domingo, 22 de setembro de 2024

 

"SABE MOÇO "

(Francisco Alves/Leopoldo Rassier)



 

Sabe, moço

Que no meio do alvoroço

Tive um lenço no pescoço

Que foi bandeira pra mim

Que andei em mil peleias

Em lutas brutas e feias

Desde o começo até o fim

 

Sabe, moço

Depois das revoluções

Vi esbanjarem brasões

Pra caudilhos coronéis

Vi cintilarem anéis

Assinatura em papéis

Honrarias para heróis

 

É duro, moço

Olhar agora pra história

E ver páginas de glórias

E retratos de imortais

 

Sabe, moço

Fui guerreiro como tantos

Que andaram nos quatro cantos

Sempre seguindo um clarim

 

E o que restou?

Ah, sim!

No peito em vez de medalhas

Cicatrizes de batalhas

Foi o que sobrou pra mim

 

Sabe, moço

Que no meio do alvoroço

Tive um lenço no pescoço

Que foi bandeira pra mim

Que andei em mil peleias

Em lutas brutas e feias

Desde o começo até o fim

 

Sabe, moço

Depois das revoluções

Vi esbanjarem brasões

Pra caudilhos coronéis

Vi cintilarem anéis

Assinatura em papéis

Honrarias para heróis

 

É duro, moço

Olhar agora pra história

E ver páginas de glórias

E retratos de imortais

 

Sabe, moço

Fui guerreiro como tantos

Que andaram nos quatro cantos

Sempre seguindo um clarim

 

E o que restou?

Ah, sim!

No peito em vez de medalhas

Cicatrizes de batalhas

Foi o que sobrou pra mim

 

Ah, sim!

No peito em vez de medalhas

Cicatrizes de batalhas

Foi o que sobrou pra mim.



Enviado pelo amigo cacequiense Victor Hugo Noroefé que, como nosotros, distantes, mantém firmes as raízes na pampa gaúcha.

Brasilândia/MS, 20 de setembro de 2024.



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