Homenagem ao amigo João
fininho
Carlos Alberto dos Santos Dutra
Amigos me dão licença
Um momento vou falar
Quero aqui homenagear
Meu compadre João fininho
Gente fina, é padrinho
Do meu nosso casamento
Que selou contentamento
De amizade verdadeira
Oigale te porqueira
Se aquerenciou na amizade
Vai-se os dias, vem a idade
E os laços que sempre apertam
Com a mente sempre esperta
Afinidade, coisa e tal
Desenfreado bagual
Desde o tempo de solteiro
Recém namorava, ligeiro
Comadre Benê e o sorriso
Parecia o paraíso
Prum coração teatino
Buscava um novo destino
Nas plagas mato-grossenses
Em terras brasilandenses
Semeou no campo amigos
E colheu para o abrigo
Toneladas de amizade
Homem de paz, é verdade
Exerceu com alegria
Os dons que a vida lhe deu
Mal o dia amanheceu
E já estava peleando
Sem alarde, labutando
Criou os filhos e a família
Linda por sinal, com o brilho
E nunca saiu dos trilhos
Beleza e capacidade
Lucidez, honestidade
Sempre de olho na crítica
Com um olho na política
E o outro na sociedade
Compromisso com a verdade
Mestre no trânsito, opina
Com ele não tem rotina
Não gosta de contar lorota
Pisa firme com a bota
Perfumada e não se atrasa
Sorri a dona da casa.
Mas é homem de bandeiras
Que já ocupou cadeiras
Em palanque e sindicatos
Associação e outros atos
De coordenação e chefia
Enfrentou até covardia
Mas sempre ergueu a fronte
Olhando firme o horizonte.
Esse é o João que está em festa
Algumas rugas na testa
Pois a luta sempre é bruta
Mas o índio não se assusta
Setenta e dois anos de vida
Estrada mais que colorida
Até parece um guri
Olha lá como ele ri
Olhando o churrasco amigo
Bom assador, o Rodrigo
Neste lugar santuário
Dos amigos relicário
Aceite o nosso abraço
Para este coração buenaço
Um feliz aniversário!
Brasilândia/MS, 13/Set/2022.
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