O homem, a
dignidade e o trabalho.
Carlos Alberto dos
Santos Dutra
Impossível não
deixar a mente e os pensamentos voar por caminhos e sentimentos que poucas
vezes experimentamos motivados por uma situação ou imagem.
O vídeo de um
lavrador, seu arado e o cavalo é o retrato de algo que a frase lapidar que anuncia a
postagem -- O homem, a dignidade e o trabalho --, comunica e sensibiliza.
No campo estético,
o quadro, digno de uma pintura realista clássica, que retrata o cotidiano e a
vida comum com objetividade e sem idealizações, encerra imensas possibilidades em nossos corações.
Para os estudiosos
e apreciadores da arte, os signos ali reunidos – a rua, a carroça e a cerca --,
revelam e envolvem um cenário humano, social e transcendente.
Embalado pela
música incidental rítmica do Story que acompanha os passos daquele trabalhador rural e sua
obra sazonal, a postagem desperta o personagem do passado, ainda
latente de quem já experimentou essa faina e lida na roça.
E lá vai ele, anônimo,
mas repleto de uma educação e gentileza silenciosas surpreendentes. Percebe-se
isso à distância, na delicadeza e amabilidade com que conduz o seu animal.
Extremamente manso, o animal parece entender, desde o olhar de seu dono e o ruído sonoro do estalo de sua língua no comando, o respeito mutuo que os une. E a importância do que ali realizam.
Com um leve puxão na corda que o comunica ao animal, ele prontamente assente e o obedece, sem nenhum esforço, seguindo em frente o seu
trabalho.
O sol implacável deita sobre as costas do lavrador e o lombo do animal que segue em fileira
sulcando sempre em linha reta a terra. Ali, o obreiro pretende, como lhe foi concedido, plantar amendoim e outras culturas.
No dia seguinte,
lá o encontramos novamente, curvado, lançando na terra as sementes cujos frutos
espera colher no amanhã que está a principiar. Afinal, é mais um Ano Novo que vai chegar...
Brasilândia/MS, 30 de dezembro de 2025.
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