Mãos de Lélia que abençoam e alegram.
Carlos Alberto dos Santos Dutra.
Assim sempre foi aquela menina.
Desde pequena a alegria foi sua companheira.
E não vivia somente para si, dividia isso com os outros.
Em especial, com a família, que a cada ano crescia e com ela as responsabilidades.
Porém isso, também, para ela nunca fora problema.
Irmã mais velha dedicada, cuidou um a um dos mais novos,
Em especial do caçula Júnior, temporão
Que seu Vilson e dona Laura brindaram à família com chave de ouro.
E lá estava ela, com olhar comprido no horizonte agradecendo a Deus,
Quem sabe,
A graça e o dom que recebeu e que somente mais tarde haveria de compreender.
Enquanto seus braços ainda cuidavam os rebentos daquele ninho de amor.
E logo seus pés já experimentavam a estrada,
Os estudos, a faculdade e o trabalho numa cidade distante,
Sendo que seu coração permanecia ainda preso aos seus, que faziam torcida pelo seu sucesso.
E ela venceu.
Amada por seus aluninhos, lá estava a professora Lélia maestra dos sonhos,
Acariciando almas e conduzindo luzes do saber e do viver.
De coração e mente aberta, rica no ser e fazer, corre pelos corredores da Escola,
Lá do Alegrete, tornando ainda mais sábias e solidárias as relações pedagógicas,
Nutridas nos laços da amizade, do respeito e, por que não, da alegria.
Até que um dia o céu se abriu e um raio de luz se fez posseiro naquele coração,
Alimentando e nutrindo ainda mais o vigor dessa jovem.
Já não eram mais corpo e mente que tanto doou a serviço dos outros;
Já não eram mais dias e noites de zelo e paciência cuidando os pais e irmãos,
E quem mais precisasse;
Já não era mais aquela, e sim outra que nascia dentro de si mesma.
E eis que a luz, agora, vive e transborda numa aura ofuscante,
Visível somente aos simples e puros de coração.
Mãos estendidas sobre corações e mentes,
Transcendem nos gestos a vida,
E semeiam à sua volta saúde, conforto, paz e esperança.
Na prática do johrei com a imposição das mãos alcança o lugar onde muitos não podem ir.
E ela os conduz com o olhar por um caminho de luz.
Somos abençoados por tê-la como irmã.
Somos gratos por Deus ter se descuidado
E deixar cair do Céu...
Esse anjo encantado que nos faz tanto bem,
E ainda sorri.
Levanta os caídos, anima os entristecidos,
E ainda sorri.
Sua alegria é contagiante e a todos conforta e alimenta.
Doente e cansada, nunca ninguém soube.
Por isso é necessário que oremos também por ela.
Pois, iluminada que é, sabe muito bem que
"tudo vale a pena se alma não é pequena".
Obrigado mana Lélia.
Feliz Aniversário mana sorriso, Lélia.
Te amamos.
Publicado em 9 de janeiro de 2016 e republicado em 4 de janeiro de 2018.
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