terça-feira, 7 de outubro de 2025

 

Os animais e sua proteção aos olhos da juventude.

Dia Mundial dos Animais é comemorado com palestra.





 

No dia 4 de outubro foi comemorado o Dia Mundial dos Animais, instituído em 1931 durante um congresso internacional de proteção animal que ocorreu em Florença, Itália. 

A data que foi escolhida coincide com a festa em homenagem a São Francisco de Assis, padroeiro dos animais e da ecologia. 

Aqui em Brasilândia, o Dia Mundial dos Animais foi lembrado pelos alunos da Escola Municipal Paulo Simões Braga no dia 6 de outubro e aconteceu de uma forma diferente. 

Neste dia, 37 alunos dos 4º e 5º anos, acompanhados das professoras, Marislei Aparecida Ferreira Ramos e Rozilene Aparecida de Lima e duas auxiliares, saíram cedo da escola localizada no Bairro João Paulo da Silva, de onde foram transportados pelo ônibus escolar até a Biblioteca da Indústria do Conhecimento do SESI, no centro da cidade. 

Foi um dia muito especial, pois ali participaram de palestras sobre os cuidados e proteção dos animais. Ali ouviram os palestrantes Carlito Dutra, que é Secretário de Meio Ambiente e Turismo; o senhor Nilson de Oliveira, diretor presidente da Associação Brasilandense de Fiscalização Ambiental-ABAFA, e a senhora Helen de Souza de Oliveira, Coordenadora do Núcleo de Vigilância Sanitária, da Secretaria Municipal de Saúde. 

E lá se encontram eles. Com olhinhos atentos ouviam os palestrantes falar que os animais sentem dor, sentem medo, sentem fome, sentem frio, e por isso precisam de cuidados básicos, o que é chamado de Guarda Responsável. 

Foi inspirador ver as mãozinhas dos alunos, de pouco mais de 10 anos de idade, pedindo para falar e narrar suas experiências no contato com os animais: --eu tenho um gato; --eu tenho um cachorro; --eu não deixo ele preso na corrente; --eu gosto de passear com meu cachorro... e assim por diante, todos interagindo com o tema. 

Um problema técnico no aparelho de projeção impediu que as imagens preparadas pelo Secretário fossem mostradas, o que exigiu maior empenho do palestrante, mas a participação dos alunos era tão intensa que a palestra em nada foi prejudicada. Cada um continuou falando e fazendo a sua pergunta, o que permitiu a condução tranquila das palestras até o final. 

Depois do Secretário ter falado, o representante da ABAFA falou aos alunos sobre o assunto dos maus tratos aos animais e o que pode ser feito nestes casos. Orientou os alunos a terem cuidado com cães soltos na rua, pois podem transmitir doenças ou serem violentos. No caso de maus tratos, sobretudo de violência física e abandono, foi-lhes dito que tal conduta é crime. 

As palestras prosseguiram com a exposição da representante do Núcleo de Vigilância Sanitária que distribuiu um folder aos alunos e abordou o tema relacionado aos cuidados que devemos ter com os animais, sobretudo em relação à saúde, mantendo-os vacinados e castrados, e levando-os regularmente ao veterinário para evitar doenças, como as zoonoses, que são doenças transmitidas dos animais para os seres humanos. 

Finalizadas as palestras, os alunos, ao voltar para a sua escola, não portavam cadernos e livros em suas mochilas, mas suas mentes encontravam-se repletas de ideias e informações. Entre elas, uma que lhes fazia coçar a cabeça de tanta curiosidade:

A sugestão que o representante da ABAFA havia semeado no coraçãozinho de cada um deles: a possibilidade de formar um grupo juvenil de defesa animal, a Abafinha, como ele chamou. Ideia que foi acolhida pelos alunos com um sorriso de expectativa e esperança em cada um deles. 

Brasilândia/MS, 07 de outubro de 2025.

 Fonte: Com informações fornecidas pela Profª. Leila Datore Schio, Biblioteca da Indústria do Conhecimento do SESI.

 





sábado, 4 de outubro de 2025

 

Feliz natureza Fernando Brandão!

Carlos Alberto dos Santos Dutra


 




Às vezes, situações adversas nos aproximam de pessoas que se tornam, depois, parceiras; quando não, amigas. Com o mestre geógrafo Fernando Brandão assim se sucedeu. 

