Edmilson Martins Rosa: Bugão e seu singelo
coração.
Carlos Alberto dos Santos Dutra
A despedida de um amigo sempre é
dolorosa, sobretudo quando este amigo tem laços de sangue, tem família, tem uma
história de vida para ser contada, para ser lembrada.
Com certeza a pessoa de Edmilson Martins Rosa deixa muitas lembranças no coração daqueles que estavam a sua volta e também dos que se encontravam distantes.
A legião de amigos que possuía, sim, tem um motivo muito simples para dele lembrar. Aliás, simplicidade era a sua marca registrada.
Nascido e criado em Brasilândia, fazia parte do cenário natural e bucólico desta cidade, com todos os seus nuances, virtudes e limites.
Filho do senhor José Pedro Rosa e dona Adila Martins Rosa, o pequeno Edmilson Martins Rosa nasceu no dia 10 de setembro de 1976, e muito cedo, à medida que foi se tornando homem, ganhou o apelido de Bugão, passando a ser conhecido de todos.
Todos que o conheceram testemunham que ele tinha um coração enorme, talvez por isso ele ostentasse aquele corpo generoso para guardar tão preciosa relíquia de onde transbordava gentileza e generosidade.
Sempre muito dedicado e prestativo, frequentou a Escola Estadual Adilson Alves da Silva, depois trabalhou por muitos anos do comércio local, na Conveniência 24 horas do Fita.
De formação e profissão eletricista transparecia ao andar pelas ruas felicidade e contentamento; sentia satisfação viver e mostrar seu trabalho a qualquer um, por mais simples que sua obra fosse.
Quando jovem, um dia sonhou dedicar sua vida a Deus. Pensou em ser padre, chegando a frequentar por algum tempo um seminário no Sul do país dirigido para jovens que quisessem abraçar a vocação sacerdotal. Mas o chamado que Deus o havia reservado para permanecer aqui, e servir Brasilândia com o seu dom.
Para as camadas sociais mais abastadas, talvez o Bugão passasse despercebido, um transeunte qualquer. Poucos percebiam sua camaradagem ou lhe davam o devido valor.
Somente quem lhe dedicasse um minuto de atenção poderia perceber que ali, sob aquela pele cor de jambo e olhar de gratidão, se encontrava um jovem cidadão, alegre e descontraído, simples demais para ser bem compreendido.
Ainda aluninho na escola, nos primeiros anos de colégio, lembra a professora Jucli Stefanello Peruzo, sempre foi muito querido; uma criança dócil e amorosa. E assim se tornou rapaz, um cidadão trabalhador, escreveu ela nas redes sociais.
A professora Maria Rita Santini também partilha deste sentimento exaltando agradecida a alma profundamente humana de Bugão e seu dedicado pai Zico a quem presta suas condolências.
Quando menino, lembra, auxiliava o seu pai em um serviço na minha casa. Sempre muito sorridente ele colocava na carriola a minha filha ainda pequena e dava voltas no quintal, correndo. E ela sorria a valer, feliz. Depois de adulto, continuou sempre muito atencioso com todos, recorda com saudade.
E é esse menino jovem de 44 anos de idade que hoje se aparta de todos nós. Deixa a cidade, os amigos e os familiares. E nesta partida deixa também lembranças, saudade e oportunidade para que lhe possamos agradecer e dizer: até breve, amigo Bugão, amigo de um singelo e generoso coração.
Descanse em paz irmão.
Brasilândia/MS, 13 de novembro de 2020.
Obg pela linda homenagem prestada ao meu tio ❤️
ResponderExcluirObrigado. Tinha muito estima por ele. Hoje acrescentei dois testemunhos que achei importante registrar. Fiquem com Deus.
ExcluirO que plantamos aqui na Terra nós colhemos. Assim diz um provérbio popular
ResponderExcluirMas a Espiritualidade Maior ! nós revela que iremos colher não somente também no Plano Espiritual !
Assim o nosso irmão está colhendo no céu !pós seus frutos de bondade e sinceridade !
Com certeza ele está em uma das casas de DEUS !
JESUS disse na casa do meu Pai há muitas moradas ,!!!
Meus sentimentos a toda Família !
Muita Paz e Luz a todos 🙏🙏🙏
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEstudei com ele na Escola estadual... um amor de pessoa!!!
ResponderExcluirBoa tarde seu dr carlito obrigado ter homenageado meu amigo bugao fui criado com eles perto do campo
ResponderExcluir