sexta-feira, 13 de novembro de 2020

 

Edmilson Martins Rosa: Bugão e seu singelo coração.

Carlos Alberto dos Santos Dutra


 

A despedida de um amigo sempre é dolorosa, sobretudo quando este amigo tem laços de sangue, tem família, tem uma história de vida para ser contada, para ser lembrada.

Com certeza a pessoa de Edmilson Martins Rosa deixa muitas lembranças no coração daqueles que estavam a sua volta e também dos que se encontravam distantes.

A legião de amigos que possuía, sim, tem um motivo muito simples para dele lembrar. Aliás, simplicidade era a sua marca registrada.

Nascido e criado em Brasilândia, fazia parte do cenário natural e bucólico desta cidade, com todos os seus nuances, virtudes e limites.

Filho do senhor José Pedro Rosa e dona Adila Martins Rosa, o pequeno Edmilson Martins Rosa nasceu no dia 10 de setembro de 1976, e muito cedo, à medida que foi se tornando homem, ganhou o apelido de Bugão, passando a ser conhecido de todos.

Todos que o conheceram testemunham que ele tinha um coração enorme, talvez por isso ele ostentasse aquele corpo generoso para guardar tão preciosa relíquia de onde transbordava gentileza e generosidade.

Sempre muito dedicado e prestativo, frequentou a Escola Estadual Adilson Alves da Silva, depois trabalhou por muitos anos do comércio local, na Conveniência 24 horas do Fita.

De formação e profissão eletricista transparecia ao andar pelas ruas felicidade e contentamento; sentia satisfação viver e mostrar seu trabalho a qualquer um, por mais simples que sua obra fosse.

Quando jovem, um dia sonhou dedicar sua vida a Deus. Pensou em ser padre, chegando a frequentar por algum tempo um seminário no Sul do país dirigido para jovens que quisessem abraçar a vocação sacerdotal. Mas o chamado que Deus o havia reservado para permanecer aqui, e servir Brasilândia com o seu dom.

Para as camadas sociais mais abastadas, talvez o Bugão passasse despercebido, um transeunte qualquer. Poucos percebiam sua camaradagem ou lhe davam o devido valor.

Somente quem lhe dedicasse um minuto de atenção poderia perceber que ali, sob aquela pele cor de jambo e olhar de gratidão, se encontrava um jovem cidadão, alegre e descontraído, simples demais para ser bem compreendido.

Ainda aluninho na escola, nos primeiros anos de colégio, lembra a professora Jucli Stefanello Peruzo, sempre foi muito querido; uma criança dócil e amorosa. E assim se tornou rapaz, um cidadão trabalhador, escreveu ela nas redes sociais.

A professora Maria Rita Santini também partilha deste sentimento exaltando agradecida a alma profundamente humana de Bugão e seu dedicado pai Zico a quem presta suas condolências. 

Quando menino, lembra, auxiliava o seu pai em um serviço na minha casa. Sempre muito sorridente ele colocava na carriola a minha filha ainda pequena e dava voltas no quintal, correndo. E ela sorria a valer, feliz. Depois de adulto, continuou sempre muito atencioso com todos, recorda com saudade.

E é esse menino jovem de 44 anos de idade que hoje se aparta de todos nós. Deixa a cidade, os amigos e os familiares. E nesta partida deixa também lembranças, saudade e oportunidade para que lhe possamos agradecer e dizer: até breve, amigo Bugão, amigo de um singelo e generoso coração. 

Descanse em paz irmão.

Brasilândia/MS, 13 de novembro de 2020.


6 comentários:

  1. Obg pela linda homenagem prestada ao meu tio ❤️

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    1. Obrigado. Tinha muito estima por ele. Hoje acrescentei dois testemunhos que achei importante registrar. Fiquem com Deus.

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  2. O que plantamos aqui na Terra nós colhemos. Assim diz um provérbio popular
    Mas a Espiritualidade Maior ! nós revela que iremos colher não somente também no Plano Espiritual !
    Assim o nosso irmão está colhendo no céu !pós seus frutos de bondade e sinceridade !
    Com certeza ele está em uma das casas de DEUS !
    JESUS disse na casa do meu Pai há muitas moradas ,!!!
    Meus sentimentos a toda Família !
    Muita Paz e Luz a todos 🙏🙏🙏

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  3. Estudei com ele na Escola estadual... um amor de pessoa!!!

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  4. Boa tarde seu dr carlito obrigado ter homenageado meu amigo bugao fui criado com eles perto do campo

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