O Natal e o
rosto suave de Daniel.
Carlos
Alberto dos Santos Dutra
Seu nome é Daniel. Mas poderia ser também João Batista, aquele que aplainou os caminhos, endireitou as veredas e pediu conversão para que o Príncipe da Paz fizesse morada entre nós.
E ei-lo cá nos braços da comunidade, frágil e terno, livre e belo, como que nos mirando a alma, espreitando o nosso íntimo e sondando nossos sentimentos.
Ah. Que vontade,
meu Deus, de aprender e reaprender com este menino, a recuperar a confiança de me entregar a Ti..., presente nos braços da mãe, da família e dos irmãos na fé.
Ah. Que
necessidade, meu Deus, de aprender e reaprender com este menino a ser paciente, sorrir e
esperar em Ti..., que tudo sabe e tudo vê, e que é o Senhor da História.
E, então, receber do Alto um toque de luz: o calor de um abraço, a segurança na dúvida, o conforto na tristeza; alcançar o socorro para
o desafio de ver este menino, um dia, sorrindo, saudável e feliz.
Sabedoria para vencer as distâncias
e as longas noites de espera: por um médico, por um exame, pelo recurso que não
chega. E ajudar a dedilhar o Rosário de penas que compõe a oração singela daquela jovem mãe sempre
presente.
Ah. Somente a inspiração da Estrela de Belém que nos brinda com o Natal verdadeiro será capaz de conformar a humanidade para o que realmente importa.
Somente o toque real sobre a face límpida e suave deste anjo que carregamos nos braços, será capaz de enriquecer o Espírito que habita em nós.
Sim. É Daniel que nos abraça. É o próprio Cristo que nos abraça, em sua fragilidade e potência transformadora, e que constantemente nos interpela na busca da paz.
Abraço que anuncia o Dia que
logo, logo, vem -- cheio de alegria e esperança --, com o Menino Jesus em nossos corações.
Comunidade
São Vicente de Paulo, Brasilândia/MS, 2º Domingo do Advento, 10 de dezembro de
2023.
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