Hoje passados mais de 35 anos, no dia do seu aniversário, surge a ocasião ideal para parabeniza-lo e repisar o caminho trilhado, cujo destino nos aproximou. 

E cá estávamos nós, às voltas com a Companhia Energética de São Paulo-CESP, cujo padrão e expertise no ramo da concessão de energia elétrica era referência e ideal a ser seguido. Porém, encontrávamo-nos em polos opostos. 

De um lado, Fernando Brandão, funcionário da estatal intermediando as relações da empresa com a população ribeirinha da margem sul mato-grossense do rio Paraná, notadamente a jusante e a montante do Porto João André, em Brasilândia/MS. 

Do outro lado, Carlito Dutra, agente de pastoral do Conselho Indigenista Missionário-CIMI, vinculado à Diocese de Três Lagoas, obstinado na defesa dos direitos do povo indígena Ofaié que nesta época habitava a barranca, nas cercanias da Fazenda Cisalpina. 

O rumor das águas, prenúncio do enchimento do reservatório da hidrelétrica de Porto Primavera e a inquietude e temor da população atingida foram aproximando as forças do lugar no sentido de construir caminhos em busca do diálogo e o entendimento. 

Afinal, vidas e propriedades, sobrevivência e sonhos estavam em jogo. E algo precisava ser feito. Todo o esclarecimento e mediação no decorrer do conflito era bem-vindo. 

Sindicatos, associações, pastorais e lideranças políticas locais e regionais neste tempo dedicaram atenção àquela realidade desafiadora resultando em dezenas de reuniões, audiências e posturas reivindicatórias em busca de um acordo nas negociações que se estenderam por anos. 

Em meio a tanta divergência nas concepções e interesses propalados nos discursos oficiais e pela mídia, sempre pautados em planilhas de custos, indenizações e remanejamentos em massa, lá se encontravam os ribeirinhos firmes na esperança de poder serem ouvidos. 

Eram oleiros, pescadores, indígenas, agricultores, pecuaristas, rancheiros, comerciantes, piloteiros, minhoqueiros, agentes de turismo, estudantes e cidadãos que na barranca viviam. Esquecidos, a espera de alguma palavra de ânimo na esperança de que aquilo tudo não passava de um sonho. 

Foi essa motivação velada que aproximou os ideais destes dois personagens, tendo como pauta o rumo de um horizonte maior. Enquanto o processo de cadastramento e remanejamento da população ribeirinha acontecia, orientado pelos técnicos da CESP, eis que uma preocupação holística se tornou linguagem comum. 

Postulado uníssono -- a preocupação com a preservação do meio ambiente --, este tema passou a integrar peremptoriamente a pauta das reivindicações. Abriu-se, assim, uma réstia de luz nas colunas de concreto da barragem dando espaço para a natureza que passou a integrar o discurso e propósitos da CESP. 

Estudos realizados pelo historiador Carlito Dutra deram visibilidade aos indígenas Ofaié, que receberam atenção especial da concessionária elétrica paulista que lhes garantiu uma área de 484 hectares de mata nativa, que foi adquirida em área contígua ao território imemorial desta etnia nativa do lugar. 

Igualmente, estudos realizados pelo mestre geógrafo Fernando Brandão garantiram ao meio ambiente, através da criação da Reserva Particular do Patrimônio Natural-RPPN Cisalpina, com 3.857 hectares, inserido num um santuário ecológico de 17.395 hectares de mata atlântica, preservado desde 1950 por Luigi Cantone e ribeirinhos da margem do rio Paraná e Verde que ali viviam. 

O meio ambiente e o município de Brasilândia têm muito a agradecer pelo que foi realizado pelos pioneiros da ecologia. Em especial, pelos feitos realizados na educação ambiental nos tempos áureos do Instituto Cisalpina, este nosso aniversariante que recebe nesta data nossas homenagens e esta singela lembrança. Feliz natureza Fernando Brandão de Andrade! 

Brasilândia/MS, 04 de outubro de 2025.

 

 

 





 

 

 








sexta-feira, 3 de outubro de 2025

 Edson de Oliveira Ribeiro e sua luz.

Carlos Alberto dos Santos Dutra


Houve um Edison que era o segundo nome de Tomás, aquele que tornou a luz artificial ao alcance todos. O nosso ÉDSON é o nome primeiro de um respeitado cidadão de nossa cidade. Com o diferencial maior de ter trilhado este caminho de forma imanente... com sua própria luz.

