segunda-feira, 26 de agosto de 2024

 

A imagem, a simplicidade, a alegria e a fé

Carlos Alberto dos Santos Dutra (Carlito)


 

Muitas coisas podem emocionar uma pessoa. Porém, o mais difícil é essa emoção contagiar os outros. No ambiente público, o olhar frio das ruas e o distanciamento socioeconômico que nos afasta um dos outros, contribui para isso. 

Quando o ambiente é privado, entretanto, o laço das emoções afrouxa e nos permitimos interagir com quem está a nossa volta deixando transparecer e irradiar sobre nós a aura de empatia que o evento comunica.

Foi o que aconteceu domingo, durante a celebração da Palavra participada pelos valorosos integrantes da comunidade católica da igreja matriz da Paróquia Cristo Bom Pastor, que enfrentaram uma noite fria para dar graças naquele final de domingo, dia dedicado ao Senhor. 

Depois de participarem de um retiro espiritual que arrebatou aquela comunidade aos braços do Salvador, e os fez confirmar a fé no seu divino Espírito Santo, era de se esperar que os fiéis se recolhessem à meditação sobre a vida e seu comprometimento com o Projeto de Reino proposto pelo Redentor inspirados pelo Magnificat de Maria, mãe de Jesus e nossa mãe. 

E a comunidade estava lá, ainda que diminuta, orante, cantante, confiante e celebrando a vida. Podiam, assim, confirmar as palavras de Pedro, no Evangelho do dia: --A quem iremos, Senhor? [Pois só] Tu tens palavras de vida eterna (Jo 6,68), e testemunhar a profissão de fé de Josué: --Quanto a mim, e à minha família, nós serviremos ao Senhor! (Os 24,15b). 

Pois foi a partir desta motivação de fé das palavras de espírito e vida do Mestre que a luz se espalhou pelo ar e foi sendo plantada no coração de cada um dos presentes pelo interior do templo. Preparava-os em segredo para viver a maior das emoções que seus olhos e coração poderiam suportar naquela noite.

Isso aconteceu quando o presidente da celebração fez a escolha do nome da pessoa para levar para casa a capelinha contendo a imagem da santinha Nossa Senhora Aparecida; devendo ela permanecer na residência do contemplado por uma semana, até o domingo seguinte.

Nesta prática comum experimentada pela comunidade, a imagem, manifestando a força evangelizadora e agregadora da fé em seu filho Jesus, tem permitido e convidado os membros de cada família a se reunir em torno da Mãe de Deus e dedicar momentos de meditação e reflexão sobre os mistérios do terço através da oração. 

O diácono olha para a caixinha onde os papeizinhos estão colocados com os nomes dos pretendentes para levar a imagem para casa. Sempre acostumado a ver a caixinha repleta de papeizinhos com nomes de fiéis presentes na igreja, naquele noite, entretanto, a caixinha só tinha um papelzinho.

Por alguns segundos pegou o papelzinho e seus olhos deitaram sobre o nome ali escrito em letra de forma. Enquanto o ministério do canto entoava a canção Mãezinha do Céu e uma das ministras trazia a capelinha com a imagem da santinha pela nave central da igreja, os olhos do diácono ainda permaneciam fixos naquele nome: a pessoa havia escrito duas vezes o nome completo. 

A imagem já havia chegado próximo ao presbitério e o  clérigo ainda permanecia contemplando atentamente, absorvido por aquele pedacinho de papel. Poucos, talvez perceberam, mas uma aura de emoção o envolvia. Aquela repetição do nome escrito parecia saltar do papel para dizer: -Eu estou aqui, Senhora. Como um filho que puxa a barra do vestido da mãe para chamar-lhe a atenção. 

Não. O diácono não sabia até então quem era a pessoa cujo nome gravado no papelzinho segurava nas mãos. E foi ao pronunciá-lo que o milagre aconteceu. Os braços erguidos de um jovem no meio do povo, dizendo: --Sou eu!, foi como se o coxo do Evangelho largasse a  muleta e saísse saltitando; foi como se a criança perdida tivesse encontrado a mãe na multidão e corresse para os seus braços, sentindo-se novamente segura e amada... 

