Edson de Oliveira Ribeiro e sua luz.
Carlos Alberto dos
Santos Dutra
Houve um Edison que era o segundo nome de Tomás, aquele que tornou a luz artificial ao alcance todos. O nosso ÉDSON é o nome primeiro de um respeitado cidadão de nossa cidade. Com o diferencial maior de ter trilhado este caminho de forma imanente... com sua própria luz.
Luz de uma vida cheia de
encantos, rebentos e flores, envolto sempre numa aura de acalanto, temperança e
simpatia conquistada desde o dia que aqui chegou. Essa era a imagem que ele
transmitiu ao longo dos anos, e no dia-a-dia por onde andava.
As poucas vezes que
contemplei seu rosto, a distância, sentado em frente à sua casa, ao lado da
esposa e amigos, a impressão que ele deixou foram suficientes para concluir que
ali se encontrava um ser humano alegre e feliz que suportou também lágrimas com firmeza e esperança.
Rosto de artista de
cinema, era um homem afeiçoado de onde imanava uma fisionomia de tenacidade e segurança e, ao mesmo tempo, fragilidade e bondade. Filhos e netos que o rodeavam nestas horas, devem
ter sentido o maior orgulho em poder ter estado ao seu lado naquelas tardes nostálgicas de alegria que
empurravam as horas para o declínio do dia.
E lá estava ele como que
entoando uma canção em silêncio, vendo a vida passar no rodado dos carros a sua
frente e que contornavam a praça, e dentro deles, rostos conhecidos de quem, aos poucos, ele via esmaecer com o tempo.
Agora não são mais os
carros e aqueles amigos que passam por ele, como outrora, que acenam. Agora é
ele que contempla mãos espalmadas de filhos, esposa e netos que acenam gestos que lembram a palavra adeus.
O carro iluminado que o
conduz agora se encontra cercado de flores e um luzeiro à frente lhe aponta o caminho
do Céu, plasmando o caminho com pétalas de beleza e esperança.
Adeus papai, esposo e vovô Edson de Oliveira Ribeiro que hoje celebra sua Páscoa definitiva e se reencontra com os braços de sua família celeste.
Brasilândia/MS, 03 de
outubro de 2025.
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