Luz de uma vida cheia de encantos, rebentos e flores, envolto sempre numa aura de acalanto, temperança e simpatia conquistada desde o dia que aqui chegou. Essa era a imagem que ele transmitiu ao longo dos anos, e no dia-a-dia por onde andava.

As poucas vezes que contemplei seu rosto, a distância, sentado em frente à sua casa, ao lado da esposa e amigos, a impressão que ele deixou foram suficientes para concluir que ali se encontrava um ser humano alegre e feliz que suportou também lágrimas com firmeza e esperança.

Rosto de artista de cinema, era um homem afeiçoado de onde imanava uma fisionomia de tenacidade e segurança e, ao mesmo tempo, fragilidade e bondade. Filhos e netos que o rodeavam nestas horas, devem ter sentido o maior orgulho em poder ter estado ao seu lado naquelas tardes nostálgicas de alegria que empurravam as horas para o declínio do dia.

E lá estava ele como que entoando uma canção em silêncio, vendo a vida passar no rodado dos carros a sua frente e que contornavam a praça, e dentro deles, rostos conhecidos de quem, aos poucos, ele via esmaecer com o tempo.

Agora não são mais os carros e aqueles amigos que passam por ele, como outrora, que acenam. Agora é ele que contempla mãos espalmadas de filhos, esposa e netos que acenam gestos que lembram a palavra adeus.

O carro iluminado que o conduz agora se encontra cercado de flores e um luzeiro à frente lhe aponta o caminho do Céu, plasmando o caminho com pétalas de beleza e esperança.

Adeus papai, esposo e vovô Edson de Oliveira Ribeiro que hoje celebra sua Páscoa definitiva e se reencontra com os braços de sua família celeste.

 

Brasilândia/MS, 03 de outubro de 2025.

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Donival: de mãos dadas com a fé.

Carlos Alberto dos Santos Dutra



Busquei a etimologia nos dicionários. Não encontrei. Nome singular, sem dúvida. Assim como a pessoa a quem o nome foi dado, tornando-a única, especial, singular. E com rosto de mulher de fé. 

Não, não vou contar a biografia desta senhora que nos deixou hoje. Até mesmo porque tenho pouco conhecimento de sua história e de sua vida. A não ser o fato de que era mãe de três jovens, hoje adultos profissionalmente realizados, aos quais modestamente oferto essas linhas de condolências e agradecimento. 

Ao vê-la na igreja hoje, rosto sereno, parecia dizer: --fique tranquilo, eu estou bem. Não contive no peito o aperto. 

E a lembrança de uma experiência de fé vivenciada com essa senhora há alguns anos. Também o seu sorriso me veio à mente. 

Sim, Donival Assis de Alencar não viveu somente uma vida de fé para si. Semeou um rastro de esperança por toda uma comunidade. Na vida de minha família, em particular, em duas ocasiões ela se fez presente. E agradeço a Deus por isso. 

Graças ao ministério conferido por Deus a essa mulher, Mãe, missionária, amiga, irmã e evangelizadora... Posso não ter as palavras certas..., mas ela era capaz de adentrar os lares levando alívio aos corações atormentados. 

Sim, foi isso que ela fez ao adentrar minha casa, num momento em que somente o amor e a compaixão seriam capazes de nos abrandar a alma. Minha mãe estava ao lado e minha esposa também. Foram minutos de oração, meditação e a clara certeza de que estávamos ali com uma enviada de Deus, pregando a paz, através da Palavra e o testemunho de irmãos. 

E lá encontramos Donival, silenciosa e confiante, percorrendo casas e os meandros da alma humana buscando levar o amor de Deus aos necessitados. Foi isso que percebi, foi isso que senti, foi isso que ela manifestava, levando a todos o Espírito Santo de Deus. Sempre respeitosa e com um sorriso nos lábios, era capaz de acalentar os corações dos aflitos e semear esperança onde havia desespero. 

Sem dúvida, uma mulher de fé. Uma mulher que era mais que um nome singular. Depois de cumprir o dever materno, dedicou-se a Deus e aos irmãos, sem esforço. Isso porque Deus há muito já lhe seguia os passos. Mesmo quando sombras lhe cruzavam o caminho, lá estava ela, confiante na força do Alto, tocando a vida, tornando novo o desgastado cotidiano, sem jamais desanimar. 

