Homenagem às Bodas de Ouro de Izabel de Souza Pacheco e Abdias Pacheco dos Santos
Senhoras e Senhores aqui presentes. Muito boa noite a todos.
Um evento especial nos reúne neste momento em torno de duas vidas e uma história. Não uma vida e uma história qualquer. Não um evento efêmero e deslocado no tempo. Ele tem raízes e sentimentos.
E, ao som da música, embalado pelo sorriso e afeição
que os une, ele nos transporta repleto de beleza e cor, para os braços da
felicidade e da alegria que esta festa de congraçamento nos conduz.
Filhos da imensidão do cosmo, como que tocados pelo
vento, como a flor e o pólen, um dia, seus destinos se entrecruzaram.
E, juntos formaram uma família, um lar que varou o
tempo.
É esse ar de primavera e nostalgia que motivam este
casal a comemorar e relembrar, cheios de alegria e gratidão, os passos que
foram dados.
E como e quando tudo começou...
A vida recém iniciara pelos varjões de Cisalpina
quando os primeiros arrozais cobriam os campos da margem direita do rio Paraná.
Numa Brasilândia que ainda não existia, o dia 4 de
março de 1954, não foi uma data para passar em branco.
Um par de olhinhos espertos decidira espiar o mundo,
para a felicidade do pai José de Souza Oliveira e dona Izabel de
Souza Cenedeze.
Logo a pequena Izabel, que recebeu o apelido de
Ivete, já andava saltitante entre seus 9 irmãos:
Onófre, Amélia, Jardelina, Lúcia, Ezilda,
Antônio, Josefina
e seu irmão gêmeo José, falecido ainda criança, e Maria Helena.
Logo seus pais mudaram para a fazenda São José, onde Izabel
passou sua infância tecendo seus sonhos.
Muito criativa, a menina tinha o dom de transformar o
lugar por onde passava, estradas de chão, em jardins
Assim passou os anos, até seus pés pisarem as ruas e
alcançar seus estudos, desde o Grupo Escolar Arthur Höffig, e Ginásio Estadual
Adilson Alves da Silva, até chegar ao Magistério.
O primeiro emprego da jovem Izabel foi o de
secretária na Associação de Crédito e Assistência Rural de Mato Grosso, a
ACARMAT, que foi transformada, anos mais tarde, em Emater, depois Empaer.
Foi ainda quando ali trabalhava, antes de completar 20
anos, que conheceu aquele que viria a ser o seu esposo.
Tratava-se de Abdias Pacheco dos Santos, um
pernambucano natural de Arcoverde, e que tinha por apelido, Bida, e que
tinha chegado em Brasilândia nos anos 1970.
Nascido no dia 24 de dezembro de 1946, o jovem que recebera
o nome do pai, era filho de Abdias Ferreira dos Santos e dona Emília
Pacheco Santos.
Igualmente, fruto de uma extensa família, possuía 12
irmãos: Maria José, Paulo, Josias, Selene, Célio, Edna, Débora, Rubens,
Sílvio, Noemi, Luciano e Silas, na sua maioria hoje, falecidos.
Depois de passar a infância na sua cidade natal, onde
frequentou a escola municipal do lugar, o Ginásio 11 de Setembro, o Colégio
Carlos Rios e o Colégio da Universidade Federal Rural de Pernambuco, na
capital, Recife, formou-se Médico Veterinário.
Ainda que a jovem Izabel dedicasse parte do seu
tempo lendo romances e ouvindo músicas sertanejas, não dispensava a alegria de participar das festas que
aconteciam na cidade.
Era um tempo onde ocorriam animadas gincanas e
brincadeiras que faziam brilhar a alma da juventude da pacata Brasilândia e
seus primeiros madrigais.
Corria o mês de fevereiro de 1974 e o jovem
veterinário já se encontrava em Brasilândia, logo deitando o olhar para a jovem
secretária da ACARMAT, não resistindo aos encantos daquela que seu coração já
havia escolhido.
Foi só uma questão de meses.
No dia 20 de dezembro daquele mesmo ano, o céu se
abriu para derramar suas bênçãos sobre àquele casal que se unia em matrimônio.
Abdias, com 27 anos e Izabel, com
20 anos, selaram seus votos de amor eterno e sonhos repletos de felicidade.
Numa cerimônia modesta realizada na casa dos pais da
noiva, após receber a bênção nupcial, logo arrumaram as malas partindo em lua
de mel para o Nordeste, onde o noivo foi apresentar a esposa a seus pais.
Essa é a história de um casal que, juntos, trilharam
os caminhos da vida e do amor.
Ah! O amor!
Ele, amante da música, clássica e erudita, ao lado da
esposa, curtiu o acorde dos anos que foram passando entre o campo e a cidade.
Ela, agora, senhora Izabel de Souza Pacheco, enquanto
bordava e pintava com paciência as peças de algodão que embelezavam a casa, o perfume
e o som da infância logo lhe tomaram o ventre e os ouvidos.
Era a chegada das filhas, o tesouro que Deus lhe havia
preparado e ao seu coração lhe presenteava: Emília, Angélica, Mariane e
Débora.
O jovem Abdias que, em sua mocidade jogava bola,
dedicava-se a assistir filmes, ler livros e praticar caça esportiva, também
participando de grupo de jovens na sua igreja, sente-se agora grato a Deus pela
sua família.
Harmônicos e reservados, o casal não esconde a
satisfação e o conforto de ver os netos Filipe, Maria Clara, João Gabriel e
Daniela, fortes e saudáveis
Filhos realizados e netos com um futuro promissor pela
frente na profissão que abraçaram: duas filhas formadas em Direito; uma formada
em Veterinária e outra em Medicina. E um neto formado Médico.
Sim, motivo de muita alegria. Uma noite de graça e gratidão.
Aquela união celebrada há 50 anos, abençoada por Deus,
sim, deu frutos. Eis o motivo maior para agradecer a Deus.
É isso que os torna ainda mais felizes nesta noite: saber que essa trajetória foi observada e acompanhada por aqueles que os amam. Seus amigos aqui reunidos.
Também seus pais, mães e irmãos, falecidos, que, com
certeza, lá do céu, hão de os abençoar.
Regozijem-se, pois, e festejem, pois, este aniversário
de casamento, Bodas de Ouro!
Que a cor azul, de preferência dos noivos, reflita o
céu que os cobre e o manto da nossa mãe Maria que os abraça e os abençoa.
Parabéns Izabel. Parabéns Abdias.
Parabéns família Pacheco dos Santos.
Brasilândia/MS, 14 de dezembro de 2024.
Em primeiro lugar agradeço a Deus, e ao Carlito pela linda e emocionante homenagem.
ResponderExcluirEle é sua esposa são nossos amigos de longa data . Obrigada. Deus te abençoe. 🙏