Políbio
Leal de Freitas, uma vida, um olhar.
Carlos
Alberto dos Santos Dutra
Brasilândia
vive tempos sombrios, de temor e insegurança em razão de uma ameaça que nós não
vemos, mas a sentimos na alma e no coração.
Não. Não falo do COVID-19, este Vírus que aos
poucos vai ceifando vidas, patrimônio e liberdade, enquanto um que outro irresponsavelmente zomba de
sua capacidade e o desafia.
Falo
da dor que trespassa nossas vidas neste dia pela perda de um ente querido, entre tantos que todos os dias se apartam de nós.
Conhecido, sobretudo, dos mais antigos, é impossível não lembrar o seu jeito
peculiar, sentado ao lado da esposa Glorinha, na Alameda Arthur Höffig proseando
com os amigos. E o seu inconfundível chapéu de palha Panamá que ostentava com
elegância doméstica.
Sim,
hoje, podemos relembrar os bons tempos desde pioneiro, Políbio Leal de Freitas, que chegou a Brasilândia
em 1963, antes, portanto, da emancipação da cidade, e que acompanhou de perto os passos
iniciais desta comuna. Tocando sua Casa Nova,
uma das primeiras lojas que serviram a população que emergia em meio ao cerrado, ao lado de outras,
Casa Mendes, Casa Talayeh...
Homem lúcido e de negócios, também possuía visão política tendo militado nas fileiras da
antiga ARENA, partido que presidiu nos primeiros anos de existência da Cidade
Esperança, firmando-se depois, com o tempo, como fiel representante do comércio e das classes atuantes na vida social e econômica de Brasilândia. Em 1995
encontrava-se filiado ao PSDB onde conquistou adesões significativas para essa
sigla e progresso local.
Os ponteiros
do relógio do tempo não param e lá o encontramos, ainda jovem, ao lado da
esposa, com os olhos rasos d’água: era a sua Marissol, filha e fruto da terra
recebendo o grau de cirurgiã dentista abrindo seu consultório dentário.
Cidade que também viu nascer a filha Maris. Rebentos que aprenderam as primeiras lições na Escola Estadual Adilson Alves da Silva, depois Três Lagoas, e o mundo afora. E que se tornaram no correr dos anos, exemplo e estímulo para os demais brasilandenses, e a maior alegria daquele pai.
Cidade que também viu nascer a filha Maris. Rebentos que aprenderam as primeiras lições na Escola Estadual Adilson Alves da Silva, depois Três Lagoas, e o mundo afora. E que se tornaram no correr dos anos, exemplo e estímulo para os demais brasilandenses, e a maior alegria daquele pai.
Natural de Paranaíba/MS, Políbio Leal de Freitas nasceu em 11 de outubro de 1934, e logo após sua chegada a Brasilândia nutriu amizade sincera com José Francisco Marques
Neto, primeiro prefeito de Brasilândia, falecido recentemente, há menos de um mês,
contribuindo em muito para a edificação do município que escolheu para
construir sua família e escrever a sua história.
Homem engajado das causas sociais e comunitárias, em 2003 constava como sócio fundador da ASSOBRAA, o que honrava a entidade, tendo participado igualmente de outras entidades de cunho benemérito, sempre
com lisura e honestidade, mantendo-se sóbrio nas palavras e gigante nas ações.
Para
a neta Laís Imada a despedida do avô Políbio é ainda mais dolorosa devido ao momento
e circunstâncias em que vivemos, o que não
lhe permitia abrir os braços da comunidade para despedir-se dele. Pede orações
para que ele descanse em paz.
Da mesma forma a amiga professora
Sandra Louzada da Costa, que, sensível, estende os seus sentimentos de dor à
amiga Glorinha, esposa de Políbio, pedindo a Deus que a conforte e amenize o
seu sofrimento.
De igual modo, o mesmo Políbio que ontem estendia a palma da mão para receber a Ceia Eucarística, todos os domingos na igreja matriz, hoje, ele deve estar recebendo-A do próprio Senhor Jesus.
Brasilândia 5 de Maio de 2020.
Agradeço o carinho para com meu Pai.Grande homem....
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