O mundo evangélico, em especial, perde uma grande missionária da Palavra e do exemplo. Para além de todas as denominações confessionais que nos rodeia, ela conquistou o respeito e admiração de todos os cristãos. Por isso descansa em paz. E o encontro da comunidade na sua partida, apesar da dor, confortou a todos. No fundo, todos confiam que ela foi ao encontro de Nosso Senhor Jesus Cristo, a quem dedicou a vida. 

No dia do seu passamento, os anjos do céu tiveram pouco trabalho para acompanhar seu cortejo pois seu espírito de luz, decerto, fluía em direção ao Pai celestial: E o seu perfume, com o brilho da Graça que havia semeado ao longo da vida, plasmou de inspiração ambas as margens do seu caminho. Caminho que ela mesma foi trilhando, com sorriso, paciência e seu jeito, sempre de mãos dadas com a fé, a esperança e a caridade. E com os olhos fixos no Senhor... 

Para Roberta, Katiuska e João Luiz. Parentes e amigos.

 

Fonte: Publicado originalmente em 02.Fev.2017, https://institutocisalpina.org/donival_de_maos_dadas_com_a_fe.html; e em https://www.carlitodutra/donival_de_maos_dadas_com_a_fe.html, publicado em Dutra, C.A.S. Quando eu me chamar saudade, Vol.1, 2021, pág. 48. Disponível em Quando eu me chamar saudade, por Carlos Alberto dos Santos Dutra - Clube de Autores

 

  

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

 

Feliz Aniversário, Helena Evole

Carlos Alberto dos Santos Dutra

Hoje é o aniversário de Helena, minha primeira afilhada. Tempo de rever guardados e fortalecer laços do presente e do passado. 

Convidado pelo mano João e a doce  e gentil Vera, lá estava eu, desajeitado, em ato sublime, com aquele tesouro nas mãos. Para a alegria dos pais, avós e tios, era a chegada celeste de um anjo que rufou suas asas sobre nós. 

E cresceu leve, suave e forte como que deslizando entre brumas com olhinhos muito negros a espreita dos segredos de uma vida que recém começava.

E eis que a vejo aqui olhando, mirando para o alto. Festa de aniversário de minha filha Laura. Todos reunidos, crianças da mesma idade.  

Com seu olhar e atenção contemplava tudo e a todos buscando alcançar mais alto. Pode parecer impressão, mas ali selaste o destino: não serias uma igual. Eras um ser especial, divino. E que os deuses a queriam para o orgulho dos pais, da família e do padrinho.

Tive a certeza então --uma desculpa para a ausência, e aqui me penitencio por tanto tempo distante, não a vendo crescer, uma palavra sequer --, sabia que estavas em boa companhia. 

Muito bem cuidada, numa aura de paz. E uma espiritualidade que conforta saber que crescias sábia em valores e fé. Isso muito deve alegrar a jovem que hoje adulta está vendo o mundo como ele é, destituído do glacê e figuras infantis na parede de uma festa de aniversário que ficou para trás. 

Os olhos marejando dos mais velhos, e ainda assim, teimando em dizer que aquele foi, senão o melhor, tempo bom que vivemos quando estavas perto sob o calor do abraço com seu sorriso infantil. 

Feliz aniversário sobrinha e afilhada lutadora. Combata e continues lutando por teus ideais. O mundo é um grãozinho de areia aos olhos do Pai e não menos importante é o que esse minúsculo ser que somos representa no meio de um deserto e da multidão. 

É o brilho deste e de muitos outros grãozinhos que se somam sob a luz do Sol que tornam o chão espelhado. Não importa de qual ponto da galáxia. São luzes que iluminam os viajantes e os desconhecidos pela escuridão da vida no rumo dos sonhos. 

Brilhe, moça! Brilhe senhora. Ofusque o opressor com a espada, se preciso, em favor da Justiça. Proclame a Verdade e a Paz contra toda a tirania, mas nunca percas a ternura daquela que um dia também soube brincar e sorrir. 

Continues alegrando a todos que a amam: pais, amigos, parentes e a natureza, como também a esse tio orgulhoso de vê-la galgando o degrau de causas maiores sem perdê-la do alcance de sua mão. Que Deus a abençoe pela vida que vives e faz viver. Feliz Aniversário! 

