio

25

1988

Fundação da ACIABRA Associação Comercial de Brasilândia. Alcides Lopes, 1º Presidente.

Maio

26

2013

Fundação do Grêmio Recreativo Pedra Bonita. Daiane Aparecida da Silva, 1º Presidente.

Maio

29

1995

Associação de Moradores do Conjunto Habitacional João Paulo da Silva. Renato Batista de Oliveira, 1º Presidente.

 

 

 

 

Junho

5

1989

Fundação da AMATA - Bairro Thomaz de Almeida. Carlos Alberto do Amaral, 1º Presidente.

Junho

12

1961

Elevação do Povoado de Brasilândia à Distrito. Gestão do Prefeito Francisco Leal Queiroz, de Três Lagoas/MT

Junho

13

2007

Tombamento Histórico da Árvore o Tamboril (Lei 2186/07). Gestão do Prefeito Dr. Antônio de Pádua Thiago.

Junho

21

1981

Fundação da AAB Associação Atlética Brasilandense. Julião de Lima Maia, 1º Presidente (Extinta).

Junho

25

1972

Fundação da Paróquia Cristo Bom Pastor. Revmª. Irmã Abigail Dias Batista, 1ª Administradora Paroquial.

 

 

 

 

Julho

1997

Fundação da CTB Cooperativa dos Trabalhadores de Brasilândia. Américo Silva Filho, 1º Presidente.

Julho

2

2000

Fundação do SINDICOM Sindicato dos Empregados do Comércio de Brasilândia. Jorge Justino Diogo, 1º Presidente.

Julho

14

2013

Fundação da Associação Viva a Vida de Apoio a Terceira Idade. Maria Jovelina da Silva, 1ª Presidente.

Julho

15

1995

Fundação da APPR Associação dos Pequenos Produtores Rurais de Brasilândia. José Melo de Carvalho, 1º Presidente.

Julho

19

2003

Fundação da APASF - Associação de Produtores Agroecológicos de Subsistência Familiar. João Batista Nascimento, 1º Presidente.

Julho

31

1997

Fundação da APAE Associação de Paes e Amigos dos Excepcionais. Profª. Elidia Almeida Martinez Soriano, 1ª Presidente.

 

 

 

 

Agosto

2

1996

Fundação do JUCEC Juventude Unida em Cristo. Irineu de Souza Brito, 1º Presidente (Extinto).

Agosto

2

2003

Fundação do Instituto Cisalpina de Pesquisa e Educação Sócio Ambiental. Carlos Alberto dos Santos Dutra, 1º Presidente.

Agosto

3

1994

Criação da Escola Paulo Simões Braga. Gestão da Prefeita Neuza Paulino Maia.

Agosto

6

2013

1ª Conferência Municipal de Cultura de Brasilândia. Gestão do Prefeito Jorge Justino Diogo.

Agosto

9

2014

Fundação da Associação Restaura Vida de Preservação e Recuperação de Dependentes Químicos. Ademir de Souza Moura, 1º Presidente (Extinta)

Agosto

13

1983

Fundação da APLB Associação dos Produtores de Leite. Nedino Cardoso, 1º Presidente.

Agosto

28

1997

Fundação da AMDE Associação de Moradores do Distrito Debrasa. Neusivan Fonseca do Nascimento, 1º Presidente.

 

 

 

 

 

 

1968

Instalação da 1ª Escola Municipal Antônio Henrique Filho. Gestão do Prefeito Patrocínio de Souza Marinho.

Setembro

16

1999

Fundação da Associação de Moradores Jardim Oiti. Jonas Moreira Alves, 1º Presidente.

Setembro

16

1999

Fundação da Associação de Moradores Jardim Mão Amiga. José Pedro Rosa, 1º Presidente.

Setembro

18

1986

Criação da Comarca de Brasilândia. Gestão da Prefeita Neuza Paulino Maia

Setembro

18

1997

Fundação da APRAMBRAS – Associação dos Produtores Assentamento Mutum. Roberto Silva, 1º Presidente.

Setembro

19

1984

Fundação da ARDE Associação Recreativa Debrasa. Marcos Bezerra Araújo, 1º Presidente.

Setembro

19

1996

Criação do Distrito Debrasa. Gestão da Prefeita Neuza Paulino Maia

Setembro

19

2012

Fundação da COOPEABRA Cooperativa dos Apicultores de Brasilândia. Gestão do Prefeito Antônio de Pádua Thiago.

Setembro

20

2003

Fundação da ASSOBRAA Associação de Agentes Ambientais. Deolir Felipe Schio, 1º Presidente.

Setembro

29

2000

Fundação da Associação APPRRPB– João José Ferreira – Pedra Bonita. Irma Aparecida da Silva Melo, 1ª Presidente.

 

 

 

 

Novembro

6

1997

Morte de Luigi Cantone. Proprietário da Cisalpina Agrícola S.A.

Novembro

7

2003

Fundação da AUBRAS-Associação dos Universitários de Brasilândia. Lincon dos Santos Cangussu, 1º Presidente.

Novembro

8

1956

Inauguração do Grupo Escolar Arthur Höffig. Gestão do Prefeito Ranulpho Marques Leal, de Três Lagoas.

Novembro

8

1975

Criação da Escola Municipal Antônio Henrique Filho. Gestão do Prefeito Gentil Ferreira de Souza.

Novembro

13

1955

Travessia da 1ª Balsa tocada a motor entre Panorama e o Porto João André.

Novembro

14

1963

Criação do município de Brasilândia. Gestão do Prefeito João Dantas Filgueiras, de Três Lagoas.

Novembro

14

1986

Fundação da Loja Maçônica Vigilantes de Brasilândia. Mauro Alves de Oliveira, 1º Presidente (Extinta).

Novembro

27

1970

Criação da Escola Estadual Adilson Alves da Silva. Gestão do Prefeito Julião de Lima Maia.

 

 

 

 

Dezembro

5

2004

Fundação da Associação de Moradores José Rodrigues. Cláudio Uchoa de Lima, 1º Presidente.

Dezembro

12

1987

Morte do Deputado Júlio César Paulino Maia. Gestão da Prefeita Neuza Paulino Maia.

Dezembro

14

1997

Inauguração do Monumento da Praça da Bíblia. PL do Vereador Antônio Severino da Silva.

Dezembro

18

1985

Criação da Escola Estadual Debrasa. Mileide Gonçalves dos Santos, 1ª Diretora.

Fonte: DUTRA, C.A.S. História e memória de Brasilândia. Volume 5 – Poderes. Brasilândia: Edição do Autor, 2022. p. 337-339. Disponível em https://clubedeautores.com.br/livros/autores/carlos-alberto-dos-santos-dutra

Volume 5-Poderes, na íntegra em PDF: 

https://www.dropbox.com/s/97wtv8qz75w73ti/Hist%C3%B3ria%20e%20Mem%C3%B3ria%20de%20Brasil%C3%A2ndia-MS%20V5-Poderes.pdf?dl=0

 

EVENTUAIS ERROS FAVOR COMUNICAR WHATSAPP (67) 99967-3300.