Relembrando o 1º
Fórum Cultural de Brasilândia
Carlos Alberto dos
Santos Dutra
Reunir produtores e fazedores de cultura é sempre uma volta ao passado com um olhar de amanhã. Pois lá encontramos, no baú de nossos guardados, na memória e caixinhas de agulhas, linhas e pincéis, as receitas e conselhos, segredos e ideias que hoje colocamos em prática, de roupagem e cores novas.
E lá estavam reunidos naquela noite do dia 25 de junho de 2025, representante das manifestações culturais de Brasilândia a propósito da Audiência Pública do PNAB-Plano Nacional Aldir Blanc, para discutir a Arte a Cultura no município. A grande maioria jovens, alguns há pouco residindo na cidade, mas carregando na algibeira muita criatividade, sonhos e esperança de concretizá-los.
Brasilândia, não de hoje, sempre procurou promover a cultura local. Uma rápida digressão histórica e lá presenciamos, no ano de 2006, há 19 anos portanto, a realização o 1º Fórum Municipal da Cultura. Evento que ensaiou os primeiros passos, de forma organizada e propositiva, da primeira política pública para a Cultura nesta Cidade Esperança.
Este encontro saudoso aconteceu no dia 5 de maio de 2006 nas dependências da Câmara Municipal quando ela ainda funcionava no prédio alugado no centro da cidade, na Alameda Arthur Höffig, e contou com a presença de artistas, produtores culturais e representantes de diversos segmentos da comunidade brasilandense que foram prestigiar a iniciativa que se transformou numa verdadeira noite cultural.
O evento acontecia graças aos projetos de lei, de autoria do vereador Carlito Dutra, que criavam o Conselho Municipal de Cultura e o Fundo de Investimentos Culturais, o FIC municipal, respectivamente transformados na Lei 2085/05 e Lei 2084/05 e que foram sancionadas pelo prefeito da época, Dr. Antônio de Pádua Thiago.
Na condição de coordenador daquele Fórum, lembro que o evento por todos foi considerado um sucesso. Tivemos a possibilidade de reunir mais de 25 pessoas interessadas nessa iniciativa pioneira no município que é o desafio de construir uma nova mentalidade em relação à promoção da cultura em nosso município, registrou a Imprensa escrita, na época.
Prestigiou o
evento, com participação ativa, a diretora e alunos da Escola Estadual Adilson
Alves da Silva, Célia Regina Ambrósio. Além dos artistas locais, marcou
presença o presidente do Rotary Club de Brasilândia, Silson Ferreira e o
presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasilândia, José Leite
de Noronha.
Durante a
realização do Fórum houve a apresentação musical do jovem Moacir José de
Lima que cantou uma música sertaneja
acompanhado de violão; houve também uma brilhante apresentação da cantora
evangélica Beatriz Silva que brindou a todos com sua magnífica voz e
mensagem de fé a todos, e também o poeta e escritor Carlito Dutra que
fez por merecer aplauso quando declamou uma poesia gauchesca. Ao final do
encontro foi sorteado entre os presentes, cinco exemplares do livro O
mendigo das estrelas.
O Poder
Legislativo se fez representar pelo vereador Antônio José da Silva que, falta do representante do Poder Executivo local, dirigiu as palavras de abertura
dos trabalhos, ocasião em que saudou a todos e desejou êxito na realização do
Fórum.
A plenária da Câmara Municipal local, onde foi realizado o Fórum da Cultura, foi cuidadosamente decorada com quadros contendo pintura a óleo de autoria de artistas de Brasilândia, entre eles: a jovem Mileni Servilla (filha da Tita’s Presentes), e o senhor Pedro Cândido da Costa, popular Pedrão, que encheram os olhos dos presentes com seus quadros, revelando uma pequena amostra do potencial e talentos artísticos que o município possui.
Durante a realização do evento foi escolhido para compor o Conselho Municipal de Cultura, um grupo de pessoas que posteriormente iriam se reunir para escolher entre si o nome dos membros titulares e suplentes do órgão, quando a lista deverá ser encaminhada ao prefeito para que, assim, esses nomes possam ser nomeados através de decreto.
Na ocasião, preliminarmente, foram escolhidos doze nomes para compor o Conselho: Lauro Gonçalves da Cruz; Regina Maria Mancussi; Eliane Neves Puerta, João Brito de Souza; Jair Bezerra Xavier; Edmar Fernandes Ribeiro; Edna Rosa Borges dos Santos; Juliana Ordália Vieira; Vilma Galli; Aleks Alves; Marcelo da Silva Lins, e Silson Ferreira Peixoto.
Três anos depois, por força do Decreto nº 2841/09, de 27 de fevereiro de 2009, foram nomeados para um mandato de quatro anos, 10 membros titulares e 10 membros suplentes, já na composição paritária, o 1º Conselho Municipal de Cultura do município, tendo como membro nato e Presidente, o secretário municipal de Educação, Cultura e Esporte Educacional, Prof. Francisco Aparecido Lins.
Os demais membros nomeados foram: Titulares- Márcio de Souza Sicílio; Patrícia Aparecida Lopes; Lusimara Rosa Gil; Carlos Alberto dos Santos Dutra; Maria Cristina Dameão; Mário Nelson da Silva; Levi de Souza; Juliano Ferreira Franco; Vânia Maria Pereira da Silva, e Dalreny Maria Dourado Junqueira.
Suplentes- Solange Pedroso; Marcelo da Silva Lins; Darsiza da Silva Santos; Donizeth Rodrigues; Wanderli de Oliveira Preto; João de Souza Alquaz; Tatiana Rodrigues; Deise Priscila de Oliveira Preto; Ellari Cristina dos Santos, e Emília Santana Amaral Vichetti.
Os conselheiros, com atribuições vinculadas à Lei municipal 2081/05, de 14 de outubro de 2005, tinha um mandato por quatro anos, sendo declarado os seus serviços como relevantes ao município. Em 2013, com a expiração do mandato dos nomeados o Conselho paralisou as suas atividades.
Fonte: História e
Memória de Brasilândia, Vol. II-Patrimônio, Brasilândia, 2021, pág. 112.
PARABÉNS CARLITO POR ESSA REPORTAGEM MARAVILHOSA
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