Brasilândia/MS, 29 de setembro de 2025. Publicado originalmente em 29 de Setembro de 2012.



sexta-feira, 26 de setembro de 2025

 

Arara canindé, a ave símbolo de Brasilândia.

Carlos Alberto dos Santos Dutra






Surpreendente. Estou maravilhado. A repercussão de um simples artigo num blog de poucos leitores e postado no desprezado Facebook, com o impulso de algumas mensagens enviadas à amigos pelo whatsapp, e eis que em cinco dias, chegamos a casa 321 internautas locais que acessaram o blog https://carlitodutra.blogspot.com/2025/09/vamos-escolher-uma-ave-simbolo-para.html demonstrando que leram o artigo “Vamos escolher uma ave-símbolo para Brasilândia?”, e se posicionaram.

E mais. Destes, 101 responderam a pergunta sugerindo qual ave seria a ave-símbolo para o nosso município. O gráfico gerado pelo link Ave-símbolo para Brasilândia - Formulários Google apontou como resultado 65% da preferência para a Arara canindé; em segundo lugar ficou a ave Seriema, com 9%, e em terceiro, o Mutum, com 6% da preferência brasilandense. Muito votaram no próprio blog apontando a sua ave predileta. Nesta modalidade também elegeram a Arara canindé como a ave-símbolo de Brasilândia.



Os entrevistados tiveram também a oportunidade de dar sugestões culturais para o poder público. Foram 25 respostas: 

Um pediu Festival Cultural com apresentações de música sertaneja de raiz, catira, danças típicas, artesanato, comidas regionais como arroz carreteiro, ossada e tereré

Outro escreveu: Secretário, pensei na criação da Semana do Patrimônio e da Memória Viva, um evento que resgate a história de Brasilândia com exposições, relatos e oficinas culturais. O senhor, como verdadeira memória viva do município, teria papel central nesse movimento de valorizar nossas raízes e fortalecer a identidade da comunidade.

Maravilha ver a participação do povo querendo ver o nosso município brilhar com suas próprias cores. E prosseguiram: Como a Cultura de Brasilândia é rural, engloba os patrimônios materiais e imateriais, como práticas e costumes, decorrentes das atividades produtivas e da vida no campo, que incluem a agricultura, pecuária e extrativismo. Entendo que seria interessante o desenvolvimento da cultura de rancharia. E seus derivados

Outro propôs Criar um roteiro cultural, com passeios pelos pontos turísticos feita para os alunos da escola públicas de Brasilândia. E mais árvores precisamos de mais verde. Poderia ter a opção também para os animais silvestres como: tamanduá, capivara, onça pintada ou até mesmo um peixe.

O sonho de ver este lugar como o mais lindo do mundo contagiou muito os cidadãos internautas. Pode-se pensar cada praça da cidade, colocar símbolos dos animais da nossa região. Monumentos históricos do povo Ofaié. Colocar o Tatú Canastra e o Cervo Macho e a Fêmea que vive aqui na nossa Reserva Cisalpina para serem vistos por TODOS através de um tipo de posicionamento tal como um Totem com um Tutorial norteador para nossa nova Linguagem de Cultura municipal de Preservação da Natureza iniciada pela nossa nova Gestão junto a Criação da Secretaria do Meio Ambiente local.

Ah. São tantas sugestões que surgiram que é impossível guarda-las no esquecimento de uma gaveta governamental. Urge ganhar o espaço legislativo ganhando projetos, leis, eventos, paixão...

Tornar a cidade dos ipês, plantando diversos pés desta árvore pelo município. Organizar exposições culturais com maior visibilidade. Incentiva de eventos que distribuem mudas de Ipês para plantar pela cidade com objetivo de atrair mais turistas na época de floreio. Sugestão pessoal: começar o plantio pela avenida principal da cidade, deixando mais rica e colorida.

Ao final do formulário foi oportunizado aos entrevistados, facultativamente, identificarem-se. Foram 50 respostas. Elencamos seus nomes como uma forma de agradecimento e louvor ao empenho e carinho a todos aqueles que desejam uma Brasilândia mais bonita e que cause orgulho a todos de nela viver.