E ele veio, sorridente, num sorriso de felicidade que contagiou a todos. De braços aberto e festejando aquele momento, pulando de alegria, diante de todos. E caiu de joelhos para receber nos braços a Mãe de Jesus. --Qual filho que não desejaria ter a Mãe nos braços? --Qual Mãe não desejaria ter o filho nos braços? 

Os que se encontravam nos bancos mais próximos, diante de tamanha simplicidade e pureza de coração, não puderam conter as lágrimas pela demonstração espontânea de fé. Sinal da força do amor verdadeiro que vive em nós, e que nos faz vibrar quando uma graça é alcançada. Como a deste jovem de ver atendida a sua prece e o desejo de estar tão próximo da Mãe que é mãe de todos nós. 

Sim, Obrigado Mãezinha do Céu. Ainda que eu não saiba rezar: Eu só sei dizer, quero Te amar. 

 

Brasilândia/MS, 25 de agosto de 2024.

21º Domingo do Tempo Comum, Ano B.

sábado, 24 de agosto de 2024

 

Dona Laura, a internet e a poesia

Carlos Alberto dos Santos Dutra


 

Noite fria, 15 de agosto de 2010, e cá estou com dona Laura. É tão bom ter a mãe por perto. Especialmente quando ela, já na casa dos 70 anos, se mostra lúcida e participativa. É isso que a move neste momento. Olhos firmes na tela, o dedo cantarolando de leve sobre a mesa, enquanto o cursor desliza pelo Google em direção ao site “blog dos poetas” [1]. 

Há muito ela me falava deste poeta e das poesias que ela declamava em sua juventude. Decidimos, então nesta noite, navegar pela internet, visitando e revisitando o passado. Era surpreendente que aquela senhora, mãe de oito filhos, e que dedicou sua vida inteira à família e a filantropia, pois sempre foi engajada nas causas sociais e religiosas de sua comunidade, reservasse tempo ainda para a poesia. 

Aliás, confessou-me, dias atrás, que foi a poesia de grande ajuda para embalar os sonhos transformados, a cada ano, num novo nenê que chegava na casa, para a alegria da mãe e preocupação do pai. Pois foi com essa motivação e ouvindo as palavras ditas, tão doce por minha mãe, que adentramos o mundo virtual, tornando-o presente, cá neste cantinho do mundo, no interior de nossa casa, na tela do computador. 

O primeiro poeta pesquisado foi Manuel Bastos Tigre e logo descobrimos que ele nasceu em Recife em 12 de março de 1882 e faleceu no Rio de Janeiro em 1º de agosto de 1957. Nova surpresa acolhe nossos sentimentos: Dona Laura, aos 15 anos de idade (em 1948) já estava declamando poesias de um poeta de 66 anos de idade. E não era para menos, Bastos Tigre era um prodígio: Foi bibliotecário, jornalista, poeta, compositor, humorista, e destacado publicitário brasileiro. 

Estudou no Colégio Diocesano de Olinda, onde compôs os primeiros versos e criou o jornalzinho humorístico “O Vigia”. Diplomou-se pela Escola Politécnica, em 1906. Trabalhou como engenheiro da General Electric e depois foi ajudante de geólogo nas Obras Contra as Secas, no Ceará. Homem de múltiplos talentos foi também teatrólogo. E em todas as áreas obteve sucesso, especialmente como publicitário. 

"É dele, por exemplo, o slogan da Bayer que correu o mundo, garantindo a qualidade dos produtos daquela empresa: "Se é Bayer é bom". Foi ele ainda quem fez a letra para Ary Barroso musicar e Orlando Silva cantar, em 1934, o "Chopp em Garrafa", inspirado no produto que a Brahma passou a engarrafar naquele ano, e veio a constituir-se no primeiro jingle publicitário, entre nós."[2]. 

Os olhos de dona Laura percorrem a tela do computador onde as letras parecem saltar para fora do ambiente virtual. É como se saber quem foi o poeta, autor das poesias que seus lábios proclamaram, a sintonizasse, de novo, com o mundo, em tempo real. Ali descobre que um de seus poetas preferidos durante sua vida prestou concurso para Bibliotecário do Museu Nacional (1915) com tese sobre a Classificação Decimal, ora veja. Mais tarde, transferiu-se para a Biblioteca Central da Universidade do Brasil, onde serviu por mais de 20 anos. Bastos Tigre ainda exerceu a profissão de bibliotecário por 40 anos, e é considerado o primeiro bibliotecário por concurso, no Brasil. No dia 12 de março é comemorado o Dia do Bibliotecário, que foi instituído em sua homenagem. 

