Perder amigos, todos nós sentimos. Agora perder amigos
especiais, a dor é sempre maior.
É assim que nos sentimos em relação a dona Zilda (Ezilda)
que há dois anos nos deixou.
Não, não sou da família e sequer amigo íntimo. Mas era como se fosse.
Uma rápida olhada pelas ruas, na paróquia, e lá estava aquela senhora regendo a orquestra daquela grande família.
E isso nos faz pensar.
Passando pelos revezes da vida, ela sempre se apresentou
disposta e de bem com o rumo da graça que Deus lhe deu.
Sempre vencendo as dificuldades inerentes da natureza
humana e familiar com otimismo e fé.
E ainda encontrava tempo para inspirar a todos, apontando com um sorriso no rosto, o norte que todos esperavam.
Mas o que mais chamava a atenção, e alguns até nem sabiam, o
quanto ela dedicava-se aos pobres.
Houve um tempo em que ela fornecia uma tradicional e suculenta sopa de legumes na
praça, juntamente com outras senhoras, zelando pela caridade aos desvalidos.
Dedicada à sua família, também arranjava tempo para dedicar-se às famílias daqueles que não tinha com quem contar.
Isso a diferenciava das demais pessoas comuns de nossa
cidade.
E andava com elegância e jovialidade; alegria e simplicidade.
Exemplo e orgulho
para toda sua família, diga-se numerosa, de nossa cidade, ligada pelos laços de sangue e de
afeto, carinho e respeito, que a cidade aprendeu nutrir por ela.
Até mesmo aqueles que pouco a conheciam, ainda que de passagem, podem se sentir felizes por tê-la visto pelo menos uma vez.
Por essa razão, todos temos razões de sobra para externar nossos sentimentos a seus familiares que viram partir a sua matriarca.
Mulher que
soube tornar a vida mais leve a partir de seus passos lentos, porém decididos, no rumo do amor e da felicidade.
Os dias passam e a amiga Ezilda de Souza, com certeza, descansa em paz. Que os céus brindem a sua chegada com a acolhida fraterna dos manos Amélia, Tunicão, Helena, Onofre e outros que te saúdam, pois tu fizestes por merecer.
Nossa saudade e sentimentos eternos a seus familiares e amigos.
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