Parabéns e obrigado Alessandra Ribeiro; Serginho Duoro; Roberta; Léo; Felipe Augusto Souto; Marcela de Almeida Silva; Marcos Augusto Freire; Izaura de Souza Vicente; Marga Ramos; Claudia Regina Ferreira; Jane; Luís; Paulo Ladeia; Maizza; Adriano; Zélia da Silva Santos; Maristela Castilho Leoncio da Silva; Geralda Aparecida de Lira Pedroso; Tainá Santos de Oliveira; Claudenice dos Santos Batista; Jorge Luís da Silva; Prof. Elias; Aparecida Vicente Gomes; Daiane Cristina; BrasArara; Brasadé; Silvano de Moraes de Souza; Valeria; Léia Diogo; Carlos Rodrigues; Helen Oliveira; Denise; Artur Mendes da Silva; Vânia Maria; João Cleber de Lima Souza; Jhenifer Ragnaroni; Ana Flávia; Rísia Castro; Andrea Marques; Maria Angélica; Professora Cristian; Pedro Henrique Coutinho do Vale; Vilma Galli Dutra; Daniele; Silvana Silvestre; Gabriely Costa; Elza Ferreira dos Santos; Jair Bezerra Xavier; Odete Noronha; Cris; Thais. Salve a Arara canindé, a ave-símbolo de Brasilândia!


Brasilândia/MS, 25 de setembro de 2025.

Foto: Carlito Dutra/1996



terça-feira, 23 de setembro de 2025

 

História de São Vicente de Paulo















Era uma vez um menino
Logo após seu nascimento
Foi batizado com o vento
Foi, assim, no mesmo dia
Tempo de pouca alegria
Dona Bertranda e seu João
Caçula de seis irmãos
Filho de agricultores
Trouxe brilho para as flores
À família que primava
A fé que a mãe ensinava
As primeiras orações
O catecismo e as lições
Que aos olhos do pequeno
Vicente, calmo e sereno
Guardava em seu coração
Inteligente esse irmão
Mostrou sempre caridade
Desde a mais tenra idade.
 
Em frente da sua casa
A imaginação criou asas
Tinha um pé de carvalho
Que logo abaixo dos galhos
Tinha um buraco no caule
Fé não se aprisiona com enjaule
Ali ele colocou uma imagem
Da Virgem e uma mensagem
E todo o dia rezava
Diante dela se ajoelhava
E fazia uma oração.
 
Logo se tornou irmão
Entrou na ordem franciscana
Queria ser padre, hosana
E ordenou-se sacerdote
Dezenove anos, meninote
Estudioso e dedicado
Doutor da Igreja, admirado
Um teólogo afamado
Que cultivou amizade
Com olhos de caridade.
 
Também passou por apuros
Acorrentado entre muros
Prisioneiro de piratas
Foi vítima de escravocratas
Nunca perdeu a esperança
Teve fé e confiança...
 
Vendido a um pescador
E a um químico senhor
Depois a um fazendeiro
Foi trocado por dinheiro
Até ouvir uma canção
Muçulmana de um irmão
Renegado que chorava
E sua mão segurava
Em busca de um novo lar
Atravessaram o mar
E voltaram para a França
Sua terra de criança
E assim foi acolhido
De novo, padre querido
Logo voltou a estudar
Direito canônico, anunciar
Nomeado capelão
Da Rainha, numa pensão
Ele passou a residir
Seu serviço: distribuir
A esmola para os pobres
Recolhia entre os nobres
Dos palácios que moravam
Dava 
àqueles que rodeavam

Não descuidando os doentes
Sorria vê-los contentes
Nas visitas que fazia
Ao hospital, sintonia
Com Deus em seu coração.
 
Acusado de ladrão
Por um juiz na pensão
Caluniado e doente
Ele sempre foi em frente
E tornou-se cardeal
Com seu aspecto jovial
Nova paróquia acolhido
Também ali foi querido
Confraria do Rosário
Foi ali que ele criou
Obra que frutificou.
 
Também foi preceptor
Dos filhos de um general senhor
Experimentou a riqueza
Gente da mais alta nobreza
Sem descuidar da Missão
Fundou a Congregação
E também a Confraria
Sob o olhar de Maria
Repensou a Caridade
Sempre cheio de vontade
Até o Papa poder ver
E então reconhecer
O que Vicente fazia
Devolvendo a alegria
Àqueles que não tinham nada
Apenas a poeira da estrada.
 
