quinta-feira, 30 de junho de 2022

 

Lei de Diretrizes, Cultura e Esperança.

Carlos Alberto dos Santos Dutra






No início do mês de junho deste ano ele encaminhou um singelo e-mail à Câmara Municipal de Brasilândia. E isso, por um motivo que julgava de suma importância para o crescimento e consolidação da cultura, em especial, daquela cidade onde vivia há 36 anos devotando amor por aquele lugar.

Ele atendia a um chamado feito à comunidade pelas redes sociais que conclamava a cada um dos munícipes a dar sua parcela de contribuição ao que estava sendo proposto na Lei de Diretrizes Orçamentárias-LDO do município para o ano de 2023.

E lá se foi o cidadão que já havia sido vereador no passado mas que ainda acreditava na utopia. Com todo o respeito e acatamento encaminhou sua modesta sugestão de emenda à citada Lei que se encontrava em tramitação naquela digna Casa de Leis.

Esperava o cidadão que sua proposição, de baixo custo financeiro, porém, de notório interesse público, pudesse ser acolhida e fosse inserida no texto legal que finalmente seria aprovado pelos vereadores antes do recesso parlamentar de julho.

Com o propósito de facilitar o trabalho daqueles representantes do povo, tomou a liberdade aquele cidadão de redigi-la nos termos da fórmula usual daquela Casa:

Emenda Aditiva ao Anexo I do Projeto de Lei nº 07/2022, de 13 de abril de 2022 que define as Diretrizes e Metas para a Elaboração do Orçamento de 2023-LDO.

Título: Metas Físicas Previstas para 2023 (pág. 8 do Projeto de Lei))

Subtítulo: Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer (pág. 15). Item: Cultura (pág. 16). Quadro das Ações, Atividades e Projetos, que seja acrescentado o seguinte item com a seguinte redação: 

......Atividade.................Meta....................Produto................

Elaborar o Plano Municipal de Cultura e incrementar a Regulamentação das Leis 2.081/05 e 2.084/05

03

Plano Municipal de Cultura;

Conselho Municipal de Cultura e

Fundo de Investimentos Culturais-FIC

 justificativa para a presente emenda, escreveu o cidadão, funda-se na necessidade de se criar em Brasilândia uma instância colegiada e deliberativa que se preocupe com a Cultura e os valores artísticos da população, dedicando tempo e respeito ao cidadão, descobrindo valores e promovendo a defesa do patrimônio e da arte, nas suas mais diversas modalidades e formas de expressão. 

Preocupação, aliás, já elencada como prioridade nas metas do presente Projeto de Lei (pág. 7). Nada mais salutar, portanto, que as ações previstas como metas físicas para 2023 elas sejam planejadas e promovidas com o parecer e anuência do Conselho Municipal de Cultura, ora proposto, e que deve ser revitalizado, permitindo, inclusive, articular valores artísticos com as demais secretarias, como o turismo e o meio ambiente, o esporte e o lazer.

Da mesma forma no que se refere a gestão dos recursos necessários e que podem ser obtidos com o ISSQN local; também a captação de recursos junto às políticas públicas e programas oficiais do Fundo de Investimento Culturais-FIC, do Estado que se somariam ao Fundo Municipal de Incentivo e Apoio à Cultura (Lei 2084/05, de 12 de dezembro de 2005), que carece ainda ser regulamentado e colocado efetivamente em prática, o que garantiria a autonomia financeira em relação à promoção da cultura local, desonerando o erário das costumeiras subvenções à terceiros para garantir a promoção da cultura em nosso município.

Contando com a compreensão e aprovação desse Legislativo, desde já agradeço. Brasilândia-MS, 4 de junho de 2022, concluía o cidadão.

Os dias se passaram e, mesmo com uma pontinha de dúvida se sua proposta seria acolhida ou não, seus olhos e coração se mantiveram confiantes. Até o momento que eles debruçaram-se sobre o texto final aprovado na última segunda feira (27/06). Sua contribuição não se encontrava lá. Na escala das prioridades legislativas, sua proposta não deve ter sido considerada relevante. Ou quiçá, tenha ficado presa numa pasta de spam de algum provedor e sequer chegou a ser lida. Mas a rica cultura deste município não desiste, olha para seu passado de glória, de um tempo edílico de sua triunfante Fanfarra e reluta, pois ainda carrega, com orgulho de sua história, o epíteto de Cidade Esperança.

Brasilândia/MS, 30 de junho de 2022.


