segunda-feira, 9 de setembro de 2024

 

As eleições municipais e seus Vice-Prefeitos

Carlos Alberto dos Santos Dutra



Falar de Vice é sempre um desafio. Isso porque Vice é uma palavra emblemática, e que já se encontra no imaginário coletivo como de pouca importância ou de relevo secundário. A história tem confirmado isso.

Desde o tempo de priscas eras, fomos nos acostumando com esse personagem que passou pela história, na figura de vice-reis, vice-presidentes, vice governadores, vice-prefeitos. E eles sempre em segundo plano.

No campo fático, a experiência mais próxima que temos pode ser percebida ao lembrar que esses senhores, Vice-prefeitos, depois de eleitos, com raras e honrosas exceções, só davam o ar da graça em inaugurações e festividades, ou para colocar na algibeira seus salários no final de cada mês. Pouco ou nada influenciando nas administrações as quais ajudaram a eleger.

Porém, não era para ser assim, pois a história nos mostra também o quão importante foram os Vices em períodos recorrentes, e nos diversos níveis de governo. Em termos de Brasil, por exemplo, dos 39 presidentes da República que tivemos, oito foram Vices que assumiram o posto de Presidente pela linha sucessória: Floriano Peixoto, Nilo Peçanha, Delfim Moreira, Café Filho, João Goulart, Itamar Franco e Michel Temer.

No campo dos Governadores, nos reportando somente ao nosso Estado, temos o exemplo de Ramez Tebet, que foi Vice de Wilson Barbosa Martins e que assumiu como governador de Mato Grosso do Sul de 1986 a 1987.

Em Brasilândia, o nome do Vice-prefeito também por diversas vezes ascendeu, pela via da sucessão. Os mais antigos estão lembrados: Marques Neto e Paulo Simões Braga, que foram substituídos por Gentil de Souza. E o Prefeito Adilson Alves que foi substituído pelo seu Vice, Fernando Mendes, que administrou Brasilândia por quatro anos.

Tudo isso para demonstrar que o cargo de Vice-prefeito tem relevância, sim, sobretudo por ser o responsável para dar continuidade ao projeto de desenvolvimento iniciado pelo Prefeito que encabeçou a chapa majoritária que o elegeu.

Neste ano de 2024, nas eleições que se aproximam, o cargo de Vice-prefeito oferece ao eleitorado a escolha de dois nomes que estão necessariamente ligado ao nome dos que concorrem a Prefeito: Prefeita Aurineia de Almeida Halsback, com o nome de Néia na cédula, pelo 15 do MDB, e Prefeita Márcia Regina do Amaral Schio, com o nome de Márcia Amaral, na cédula, pelo 45 do PSDB.

Por mais que tenhamos simpatia por este ou aquele candidato a Vice, não é possível fazer votações separadas para Vice-prefeito de um lado e de outro.

Outro fato que chama a atenção é os Vices das chapas das duas mulheres concorrentes serem homens. O que, se por um lado, revela um despertar para o protagonismo feminino que ascende e brilha por estes campos e cerrados; por outro, revela o quanto a sociedade ainda deva avançar.

Entre os candidatos a Vice, um deles já tem experiência legislativa, pois já foi vereador na cidade de Sidrolândia/MS. Desde 2021 é servidor público municipal em Brasilândia e atua como médico. Trata-se do três-lagoense Dr. Jurandir Cândido da Silva, de 57 anos que concorre pela mesma sigla da candidata a Prefeita Néia, do MDB. É comunicativo e conhecedor dos escaninhos da política, sobretudo no campo da Saúde, onde pretende continuar atuando. 

É amplamente conhecido e querido por todos pelo dedicado trabalho realizado junto à população na prestação da assistência médica como ginecologista e obstetra no Hospital Dr. Júlio César Paulino Maia em nossa cidade. É, sem dúvida, uma promessa que pode dar continuidade aos avanços que a atual administração que finda em 31 de dezembro imprimiu nos últimos oito anos. 

O vice da candidata Márcia, é Fábio Toledo Leite da Silva, que é morador de Brasilândia há muitos anos. Tem 61 anos de idade e é produtor rural, concorrendo pelo Partido Progressista que, juntamente com o PL, o Podemos e o PSDB/Cidadania, caminham juntos e se encontram coligados. 

Natural de Fernandópolis/SP, é sua primeira investidura na política partidária. Já esteve à frente do Sindicato Rural de Brasilândia, sendo uma liderança influente junto à Famasul e larga experiência na implantação de projetos e gestão no mundo do agronegócio. Bem relacionado nos escalões governamentais, manifestou-se abertamente em favor do atual Governador Eduardo Riedel nas eleições de 2022, referendando a proposta vitoriosa de fazer o MS crescer. É o que deseja agora para Brasilândia.

Nas mãos destes dois valorosos cidadãos de nossa cidade está o destino da Vice Prefeitura de Brasilândia para os próximos quatro anos. Deles depende o empenho e a dedicação que exigirá ser exclusiva para as funções do cargo, como sugere a Lei Orgânica do Município, mormente o artigo 40 que prevê: 

§ 1º- O Vice-prefeito, além de outras atribuições que lhe forem atribuídas por lei complementar, auxiliará o Prefeito sempre que por ele convocada para missões especiais; § 2º- A investidura do Vice-prefeito em Secretaria Municipal não impedirá as funções previstas no parágrafo anterior”. 

E o artigo 43, que prevê: “O Prefeito e o Vice-prefeito não poderão, sem licença da Câmara Municipal, ausentar-se do Município por período superior a 15 dias, sob pena de perda do cargo, e sempre será substituído pelo Vice-prefeito na sua ausência”, entre outras exigências e atribuições do cargo.

Obedecido o Norte da Carta Magda do Município e a Constituição Federal, a Prefeita que vier a ser eleita, seja com o vigor e habilidade de seu Vice médico, seja com a criatividade e força de seu Vice agropecuário, ela haverá de recolher o que tiver plantado no exigente e esperançoso coração do povo brasilandense. A colheita está, portanto, em suas mãos.


Brasilândia/MS, 9 de setembro de 2024.

  

Fonte: Dr. Jurandir Cândido (@drjurandircandido) • Fotos e vídeos do Instagram; (4) Facebook; Fabio Toledo (@ofabiotoledo) • Fotos e vídeos do Instagram; (4) Facebook

Fotos: Candidatos a Vice-prefeito em BRASILÂNDIA - no MS em 2024 | Tribuna PR

 

 

 

 

 

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