Esta é a história do menino
Um filho de campesino
Que hoje aniversaria
Enche a Igreja de alegria
Quem viveu oitenta anos
Hoje é nosso paroquiano
Nosso Santo padroeiro
Neste bairro é o primeiro
São Vicente, soberano.
 

domingo, 21 de setembro de 2025

 

“Quem protegerá a sociedade do próprio Congresso?”

Carlos Alberto dos Santos Dutra



 

A frase Quem protegerá a sociedade do próprio Congresso, soa inocente e aparentemente distante do calor das ruas que neste domingo marcou o início da Primavera, e inundou as cidades de médio e grande porte com palavras de ordem e manifestação popular. 

Palavras singelas, mas de óculos de alcance. E isso por um motivo muito simples. São palavras pronunciadas não por um líder político, mas que brotam da boca da Igreja Católica que tem buscado desde a criação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, tratar com temperança e sabedoria os temas sociais, dirigindo uma palavra de alerta a todo os seus fiéis e brasileiros em geral. 

Pois na quinta-feira (18) ela se pronunciou  sobre o momento crucial que o país vive e onde vozes de todos os cantos clamam por luz e discernimento, chegando a manifestar sua crítica aberta motivada pela recente aprovação da chamada PEC da Blindagem pela Câmara dos Deputados e as mudanças na Lei da Ficha Limpa aprovadas pelo Senado. 

Tal pronunciamento, como não poderia ser diferente, causou mal-estar a alguns segmentos desta mesma Igreja, sobretudo para aqueles que, destoando dos princípios evangélicos deixaram-se levar pela paixão e aceno daqueles que somente buscam defender seus próprios interesses e dos grupos que os manipulam. 

A palavra dos Bispos, portanto, semeia uma luz àqueles que, dentro e fora da Igreja, unem-se no Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), ao qual a Igreja, através da CNBB, faz parte. A sociedade deve permanecer atenta e vigilante, cobrando de cada representante do seu estado, escreveram os Bispos. 

E não é para menos, pois o que se tem é que as propostas em análise e já aprovadas no Congresso ameaçam a transparência e fortalecem a impunidade. Alguém, com autoridade e isenção, têm de dizer isso, e questionar: Quem protegerá a sociedade brasileira das incongruências do próprio Congresso Nacional?. 

Com acerto a CNBB menciona que a democracia se fortalece quando a população participa, fiscaliza e cobra responsabilidade de seus representantes. Isso faz parte da Doutrina Social da Igreja. Portanto, a Igreja não está dizendo nada que afronte os seus princípios e diretrizes.

Equivocam-se, portanto, aqueles –também os católicos --, de concebem a fé unicamente a partir de uma inspiração nefelibática, vertical. Isso só os distancia da ética e do papel próprio do cristão na defesa da dignidade e da justiça social. Pregar que um parlamentar para ser processado pelo STF tenha de ser inicialmente autorizado por seus pares, em votação secreta, é um escracho, uma afronta ao estado de direito e à inteligência do povo brasileiro. 

As consequências ainda são mais graves, pois toda vez que o Parlamento cria mecanismos que dificultam a responsabilização de deputados e senadores, quem lucra é a impunidade. Impunidade não para os ladrões de galinha distantes do amparo da lei, mas impunidade para os conhecedores da lei, das altas esferas do poder legislativo. 

É o caso do Senado que aprovou um Projeto de Lei Complementar (PLP) que altera a Lei da Ficha Limpa e reduz o tempo de inelegibilidade de políticos condenados, texto que já foi enviado para sanção presidencial. Com isso, pasmem, na prática, condenados por crimes graves poderão se candidatar novamente antes mesmo de cumprirem integralmente suas penas. 

Com razão a Igreja a cada Campanha da Fraternidade sensibiliza o povo cristão para o binômio: Ora e labora. Ação e Oração. Fé e Política, sempre na busca do bem comum, conclamando aos cristão a serem sal e semente de justiça na terra. E manter os olhos bem abertos para o que acontece a sua volta, pois somos responsáveis pelo mundo que criamos. 

Em síntese, a participação dos cristãos nos atos públicos deste domingo contra a PEC da Blindagem não é uma heresia. É uma resposta cristã. Para o pontífice Leão XIV, em cada cristão há o homem político que, sob o olhar de Deus e da sua consciência, vive de forma cristã os próprios compromissos e as próprias responsabilidades!”

 

Brasilândia/MS, 21 de setembro de 2025.