Depois de viajarmos pela biografia do autor, somos convidados a adentrar a sua obra. A setuagenária Laura, de imediato, me convida para clicar sobre uma poesia em especial. E por estranho que pareça, não é uma poesia do seu tempo de infância e juventude. Tem muito a ver com o seu tempo de hoje. O filho a observa em silêncio, encantado, vendo a mãe declamá-la com sotaque firme e vigor, pensando também que logo chegará o seu dia. 

Envelhecer, de Bastos Tigre: 

“Entra pela velhice com cuidado / Pé ante pé, sem provocar rumores. / Que despertem lembranças do passado, / Sonhos de glória, ilusões de amores. / Do que tiveres no pomar plantado, / Apanha os frutos e recolhe as flores. / Mas lavra ainda e planta o teu eirado. / Que outros virão colher quando te fores. / Não te seja a velhice enfermidade! / Alimenta no espírito a saúde! / Luta contra as tibiezas da vontade! / Que a neve caia! o teu ardor não mude! / Mantém-te jovem, pouco importa a idade! / Tem cada idade a sua juventude”. 

Outro poeta que dona Laura cantarolou durante sua juventude foi Alceu Wamosy, nascido em Uruguaiana-RS, em 1895, tendo falecido em Santana do Livramento-RS, em 1923. Alceu Wamosy publicou seu primeiro livro de poesia, “Flâmulas”, em 1913. Na época já trabalhava como colaborador no jornal “A Cidade”, fundado por seu pai, em Alegrete-RS. A partir de 1917 tornou-se proprietário do jornal “O Republicano”, apoiando o Partido Republicano. Continuou colaborando para diversos periódicos, como os jornais “A Notícia”, “A Federação”, “O Diário” e a revista “A Máscara”. Publicou as obras poéticas “Na Terra Virgem” (1914) e “Coroa de Sonho” (1923). Postumamente foram publicados “Poesias Completas” (1925) e “Poesia Completa” (1994). Simbolista, este poeta escreveu poemas cheios de desencanto, em uma produção que se destacou no sul do país [3]. Uma de suas poesias, senão a mais famosa, cresci vendo aquela senhora, minha mãe, declamar, cuja letra jamais esqueceu: 

Duas Almas, de Alceu Wamosy [4] (A Coelho da Costa): 

“Ó tu, que vens de longe, ó tu, que vens cansada. / Entra, e, sob este teto encontrarás carinho: / Eu nunca fui amado, e vivo tão sozinho, / vives sozinha sempre, e nunca foste amada... / A neve anda a branquear, lividamente, a estrada, / e a minha alcova tem a tepidez de um ninho. / Entra, ao menos até que as curvas do caminho / se banhem no esplendor nascente da alvorada. / E amanhã, quando a luz do sol dourar, / radiosa, essa estrada sem fim, deserta, imensa e nua, / podes partir de novo, ó nômade formosa! / Já não serei tão só, nem irás tão sozinha: / Há de ficar comigo uma saudade tua... / Hás de levar contigo uma saudade minha...”. 

A terra que dona Laura adotou, logo depois de casar, em 1955, para construir sua família e história, para sua felicidade, anos mais tarde viria prestar uma justa homenagem a um desses poetas prediletos do seu tempo. A biblioteca Cacequi-RS, recebeu o nome de “Biblioteca Municipal Alceu Wamosy” [5] para a alegria dos poetas e escritores, onde dona Laura, modestamente, se insere [6].

 

Fonte: Publicado em Dutra. C.A.S. Homenagens, Brasilândia, Ed. Do Autor, 2011, pág. 179. Disponível para aquisição em: Homenagens, por Carlos Alberto dos Santos Dutra - Clube de Autores 



[1] - Disponível em http://blogdospoetas.com.br/poetas/bastos-tigre/, acesso em 15.08.2010.

[2] - As vidas de Bastos Tigre, 1882-1982. Catálogo da exposição comemorativa do centenário de nascimento. Rio de janeiro: ABI FUNARTE, Centro de Documentação. Companhia de Cigarros Souza Cruz, 1982. 32 p. Il., p. 16.

