Mariângela Castilho Leôncio Ferrari Vive!
Carlos Alberto dos Santos Dutra
Despedir-se de alguém, isso fazemos
todos os dias e a toda hora. Despedir-se de alguém para sempre, entretanto,
isso já é outra coisa.
Isso porque só sentimos essa realidade
tão íntima quando acontece conosco ou com quem queremos muito bem.
A mão faz um aceno, externamos um
sentimento de pesar. E só. O tempo passa e a vida continua.
Mas para quem esteve perto, dedicou
carinho, embalou os sonhos e dividiu caminhos no cotidiano da lida diária, lado
a lado, esse é o gesto mais difícil, o mais doloroso.
Da mesma forma podemos dizer em relação
àquelas pessoas que, mesmo sem conhecê-las em profundidade, despertaram em nós
admiração e respeito, e nem sabemos explicar o porquê.
No caso de Mariângela Ferrari, as poucas vezes que dela me aproximei e troquei algumas palavras, ela sempre demonstrou ser uma pessoa iluminada.
Seu sorriso contagiante e moderado, que
revelava um espírito de luz e otimismo para com a vida, transparecia também
certo grau de timidez, sensibilidade e delicadeza.
Seu olhar, límpido, claro, sem
reservas, eram luzeiros de verdade que lhe apontavam, com elegância e simpatia, o rumo de
êxito e realizações por onde passava.
Seja na escola, seja na igreja, seja da
família, seja com os amigos. Todos a sua volta sabiam que com ela sempre podiam
contar.
Ah, e aquela letra. Como que fazendo
rabiscos minuciosamente delineados sobre o papel, sua caligrafia sempre foi
desejo de muitos poderem imitá-la, tamanha beleza da letra cursiva que sobre
linhas multicoloridas deslizavam encantando a todos.
Mulher virtuosa, como profissional e
cidadã, transcendia também na caridade, na solidariedade e na criatividade,
incentivando crianças e jovens para os valores cristãos que elevam o ser humano
à dignidade de filhos de Deus.
Todos que a conheceram são unânimes em
testemunhar a envergadura dessa mulher: a irmã, a professora, a sempre zelosa e
inspiradora profissional que Brasilândia teve a felicidade de tê-la a seu lado.
No dia em que ela atende ao chamado do
Alto para iluminar e preencher outras esferas de Amor, três meses antes de
completar 45 anos de idade, uma sombra de tristeza se abate sobre a mãe, os
irmãos, esposo, filhos e comunidade.
Sombra que, a exemplo da Páscoa do Senhor, pela fé, os remete, paradoxalmente, à alegria da Ressurreição. Por essa razão e esperança Mariângela Vive. Na Glória e também aqui, para sempre, em nossos corações.
Brasilândia/MS, 6 de abril de 2021.
A dor da partida de uma filha, para uma
mãe, é quase impossível conter.
Mãe Francisca... A flor que
preenchia o ramalhete
Que acariciaste um dia criança...
/ A pétala que desapegou do botão
Quando a flor desabrochou.../ O
ramo caído no chão
O espinho que fere a mão / Aperto
no coração...
Ah. Mãe Francisca. / Ver a filha
amada partir
Ah como dói sentir... / Queria
ainda vê-la sorrir
Largo jardim a florir / E o
sorriso que ilumina
Mariângela, minha menina / Gentil
perfume no ar
Saudade que vai ficar / Só Deus
Pai para consolar
Coragem mãe, esperança / Fé esposo Ferrari, família, crianças.
Obrigada meu amigo em definir com palavras tão sábias a minha amada e querida irmã.
ResponderExcluirSó tenho algo a acrescentar, Te vejo no céu Mari..🌹
Obrigada meu amigo em definir com palavras tão sábias a minha amada e querida irmã.
ResponderExcluirSó tenho algo a acrescentar, Te vejo no céu Mari..🌹
Deus os abençoe. 🙏🏻
ResponderExcluirQue texto sensível amigo, eu mais do que qualquer um posso confirmar as verdades ditas por ti, obrigado por me fazer lembrar e conhecer mais um pouquinho da minha amada mamãe.
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