 

Fonte: CNBB critica PEC da Blindagem e mudanças na Ficha Limpa: 'Quem protegerá a sociedade do próprio Congresso?' Foto: Caderno "Encantar a Política" oferece reflexões sobre a política como expressão da caridade em vista das eleições 2022 - CNBB


 

 

Vamos escolher uma ave-símbolo para Brasilândia?

Carlos Alberto dos Santos Dutra



 

O Brasil é um dos países mais ricos em biodiversidade por possuir uma exuberante diversidade em sua cultura, em sua flora e em sua fauna. Aqui, por exemplo, vivem quase 2 mil espécies de aves, ocupando a segunda posição no ranking mundial de diversidade de aves. Das 1.971 espécies registradas,  293 são endêmicas, ou seja, só existem no Brasil. 

Essa realidade multicolorida e sonora motivou aos Estados e Municípios escolherem também uma ave-símbolo em suas cidades ou região. Porém, nem todas as cidades têm uma ave-símbolo oficial. No caso de Brasilândia, a ideia há tempo vem sendo alimentada por alguns cidadãos. Eis aí uma das razões do presente artigo. 

Agradar a todos, entretanto, é tarefa difícil, pois cada um tem um pensamento. Mas, todos são unânimes em concordar sobre a forte presença da ave na fauna e cultura local. Não somente pelo que as aves representam no seu importante papel na preservação ambiental, como também o que expressam como característica de uma identidade e projeção turística que pode dar a esta cidade. 

O Sabiá-Laranjeira (Turdus rufiventris), por exemplo, é a ave-símbolo do Brasil; o Tuiuiú (Jabiru mycteria) é a ave-símbolo do nosso Estado de Mato Grosso do Sul; o Quero-Quero (Vanellus chilensis) é a ave-símbolo do Rio Grande do Sul. E assim por diante, cada Estado, pelo critério da abundância e popularidade, foram instituindo oficialmente uma ave-símbolo para representá-lo. 

A escolha de uma ave-símbolo também carrega outra motivação que interessa a todos sob o aspecto da sobrevivência de nossa Casa Comum, o Planeta. Por exemplo: algumas espécies de aves são consideradas símbolos de preservação, como é o caso da Arara-Azul (Anodorhynchus hyacinthinus), que se tornou conhecida no mundo inteiro após um trabalho de conservação que as salvou da extinção, representando a superação e exemplo do cuidado que podemos ter com o meio ambiente. 

Soma-se a essa motivação a sua conexão com a cultura e a arte local. A ave-símbolo, desta forma, pode ser a expressão do pensamento e da manifestação cultural, artesanal, musical e literária local. Artesãs, bordadeiras, pintoras e escritores já trabalham com essa ideia, impregnando em panos, guardanapos, toalhas, quadros e peças de artesanato, figuras de aves que já simbolizam no imaginário popular a nossa futura ave-símbolo do município de Brasilândia. 

Observe-se, entretanto, que nem todas as aves-símbolos são oficiais. Muitas sugestões nem sempre são ouvidas pelo poder legislativo que tem competência para propor tal projeto de lei. Porém, não custa tentar e lembra-los do quanto seria importante que Brasilândia tivesse a sua ave-símbolo legitimada. Ao lado dos já consagrados ícones do nosso patrimônio: bandeira, brasão, hino, cores e árvore tamboril preservados, que Brasilândia tenha também a sua ave-símbolo, como marco cultural perenizado na história. 

No link abaixo os moradores de Brasilândia/MS são convidados a externar a sua preferência sobre qual a ave-símbolo que melhor representa o nosso município. O resultado desta consulta será encaminhado ao Poder Público de Brasilândia como sugestão da comunidade.

PARA RESPONDE CLIQUE NO LINK AQUI

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSc4VshmZOoDCL0VZdlQcWBgr0h0-t4J_KKuwsg0fHqa8gbWDA/viewform?usp=header

 

Brasilândia/MS, 21 de setembro de 2025   Início da Primavera 

Fonte: Ornithos; https://www.anda.jor.br/2019/01/06/conheca-ave-simbolo-de-cada-estado-do-brasil/; toda a cidade tem uma ave simbolo, por que? - Pesquisa Google; Vive na Mata Atlântica? Conheça a ave-símbolo do seu estado!; Conheça as aves símbolos dos 17 estados brasileiros da Mata Atlântica - Parque das Aves