 Cf. https://www.youtube.com/watch?v=_36RoQBGtnk

https://www.youtube.com/watch?v=mIs-yAbnjVo

Vídeo: Concurso Nacional de Bandas e Fanfarras realizado em Campo Grande/MS. FAMBRA, de Brasilândia, 2º lugar como melhor fanfarra na categoria juvenil e melhor Regente. Cortesia: Rogério Rodrigues de Souza






















segunda-feira, 27 de junho de 2022

 As lembranças e a saudade em migalhas

Diác. Carlos Alberto dos Santos Dutra


Neste clima ainda de jubileu da Paróquia Cristo Bom Pastor, depois de ter sentido intensamente os efeitos de uma celebração tão revigorante para os católicos paroquianos que puderam agradecer aos Céus a caminhada trilhada até aqui pelos caminhos da fé, os dias que se seguem também podem nos levar a contemplar mais amiúde as fotografias antigas cheias de vida e lembranças em migalhas que guardamos na memória daqueles tempos.

São nomes e fatos esparsos, de um passado distante, às vezes imperceptível, mas de um significado profundo para aqueles que lá estavam e viveram cada momento, presenciando com os olhos a caminhada que seus pés faziam, sem mesmo notar o quanto de importância aquele gesto representou e que alguma pena distraida registrou, além do Senhor da história que tudo vê, contemplou.

E lá estava um berrante tocando dentro da Igreja Matriz. Sim, um berrante ressoando seu som por entre as paredes repletas de santos num tempo de tanta devoção. Foi no lançamento do Projeto Rumo ao Novo Milênio durante a missa celebrada no dia 1º de dezembro de 1996, quando um jovem tocou o berrante: --Atenção, atenção! Dizia ele, --Caminhamos rumo ao novo milênio! E tocou o berrante. --O tempo se cumpriu e Jesus armou sua tenda entre nós! E lá se ia o rapaz tocando o berrante, adentrando a nave principal da igreja. Seu nome, não sabemos dizer, mas com certeza olhos de mãe e pai ou padrinhos e amigos hão de lembrar e o saudar.

Outra lembrança que quase todos ainda guardam é da bonita imagem do casal Celestino Matias da Silva, o seu Celeste e dona Galdina Ferreira de Jesus que se dedicaram à Igreja desde o início da evangelização nestas terras, com a celebração da primeira missa campal em 1957. Exemplo de humildade, mesmo depois da criação da Paróquia, em 1972, dona Galdina permaneceu ajudando as irmãs missionárias nas celebrações, cursos de batismo, catequese, preparação aos noivos, assistência religiosa nos velórios; e seu esposo, seu Celeste firme como um dos pioneiros da pastoral do dízimo.

Nestes tempos primeiros, quando a pastoral era realizada sob a poeira da estrada, podemos lembrar também o pesqueiro Changrilá. Sim, quem diria, a ceva de propriedade do senhor Maurício Ferrini, que ficava localizada nas margens do rio Paraná. Foi no dia 18 de outubro de 1994 que ele e sua família recepcionou o clero diocesano de Três Lagoas, que veio à Brasilândia, num encontro de confraternização que contou com a presença do padre salesiano Giovani Zarbini, padre que no ano seguintes foi nomeado bispo de Guarapuava, no Paraná. Uma honra para Brasilândia.

São pequenos acontecimentos, mas de profundo significado para aqueles que, de alguma forma, participaram destes eventos. Certa vez, durante a visita pastoral do bispo Dom Izidoro Kosinski à Brasilândia, ele, depois de visitar os indígenas Ofaié que se encontravam na barranca do rio Paraná, no dia 10 de maio de 1989, participou do cortejo fúnebre que conduziu a indígena Dirce de Souza, que havia falecido grávida de sete meses no dia anterior. Na ocasião, o féretro foi conduzido pelo bispo no seu próprio veículo F-1000 que muitos estão lembrados, até o cemitério municipal, num gesto de solidariedade e profunda humanidade.

Outro acontecimento foi o caso do primeiro telefone da Paróquia Cristo Bom Pastor, de número 546-1152. Ele foi instalado no dia 30 de outubro de 1986 e o número permanece até hoje, tendo sido adquirido inicialmente em nome do senhor Domingos Cristóvão Ribeiro, membro atuante na Igreja em diversas Comissões Paroquiais.

Sobre a extração do látex, matéria prima da confecção da borracha, o assunto foi objeto de muita atenção do bispo Dom Izidoro Kosinski, durante uma visita pastoral que ocorreu no dia 27 de outubro de 1995. Na fazenda Almeida, do casal Dr. Anísio Gomes de Almeida e dona Áurea, que eram membros da Comissão de Construção da atual igreja matriz da Paróquia, o bispo ouviu com muito interesse as explicações sobre o processo desde o plantio da seringueira até a extração do látex.

Entre os diversos paroquianos que participaram ativamente da comunidade em eventos especiais pode ser lembrado um dos que participou da ordenação episcopal de Dom Antônio Majela Reis, que foi 1º bispo nomeado para Três Lagoas. Tratava-se do casal seu Estevão Domingos da Costa e sua esposa dona Antônia que viajaram de ônibus, acompanhados da irmã Margarida até Mariana, Minas Gerais, onde participaram da cerimônia de sagração episcopal, ocorrida no dia 27 de março de 1978. Uma bênção a participação de Brasilândia em terra distante.

