sábado, 1 de agosto de 2020



Domingos Cristóvão Ribeiro, adeus.
Carlos Alberto dos Santos Dutra

Vereador Domingos Cristóvão Ribeiro, ao lado do fundador de Brasilândia Arthur Höffig e esposa, faz o pronunciamento de abertura durante a inauguração do Salão Paroquial Cristo Bom Pastor, no dia 16 de abril de 1978 (Foto: RAFI,1978)  





















Por ocasião do aniversário de seu Domingão ocorrido há menos de dois meses tive a oportunidade de homenagear esse cidadão brasilandense, ex-vereador e comerciante pioneiro de Brasilândia. 

Dizia eu na ocasião que era uma alegria poder homenageá-lo em vida. Porém, nunca é o bastante, quando a partida definitiva chega.

Pensamos no íntimo que poderíamos ter feito mais. Visitá-lo, abraça-lo, felicitá-lo e, por que não, pedir-lhe desculpas. 

Pelas vezes que não fizemos o bastante para melhor compreendê-lo e ter partilhado de seus sonhos, às vezes, pouco entendido pelos que se encontravam a sua volta.

Mas o tempo passou...

E para nosso consolo, podemos dizer que ele fez também grandes realizações; e por isso foi amado e respeitado por suas ideias e ideais. 

Cultivou amizades e alguns dissabores também, como parte da trajetória inevitável de todos nós. 

E deixou um rastro de lembranças e realizações que dificilmente poderão ser apagados da história desta cidade.

Nesta hora em que descansa na campa da eternidade, um leve aceno para a comunidade, suas crenças e esperanças, de quem se despede do continente. 

E contempla a estrada percorrida, as pedras que removeu do caminho, os jardins que plantou, a família que construiu...

Agora, por derradeiro, em espírito, sobrevoa o verde anil da terra e o país que o acolheu; e volta para sua Lisboa natal...

Transcende, desprende-se de si mesmo para ir ao encontro de seu destino.

E lá está a esposa, dona Ignez, de braços abertos, espera o noivo com quem um dia se casou.

Descanse em paz, amigo Domingão.

Brasilândia, 1º de agosto de 2020.


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