[4] - In: WAMOSY, Alceu. Poesia completa. Introd. Cícero Lopes. Porto Alegre: Alves Ed.: IEL: EDIPUCRS, 1994. p.14.

[6] - Dona Laura publicou seu primeiro livro aos 70 anos, em 2003, pela Editora Aberta, do Rio de Janeiro: “História de um amor comum”. Nesta obra, história de vida e ficção se misturam com poesia e profundidade. Oito anos depois, em 2011, brinda-nos com uma narrativa ousada e madura, de pura ficção: “Os estranhos amores de Lili”, onde os fatos da vida e da emoção caminham juntas. Publicou ainda: "A fonte da felicidade", em 2018; e "A menina e as curvas do trem", em 2019. Dona Laura faleceu em 21 de agosto de 2022.

sexta-feira, 23 de agosto de 2024

 

As eleições, as ideias e os rostos

Carlos Alberto dos Santos Dutra (Carlito)


 




A eleição municipal, já foi dito, é uma das mais difíceis e desafiadora. E não era para ser. Isso porque os candidatos, a maior parte deles, sobretudo nas pequenas cidades, cruzam por nós todos os dias, estamos familiarizados com seus rostos, conhecemos suas famílias, onde moram e o que fazem. Isso deveria facilitar nossas escolhas em relação a este momento tão importante de nossas vidas e do lugar onde vivemos.

Só que, nestas horas, nem sempre conhecer o rosto do candidato nos garante que faremos uma boa escolha. É como comprar um produto e só poder trocá-lo, porque avariado, quatro anos depois. Por isso, um belo rosto, pode até encher os olhos do peão, mas não garante que ele, o candidato, fará a entrega que o serviço e a necessidade exigem.

Numa campanha política, portanto, é preciso ver além das aparências. É preciso deitar o ouvido para o discurso, as ideias e os projetos que cada candidato está se propondo a realizar. Isso por que nem todos defendem boas ideias e projetos. Alguns mais, outros menos, podem poluir nossa mente com iniciativas: ou simplistas demais, ou mirabolantes demais. Por isso, este critério de escolha também merece cuidado e atenção.

Como diferenciar, então, as ideias e projetos possíveis de serem realizados daqueles que se encontram no limbo, etéreos? Como saber se o que o candidato reverbera a nossa frente ou pelas redes sociais, será sua bandeira de luta, dedicando real empenho para concretizá-la? 

Há quem diga que isso é sempre um tiro no escuro. Pode até ser, mas existem luzes de esperança que é possível lançá-las sobre o obscurantismo que por vezes envolve a alma de muitos e belos rostos.

Fácil de descartar, são aqueles que defendem bandeiras genéricas, jargões cansados de toda a política que nossos ouvidos já estão carecas de ouvir: --Vou lutar pela Saúde!, –Vou lutar pela Educação!, Vou lutar pelo Esporte, e assim por diante; o bla, bla, bla de sempre..., como se fôssemos idiotas.

O critério mais confiável, sem dúvida é não se contentar com coisas do tipo: --fulano é filho da minha comadre; --beltrano é esposo da minha afilhada; --cicrano que me deu carona um dia que já vai longe. O cabresto e o voto de gratidão há muito ficaram para trás. Ademais, águas passadas não movem moinho, e tampouco reconstrói o que se perdeu.

Por isso, além de belos rostos e discursos afiados, o critério mais confiável para escolher o melhor candidato é o da história pregressa do cidadão e da cidadã. Saber quem é realmente aquele que nos pede o voto. Na linguagem policial: a capivara, a ficha corrida. Esse, a meu ver, é o critério que pode ajudar na escolha do melhor candidato. Sua história de vida. O que já fez na vida.

Isso porque, essa experiência o qualifica a fazer ainda mais. Senão vejamos: Alguém que nunca militou numa associação de moradores ou participou de um movimento reivindicatório por direitos de uma classe ou segmento social de sua comunidade, como irá defender propostas nesse sentido? Desconfie dele.

