terça-feira, 23 de setembro de 2025

 

História de São Vicente de Paulo


Era uma vez um menino
Logo após seu nascimento
Foi batizado com o vento
Foi, assim, no mesmo dia
Tempo de pouca alegria
Dona Bertranda e seu João
Caçula de seis irmãos
Filho de agricultores
Trouxe brilho para as flores
À família que primava
A fé que a mãe ensinava
As primeiras orações
O catecismo e as lições
Que aos olhos do pequeno
Vicente, calmo e sereno
Guardava em seu coração
Inteligente esse irmão
Mostrou sempre caridade
Desde a mais tenra idade.
 
Em frente da sua casa
A imaginação criou asas
Tinha um pé de carvalho
Que logo abaixo dos galhos
Tinha um buraco no caule
Fé não se aprisiona com enjaule
Ali ele colocou uma imagem
Da Virgem e uma mensagem
E todo o dia rezava
Diante dela se ajoelhava
E fazia uma oração.
 
Logo se tornou irmão
Entrou na ordem franciscana
Queria ser padre, hosana
E ordenou-se sacerdote
Dezenove anos, meninote
Estudioso e dedicado
Doutor da Igreja, admirado
Um teólogo afamado
Que cultivou amizade
Com olhos de caridade.
 
Também passou por apuros
Acorrentado entre muros
Prisioneiro de piratas
Foi vítima de escravocratas
Nunca perdeu a esperança
Teve fé e confiança...
 
Vendido a um pescador
E a um químico senhor
Depois a um fazendeiro
Foi trocado por dinheiro
Até ouvir uma canção
Muçulmana de um irmão
Renegado que chorava
E sua mão segurava
Em busca de um novo lar
Atravessaram o mar
E voltaram para a França
Sua terra de criança
E assim foi acolhido
De novo, padre querido
Logo voltou a estudar
Direito canônico, anunciar
Nomeado capelão
Da Rainha, numa pensão
Ele passou a residir
Seu serviço: distribuir
A esmola para os pobres
Recolhia entre os nobres
Dos palácios que moravam
Dava 
àqueles que rodeavam

Não descuidando os doentes
Sorria vê-los contentes
Nas visitas que fazia
Ao hospital, sintonia
Com Deus em seu coração.
 
Acusado de ladrão
Por um juiz na pensão
Caluniado e doente
Ele sempre foi em frente
E tornou-se cardeal
Com seu aspecto jovial
Nova paróquia acolhido
Também ali foi querido
Confraria do Rosário
Foi ali que ele criou
Obra que frutificou.
 
Também foi preceptor
Dos filhos de um general senhor
Experimentou a riqueza
Gente da mais alta nobreza
Sem descuidar da Missão
Fundou a Congregação
E também a Confraria
Sob o olhar de Maria
Repensou a Caridade
Sempre cheio de vontade
Até o Papa poder ver
E então reconhecer
O que Vicente fazia
Devolvendo a alegria
Àqueles que não tinham nada
Apenas a poeira da estrada.
 
Esta é a história do menino
Um filho de campesino
Que hoje aniversaria
Enche a Igreja de alegria
Quem viveu oitenta anos
Hoje é nosso paroquiano
Nosso Santo padroeiro
Neste bairro é o primeiro
São Vicente, soberano.
 

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