Desde a criação, a Paróquia Cristo Bom Pastor nunca descuidou a caridade. Antes da inauguração do Salão Paroquial que aconteceu em 1978, todo o mês de dezembro ocorria na Paróquia a Festa da Fraternidade tendo como local o Grupo Escolar Arthur Höffig e que angariava recursos para aquisição de alimentos que era distribuído à população carente do município no chamado Natal do Pobres.

No tempo das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado também aconteceu um fato curioso. Durante uma palestra realizada no dia 11 de janeiro de 1979 sobre os serviços na Igreja, pela Irmã Zélia da Silva, ela pediu aos presentes que indicassem cinco nomes para compor a nova Comissão Administrativa da Paróquia. E sabe o que aconteceu? Os mais votados, após serem consultados, todos se recusaram a aceitar o cargo. Só depois de alguns minutos de silêncio é que o senhor Gilvaez de Almeida levantou-se e deu o seu “sim”, sendo aclamado presidente e tendo sido acompanhado por outros membros atuantes da comunidade, senhor Antônio Coelho Vicente, seu Agostinho da Silva e o senhor Onofre de Souza Oliveira que assumiram a coordenação administrativa da Paróquia.

Durante as visitas pastorais que Dom Izidoro Kosinski, bispo de Três Lagoas fazia à Brasilândia ele sempre escolhia uma ou duas famílias para celebrar missa. O dia 27 de outubro de 1995 foi uma dessas vezes. Nesta ocasião ele celebrou a Eucaristia na residência do casal José Medina e dona Antônia, na barranca do rio Paraná, oportunidade em que lá compareceram mais de 30 pessoas.

As lembranças são muitas, desde o tempo do padre Lauri Vital Bósio que, num dos aniversários da cidade, no dia 25 de abril de 1999, recebeu o título de Cidadão Honorário de Brasilândia, em cerimônia ocorrida na Associação Atlética Brasilandense-AAB, ocasião em que também foram agraciados com a comenda o senador Ramez Tebet e o governador José Orcírio Miranda dos Santos.

As obras do presbitério e sacristia da 2ª Igreja Matriz, por exemplo, iniciaram no dia 14 de abril de 1994, pelas mãos do senhor Manuel, membro da Paróquia Santa Rita de Cássia, de Três Lagoas. E o piso da área interna, cerca de 450 m2, desta mesma igreja começou a ser sentado no dia 14 de outubro daquele mesmo ano pelo senhor Tarcílio, está registrado no livro tombo da Paróquia. 

Outro acontecimento ocorreu no ano de 1995, quando o primeiro barbeiro de Brasilândia, seu José Barbosa e sua esposa, dona Joana comemoraram seus 60 anos de casados (Bodas de Diamante) com uma bela celebração de ação de graças realizada na igreja matriz e onde a família toda se reuniu para festejar.

São lembranças que somente quem as viveu sabe a importância que elas tiveram. Quanto a nós, às vezes, meros espectadores, pois não estávamos lá no momento, só podemos compartilhar a alegria de seus corações e, algumas vezes, de seus filhos e netos que os relembram e os festejam. No fundo todos sentem a mesma alegria de ter chegado até aqui e poder contemplar tudo isso, pois sem querer, também nós estamos fazendo parte desta história que começa aqui e termina no alto dos Céus.

 Brasilândia/MS, 27 de junho de 2022.

Mais histórias sobre a Paróquia Cristo Bom Pastor:   https://carlitodutra.blogspot.com/2022/06/revista-comemorativa-ao-jubileu-da.html


domingo, 26 de junho de 2022

 

Homenagem ao Jubileu de Ouro da Paróquia Cristo Bom Pastor

Poesia de autoria do Diác. Carlos Alberto dos Santos Dutra (Carlito) declamada durante a celebração eucarística realizada no dia 25 de junho de 2022 presidida pelo bispo Dom Luiz Gonçalves Knupp, na presença do padre Fábio Alves de Oliveira e padre Edi Quina Pereira, na igreja matriz da Paróquia Cristo Bom Pastor, da cidade de Brasilândia, Diocese de Três Lagoas/MS.


1-Senhores me dão licença
Um momento vou falar
Quero aqui homenagear
O dia de hoje, que é festa
Me faz uma cruz na testa
Pois o ambiente é sagrado
E olho para os costados
E vejo gente sorrindo.
--Mas, de onde terá vindo
Essa alegria e cantar?
--Motivos prá festejar?
Sem demora vou dizer:
E logo já dá prá ver
Que o motivo é coisa séria
Bem pilchada e gaudéria
Vejo povo reunido
Filho, esposa e marido
Bispo, padre e ministros
E pra não faltá o registro
Cabe aqui, dizer bem alto
Num grito de sobressalto
--Jubileu, 50 anos!
 
