terça-feira, 20 de junho de 2023

 

Feliz Aniversário, Cunhataí do cerrado.

Carlos Alberto dos Santos Dutra


 

Era uma vez uma menina. Ela nasceu no município de Três Lagoas, mas muito cedo, em janeiro 1992, com 5 anos de idade, mudou-se para Brasilândia. Em 1995, aos 9 anos, já era vencedora do primeiro Concurso Literário em Brasilândia, no qual produziu um poema sobre a cidade. Em 1998 mudou-se para Dracena onde atuou como bailarina por dois anos. Em 2001 retorna a Brasilândia e em 2002 conquista novamente o prêmio do Concurso Literário.

Apaixonada pela escrita, a jovem decidiu estudar jornalismo, nas Faculdades Integradas de Três Lagoas-AEMS. Atuou como repórter correspondente do jornal Hoje MS, de Três Lagoas, Jornal da Cidade e prestou assessoria de imprensa à prefeitura de Brasilândia durante alguns anos, voltando anos depois, e onde permanece até os dias atuais. 

Foi aos 23 anos que esta jovem jornalista foi contempladas pelo Fundo de Investimentos Culturais de Mato Grosso do Sul (FIC/MS), tendo a oportunidade de lançar seu primeiro livro, chamado Conhecendo a minha rua.

Nesta altura do texto, o leitor já sabe de quem estamos falando. Pois hoje, nos lembra as redes sociais, é o dia do aniversário desta jovem escritora e jornalista Patrícia Luciana Paulino Acunha, a estimada amiga de todos Pati. 

E para comemorar este aniversário, recuperamos aqui um texto em sua homenagem que foi proclamado por ocasião do lançamento do livro Conhecendo a minha rua, dessa nossa escritora, em cerimônia que aconteceu no ano de 2009, há 13 anos, portanto, nas dependências da Câmara Municipal de Brasilândia.

Naquele momento dissemos:

"Érico Veríssimo, renomado escritor gaúcho, escreveu em seu livro Solo de Clarineta o seguinte texto: Desde que, adulto, comecei a escrever romances, tem-me animado até hoje a ideia de que o menos que um escritor pode fazer, numa época de atrocidades e injustiças como a nossa, é acender a sua lâmpada, fazer luz sobre a realidade de seu mundo, evitando que sobre ele caia a escuridão, propícia aos ladrões, aos assassinos e aos tiranos. Sim, segurar a lâmpada, a despeito da náusea e do horror. Se não tivermos uma lâmpada elétrica, acendamos o nosso toco de vela ou, em último caso, risquemos fósforo repetidamente, como um sinal de que não desertamos nosso posto.

"É esse o espírito dessa noite. De alguém tão jovem e que está disposta a semear luz. E romper com o obscurantismo à sua volta. Transformando-se logo em exemplo e orgulho para todos. Falo, pois, da escritora desta noite. Para alegria de Brasilândia. Para honra dessa terra. E para o engrandecimento de nossa gente: 

Patrícia Acunha menina

Nossa Cunhataí do cerrado

Vive esse dia encantado

Escritora desta terra

Toda alegria encerra

Traçou largos horizontes

Vieste beber na fonte

Com teu olhar sempre atento

Faz notícia o pensamento

E a alegria do pai

Temor a Deus Adonai

E da mãe educadora

Foi a melhor professora

Sábias mãos, sopa de letras

Trouxe pro lar o planeta

Para este fruto colher

Ver o dia amanhecer

E, ei-la, menina graça

Que agora, para o mundo passa

Na condição de escritora

Mestre das letras, autora

Dá a cidade um presente

Que deixa todos contentes

Este livro, esta história

Que narra os tempos de glória

Dos primeiros que chegaram

Um a um, que aqui cruzaram

Pelas ruas da cidade

Tamanha felicidade

Só de lembrar, dá alegria

A suave melodia

É Brasilândia que canta

É o grito na garganta

Dos que saúdam Patrícia

Que deu vida a notícia

Por isso te respeitamos

Mais que isso, admiramos

Tua obstinação

Humildade, coração

Levantaste a lamparina

Lançaste uma obra-prima

Para lembrar amanhã

Com gosto de hortelã

Dos saudosos que partiram

Do jardim que construíram

Estão todos lá lembrados

Na memória, cultuados

Graças a essa menina

E a sua lamparina

Cheia de brilho e coragem

Deixa a mais bela mensagem

Tu és luz pra juventude

Demonstração de virtude

Respeito e maturidade

Pelas ruas da cidade

Corre solto o pensamento

Corre solto o encantamento

Patrícia Acunha, verdade".


Feliz aniversário Patrícia Acunha!

 

Fonte: História e Memória de Brasilândia/MS - Volume II – Patrimônio, Capítulo 1 Patrimônio Cultural de Brasilândia, Página 57-59

Disponível para leitura na Biblioteca Municipal Professora Abadia dos Santos, e rede de ensino municipal e estadual de ensino, de Brasilândia/MS.

Para aquisição, pelo site: História e Memória de Brasilândia/MS - Patrimônio, por Carlos Alberto dos Santos Dutra - Clube de Autores

 

 

Um comentário:

  1. Obrigada pelo carinho com a minha filha a cada dia admiro as sábias palavras que você escreve

    ResponderExcluir