Homenagem ao casal Zilma e Valdir Blini pelas Bodas de Esmeralda
Os pés
percorrem a distância que os separa e aos poucos se aproximam do coração da casa, lugar
onde circula uma aura de frescor, nostalgia e graça, que enleva o espírito dos convidados. Sorrisos e gestos de cortesia, urbanidade e gentilezas. E o refrigério do espírito que os envolve.
Noite onde todos se revestem das mais belas intenções que brotam da alma e do
coração. Sim, o coração nesta noite é o maestro da orquestra de suas vidas. Revestido
e belo, como a uma esmeralda, ele fala o mais alto de tudo o mais que os rodeia: desde
a música até o brilho das vestes e o calor dos abraços.
Alguém
desavisado poderia se perguntar o porquê desta reunião festiva: um encontro de
amigos? Uma comemoração? Uma festa de aniversário? Uma celebração?
Sim. Tudo
isso e muito mais. Um encontro de emoções. Motivo de benção para aqueles que se
encontram ali reunidos. Encontro que une laços de afeto nutridos desde há
muito por um casal, que naquela noite era o anfitrião da festa.
São
colegas, amigos e parentes que correm ao encontro de Zilma e Valdir para partilhar com eles da sua alegria nesta cerimônia tão significativa que
contagia o ambiente, cumulando-os de bênçãos ao som do rufar das asas quiçá de anjos.
Afinal,
completar 40 anos de casado é motivo de alegria e festa para este casal e a
família que eles constituíram.
Ah. Como o
tempo voa. Parece que foi ontem. Quando os olhares se cruzaram, lá pelos anos 80,
através de um meio de comunicação, muito comum na época, chamado correio elegante: uma brincadeira que acontecia nas festas populares e que consistia em
enviar tímidos cartões com recadinhos para a pessoa amada.
O casal
lembra muito bem aquele dia que marcou para sempre suas vidas. O acontecimento
reunia os fiéis numa quermesse que ocorria no mês de maio, mês de aniversário
da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, na cidade onde viviam, Adamantina.
Valdir
Blini, com 21 anos, e Zilma de
Souza Lobo, jovem de 17 anos de idade. Eles moravam muito próximos, a apenas quatro
quadras de distância um do outro, e por incrível que pareça até aquela data não
haviam se encontrado.
Foi, portanto, através desses correios elegantes, que o filho de seu Alfeu
e dona Hermínia começou a paquerar, como se dizia naquele tempo, a filha
de seu Josias e dona Shirley, todos já saudosos, vindo a firmar
solenemente o compromisso no dia 6 de agosto de 1980.
Cumprido o rígido costume e
as exigências do namoro da época, dois anos depois, lá estavam os noivos numa festa
de entrega de alianças na casa do seu Josias para a alegria da família e
o sorriso cheio de vida dos irmãos do noivo Valdir: Maria Helena, Jair
José, Odair e Dirce; e da jovem Zilma: as irmãs Zilda, Josimar e Joseval,
hoje saudoso.
Dali para frente, o tempo de infância dos noivos foi ficando para trás. As lembranças de Piacatu e Rinópolis que Zilma possuía aos poucos passaram a ser substituídas pelo tempo presente e a nova realidade que lhe tomava o tempo para pensar no futuro. Em Adamantina, ela frequentou as escolas Navarro, a Fleurydes e a Hellen, enquanto trabalhava como comerciária.
Quanto ao jovem Valdir,
depois de haver passado pelas mesmas escolas que anos mais tarde Zilma também
frequentou, tornou-se funcionário público estadual, porém, as portas da Faculdade
de Direito da Alta Paulista em Tupã logo o esperavam para iniciar uma
brilhante carreira profissional.
Nesta época Zilma cursava
o Magistério, alimentando o sonho latente de, um dia, vir a ser professora. As
dificuldades para os estudantes que não possuíam maiores condições, entretanto,
não eram poucas. Vivia-se numa época em que para chegar à faculdade, por
exemplo, o percurso tinha de ser feito de ônibus ou pelo trem que ligava
Adamantina à Tupã.
Mesmo assim, nada abalava
aquele casal de sonhadores que mantinha relacionamento firme no companheirismo e
alicerçado no amor comprometido que os fazia a se verem quase todos os dias.
Do noivado até o casamento,
foram muitos planos, construções e aspirações. E onde tudo foi alcançado, com a
Graça de Deus, na mais perfeita ordem.
E eis que o grande dia
chegou. No coração de Adamantina, dois jovens davam-se as mãos para caminhar
juntos. Quando o relógio marcou 17 horas do dia 29 de dezembro de 1983, uma
quinta-feira, a igreja matriz da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, sob as bênçãos
do Padre Emílio Gil, o sacramento do Matrimônio se concretizou.
Sacramento que selou uma
união abençoada que frutificou ao longo dos anos cumulando-os com dois rebentos:
André Luís, que nasceu em 85 e o caçula Pedro Henrique, que
nasceu em 92. O corolário de flores e graças ainda os brindou anos mais tarde com
dois netos queridos: Izabela e Davi.
Desde 2010, o casal vive em
Brasilândia, no Mato Grosso do Sul, onde Valdir firmou-se como advogado.
Depois de aposentar-se como funcionário público, como ele mesmo diz, partiu
para a advocacia. Zilma, em contrapartida, depois de dedicar-se também
como secretária de escritórios de advocacia, passou a curtir a vida, a família e os netos.
Gosto por viagens, e de quando
em vez uma caminhada. Ele, torcendo para o Santos e cantarolando músicas de
Roberto Carlos e Amado Batista, enquanto ela, deliciando-se ao som do Legião
Urbana e a música Chão de Giz, de Zé Ramalho. Eis o ritmo do jovem e simpático casal
que naquela noite festeja suas Bodas de Esmeralda.
Este é o casal que comemora 40 anos de casado cheios de alegria, saúde e vitalidade. Amor infinito
que renasce cheio de estima, unidade e sabedoria. Rodeado de amigos, o casal pode ter uma certeza: a caminhada valeu a pena.
Sim, amigos Zilma e Valdir, este momento vivido lhes permite poder abrir os braços e ir ao encontro dos amigos que ali estavam e manifestavam o seu amor, o respeito e a estima que são merecedores. E que correm ao vosso encontro para aplaudir o caminho de flores que vocês percorreram.
Pai, mãe, irmão que já partiram, com certeza, lá do céu, também saúdam vossa felicidade e acenam cumulando-os de bênçãos e que inspiram a todos darem-se as mãos e rogar a Deus uma prece de agradecimento pela luz e o orvalho do céu que tem depositado sobre vossas cabeças.
Parabéns Zilma e Valdir Blini pelas Bodas de Esmeralda.
Brasilândia/MS, 29 de dezembro de 2023.
Verdadeiramente uma linda história de amor, que ainda hoje prossegue com todo amor e cumplicidade. Um exemplo para todos..amo esse casal...
ResponderExcluirFoi uma honra poder homenageá-los. Parabéns à família.
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