Um candidato ou candidata que, mesmo antes de ser político, já se dedicava a uma causa humanitária, idealista e que agregava pessoas de forma mobilizadora em busca de resultados, sejam filantrópicos, profissionais ou culturais, sem dúvida, têm maiores chances de sensibilizar os eleitores para suas potencialidades que poderão lhe dar a oportunidade de expandir seus horizontes realizando ainda mais pela sua comunidade.

Ainda que o grau de instrução possa ser um elemento definidor do voto para muitos, a experiência tem demonstrado, que nem sempre os mais estudados são os melhores. A vantagem destes sobre os demais, entretanto, é que eles podem ser mais duramente cobrados, pois possuem elementos técnicos e conhecimento para suplantar a ignorância que o cerca.

Um último critério poderia ser a ideologia do partido ao qual o candidato esteja filiado. Critério ambíguo, pois nos dias atuais, as siglas já não correspondem mais as ideias e o programa de governo do grupo que representa. No mais das vezes os candidatos locais são arregimentados por siglas dominantes vigentes que, através de seus caciques -- deputados e senadores --, só angariam apoio pelos préstimos destes valorosos soldados, para a continuidade de seus mandatos.

Infelizmente esse é o modelo que temos. Mas voltaremos ao assunto.


Brasilândia/MS, 23 de agosto de 2024.

 

Fotos: https://omunicipio.com.br/elecoes-2024/mato-grosso-do-sul/brasilandia/

 

Partido

Candidato a Vereador

Número

MDB

ADILSON GALDINO

15111

MDB

BICÁ DA DEBRASA 

15123

MDB

CHIEREGATO

15333

MDB

DR JOSÉ RICARDO 

15000

MDB

HAY TAVARES 

15777

MDB

JULIANE DO PORTO 

15678

MDB

MARCELO DA CAPOEIRA 

15456

MDB

PROFESSORA MARISLEI 

15222

MDB

SELMA ALQUAZ

15555

MDB

SERGIO ABREU 

15067

PL

ALESSANDRA MESSIAS

22222

PL

DARZA DA AVCC 

22110

PL

MIGUEL ESTEVAM 

22223

PL

NIVALDO POLICIA 

22456

PL

PROFESSOR DELEY 

22123

PL

PROFESSORA ELIS REGINA 

22555

PL

PROFESSORA ZENAIDE 

22333

PL

QUINTINO DO AGRO 

22345

PL

SERGINHO DOO 

22000

PODE

BRAZ DA QUITANDA 

20333

PODE

CESINHA MARQUES 

20010

PODE

DANY PRESENTES 

20555

PODE

DR OSVALDO NETO 

20020

PODE

EDINHO DO MASTER 

20000

PODE

LEONELS BAR 

20234

PODE

LUANA DA TIM 

20777

PODE

MISSIONARIA ROSA AMORIM 

20222

PODE

ROSANA DA CERAMICA 

20111

PODE

TIAGO CANNO 

20123

PP

CABO MARIO 

11190

PP

EMILIA ASSISTENTE SOCIAL 

11123

PP

JOICE DA SAUDE 

11555

PP

JUNIOR DA PEDRA 

11333

PP

MURILO DOURADO 

11011

PP

PASTOR ALEIXO 

11777

PP

PATRICIA DO BANCO 

11456

PP

PAULO ANDRADE 

11222

PP

QUINCA DA FENIX 

11000

PP

THIAGO CHICO DA PIONEIROS 

11111

PSDB/CIDADANIA

CEZAR MALTA 

45123

PSDB/CIDADANIA

ELIS DA PADARIA 

45888

PSDB/CIDADANIA

FISIOTERAPEUTA DR ALEXANDRE 

45678

PSDB/CIDADANIA

JHENIFER RAGNARONI 

45345

PSDB/CIDADANIA

JO SILVA 

45555

PSDB/CIDADANIA

LUIZ DO CAFÉ 

45222

PSDB/CIDADANIA

MARANHÃO DA DEBRASA 

45777

PSDB/CIDADANIA

PEDRINHO DA CONVENIÊNCIA 

45000

PSDB/CIDADANIA

SAMANTA BRASIL 

45122

PSDB/CIDADANIA

ZÉ DO MEL 

45789

 Fonte: Eleições 2024 em Brasilândia (MS): veja os candidatos a prefeito e a vereador | Eleições 2024 no Mato Grosso do Sul | G1 (globo.com)