2-Vendo o altar, que beleza
Imagens que guardo a tempo
E que adornam este templo:
Ó que saudade do sino
Quase volto a ser menino
Vendo a Cruz e a capelinha
A corneta da igrejinha:
Chamando, que alegria
E a Paróquia, quem diria?
Venceu todas as distâncias
A fome e a ignorância
Trazendo o sinal da cruz
Do Bom Deus que nos conduz
Desde o idoso à infância.
 
3-Aqui estamos reunidos
Celebrando o aniversário
Tantas preces e rosários
As procissões, as novenas
Capela ficou pequena
Disse então o conselheiro
E lá estava o primeiro
João Tomes, itinerante
Padre de terra distante
Às voltas com os sacramentos
Batizado e casamentos
E as tais das ‘desobrigas’.
--É mais adiante, prossiga!
E lá ia o missionário.
Na ausência de um vigário
A mando de Dom Antônio
Cruzou todo o patrimônio
Para as fazendas trazia
A missa e as romarias
Sacramentos, conversão
Todos num só coração
Sob a proteção de Maria.
 
4-E a fé tornou-se forte
Com a primeira missa rezada
Ao pé do Cruzeiro, animada
Lá estava reunida
A Igreja agradecida
Lá plantou a sementinha
Da paróquia, a capelinha
E a Igreja foi nascendo
Nestas terras foi crescendo
Ao lado do fundador
Seu Arthur, este senhor.
Até que um dia brilhou
25 de junho chegou
72 era o ano
Fundada a Paróquia, aragano
Foi entregue a mãos santas:
--E elas regaram a planta
Congregação feminina
Parecendo umas meninas
Sempre alegres e contentes
Ao Evangelho obedientes
Corajosas, pioneiras
Missionárias, enfermeiras
Zelando o bem do povo
Acreditando no novo
No Cristo, o Bom Pastor
Irmãs cheias de amor
No Jesus Crucificado
Andavam por todos os lados
Vencendo as dificuldades
Formaram comunidades
Desde a barranca à Debrasa
Xavantina, criou asas
Irmã Abigail, Margarida
Geralda, trouxeram vida
Entre o cerrado e a poeira
Irmã Célia, a parteira
Até hoje é lembrada
Mãe de uma garotada
Que suas mãos apararam
Tantas lágrimas enxugaram
Santa ‘Palavra’ anunciada.
 
5-Mas o tempo foi passando
E venceram altaneiras
Silenciosas aroeiras
Co’a primeira Comissão
Seu Galdino, nosso irmão
Seu Celeste, humildade
Dona Galdina, bondade
Cada um participou
Construtor que ajudou
A levantar 3 igrejas
Tanto esforço e peleja
De quem estendeu a mão
Todos num só coração
Muitas mãos que se abraçaram
Tantos padres que cruzaram
Padre Nicolau, Ubajara,
Antônio nesta seara
Devoção em oratórios
Alargaram territórios
Demarcaram as fronteiras
--Da fé, e mais mil fogueiras
Nestes campos e cerrados
Sob a bênção do bispado
Dom Majela, o primeiro
Da diocese, missioneiro
Depois Izidoro e Moreira
Hoje Dom Luiz na dianteira:
É muita felicidade.
Agradecer, na verdade
Tudo que se alcançou
Desde quando aqui chegou
Padre Tadeu, aragano
Depois padre Lauri, veterano
Maurício, Luís Carlos e José
Padres que, com muita fé
Padre Fábio sucedeu
E a paróquia conheceu
Nova força e alento
Mestre no acolhimento
Que só engrandece a Igreja
Não importa onde estejam
O nosso agradecimento.
 
6- O que vos falo, senhores
Já faz parte da história
Livro tombo da memória
Olha as fotos do mural
Cada rosto serviçal
Que revelam nesta data
O quanto a paróquia é grata
Diácono, seminaristas
Cantores e catequistas
Maria, Isac, construtores
Seu Anísio, Aurea, flores
--Oh, são tantos que ajudaram
Tijolos que colocaram
No templo e nas pastorais
Ministérios, obras sociais
Tantos nomes para lembrar
Tantas obras para festejar.
Rogo a proteção de Deus
A todos os filhos seus
Que trilharam o caminho
Os errantes peregrinos
Sustentados pela fé.
E que Jesus de Nazaré
Nosso Cristo Bom Pastor
Nos cumule com Amor
Temos muito a agradecer:
--Prá quando o dia amanhecer
Nosso coração cante e dance!
--E a bênção de Deus alcance
Para um novo renascer!
 
Salve a Paróquia Cristo Bom Pastor!