sábado, 14 de dezembro de 2024

 

Homenagem às Bodas de Ouro de Izabel de Souza Pacheco e Abdias Pacheco dos Santos




Senhoras e Senhores aqui presentes. Muito boa noite a todos.

Um evento especial nos reúne neste momento em torno de duas vidas e uma história. Não uma vida e uma história qualquer. Não um evento efêmero e deslocado no tempo. Ele tem raízes e sentimentos.

E, ao som da música, embalado pelo sorriso e afeição que os une, ele nos transporta repleto de beleza e cor, para os braços da felicidade e da alegria que esta festa de congraçamento nos conduz.

Filhos da imensidão do cosmo, como que tocados pelo vento, como a flor e o pólen, um dia, seus destinos se entrecruzaram.

E, juntos formaram uma família, um lar que varou o tempo.

É esse ar de primavera e nostalgia que motivam este casal a comemorar e relembrar, cheios de alegria e gratidão, os passos que foram dados.

E como e quando tudo começou...

A vida recém iniciara pelos varjões de Cisalpina quando os primeiros arrozais cobriam os campos da margem direita do rio Paraná.

Numa Brasilândia que ainda não existia, o dia 4 de março de 1954, não foi uma data para passar em branco.

Um par de olhinhos espertos decidira espiar o mundo, para a felicidade do pai José de Souza Oliveira e dona Izabel de Souza Cenedeze.

Logo a pequena Izabel, que recebeu o apelido de Ivete, já andava saltitante entre seus 9 irmãos:

Onófre, Amélia, Jardelina, Lúcia, Ezilda, Antônio, Josefina e seu irmão gêmeo José, falecido ainda criança, e Maria Helena.

Logo seus pais mudaram para a fazenda São José, onde Izabel passou sua infância tecendo seus sonhos.

Muito criativa, a menina tinha o dom de transformar o lugar por onde passava, estradas de chão, em jardins

Assim passou os anos, até seus pés pisarem as ruas e alcançar seus estudos, desde o Grupo Escolar Arthur Höffig, e Ginásio Estadual Adilson Alves da Silva, até chegar ao Magistério.

O primeiro emprego da jovem Izabel foi o de secretária na Associação de Crédito e Assistência Rural de Mato Grosso, a ACARMAT, que foi transformada, anos mais tarde, em Emater, depois Empaer.

Foi ainda quando ali trabalhava, antes de completar 20 anos, que conheceu aquele que viria a ser o seu esposo.

Tratava-se de Abdias Pacheco dos Santos, um pernambucano natural de Arcoverde, e que tinha por apelido, Bida, e que tinha chegado em Brasilândia nos anos 1970.

Nascido no dia 24 de dezembro de 1946, o jovem que recebera o nome do pai, era filho de Abdias Ferreira dos Santos e dona Emília Pacheco Santos.

Igualmente, fruto de uma extensa família, possuía 12 irmãos: Maria José, Paulo, Josias, Selene, Célio, Edna, Débora, Rubens, Sílvio, Noemi, Luciano e Silas, na sua maioria hoje, falecidos.

Depois de passar a infância na sua cidade natal, onde frequentou a escola municipal do lugar, o Ginásio 11 de Setembro, o Colégio Carlos Rios e o Colégio da Universidade Federal Rural de Pernambuco, na capital, Recife, formou-se Médico Veterinário.

Ainda que a jovem Izabel dedicasse parte do seu tempo lendo romances e ouvindo músicas sertanejas, não dispensava  a alegria de participar das festas que aconteciam na cidade.

Era um tempo onde ocorriam animadas gincanas e brincadeiras que faziam brilhar a alma da juventude da pacata Brasilândia e seus primeiros madrigais.

Corria o mês de fevereiro de 1974 e o jovem veterinário já se encontrava em Brasilândia, logo deitando o olhar para a jovem secretária da ACARMAT, não resistindo aos encantos daquela que seu coração já havia escolhido.

Foi só uma questão de meses.

No dia 20 de dezembro daquele mesmo ano, o céu se abriu para derramar suas bênçãos sobre àquele casal que se unia em matrimônio.

Abdias, com 27 anos e Izabel, com 20 anos, selaram seus votos de amor eterno e sonhos repletos de felicidade.

Numa cerimônia modesta realizada na casa dos pais da noiva, após receber a bênção nupcial, logo arrumaram as malas partindo em lua de mel para o Nordeste, onde o noivo foi apresentar a esposa a seus pais.

Essa é a história de um casal que, juntos, trilharam os caminhos da vida e do amor.

Ah! O amor!

Ele, amante da música, clássica e erudita, ao lado da esposa, curtiu o acorde dos anos que foram passando entre o campo e a cidade.

Ela, agora, senhora Izabel de Souza Pacheco, enquanto bordava e pintava com paciência as peças de algodão que embelezavam a casa, o perfume e o som da infância logo lhe tomaram o ventre e os ouvidos.

Era a chegada das filhas, o tesouro que Deus lhe havia preparado e ao seu coração lhe presenteava: Emília, Angélica, Mariane e Débora.

O jovem Abdias que, em sua mocidade jogava bola, dedicava-se a assistir filmes, ler livros e praticar caça esportiva, também participando de grupo de jovens na sua igreja, sente-se agora grato a Deus pela sua família.

Harmônicos e reservados, o casal não esconde a satisfação e o conforto de ver os netos Filipe, Maria Clara, João Gabriel e Daniela, fortes e saudáveis

Filhos realizados e netos com um futuro promissor pela frente na profissão que abraçaram: duas filhas formadas em Direito; uma formada em Veterinária e outra em Medicina. E um neto formado Médico.

Sim, motivo de muita alegria. Uma noite de graça e gratidão.

Aquela união celebrada há 50 anos, abençoada por Deus, sim, deu frutos. Eis o motivo maior para agradecer a Deus.

É isso que os torna ainda mais felizes nesta noite: saber que essa trajetória foi observada e acompanhada por aqueles que os amam. Seus amigos aqui reunidos.

Também seus pais, mães e irmãos, falecidos, que, com certeza, lá do céu, hão de os abençoar.

Regozijem-se, pois, e festejem, pois, este aniversário de casamento, Bodas de Ouro!

Que a cor azul, de preferência dos noivos, reflita o céu que os cobre e o manto da nossa mãe Maria que os abraça e os abençoa.

Parabéns Izabel. Parabéns Abdias. Parabéns família Pacheco dos Santos.


Brasilândia/MS, 14 de dezembro de 2024.

Um comentário:

  1. Em primeiro lugar agradeço a Deus, e ao Carlito pela linda e emocionante homenagem.
    Ele é sua esposa são nossos amigos de longa data . Obrigada. Deus te abençoe. 🙏

    ResponderExcluir