terça-feira, 3 de setembro de 2024

Homenagem aos 90 anos da Paróquia Nossa Senhora das Vitórias.

Diác. Carlito Dutra


Meus amigos cacequienses
Quero hoje festejar
Mesmo longe quero saudar
Esta Paróquia querida
Foi ela que trouxe a vida
A esse rincão teatino
Lhe apontando um destino
Ao povo que ali vivia
Trouxe bênção e alegria
Nossa Senhoras das Vitórias
Faz parte da nossa história
Desde o tempo de nossos pais
Desde a águas batismais
Casamentos, romarias
As capelas, que alegria
Desde o Padre Vitorino
Eu ainda era menino
De costas o padre rezava
Em latim, e eu adivinhava
As palavras, que saudade
Trazendo luz à cidade
Desde o padre Tramonti
Da Capela que foi fonte
De um lugarejo pacato
Era o tempo do Curato
Até que um dia chegou
E residente ficou
Padre Gallas, como Cura
Que enfrentou com bravura
Gaúcho de Cerro Largo
Que assumiu sem-embargo
Como Pároco primeiro
Desta terra, pioneiro
Da fé e das construções
Incendiou os corações
Deixando feliz o povo
Imprimindo sangue novo
Até chegar Padre Horn
José Luiz, altar mor
Dessa paróquia também
Vindo a cavalo ou de trem
Sempre alegre e acolhedor
Foi grande semeador
Nosso pais podem lembrar
De minha parte, posso falar
Foi no ano que eu nasci
Quando um gaúcho de Itaqui
Padre Pedro Vitorino
Batizou este menino
No tempo de Dom Hermeto
Que de mãos dadas em dueto
Começou a construção
Casa Canônica, irmão
Também as irmãs chegaram
Notre Dame edificaram
A Escola Paroquial
Padre Vitorino jovial
Também olhou o cidadão
Participou da emancipação
Do torrão de Cacequi
E muitos, ainda guri
Viram o padre falar
Num discurso anunciar
A cidade emancipada
Alegrando a gauchada.
Até chegar o Padre Quirino
De Veranópolis, o destino
Nos trouxe sua bondade
Carisma e fraternidade
Foi neste tempo que surgiu
Diocese de Bagé floriu
Desmembrou-se de Uruguaiana
Dom José Gomes, hosana
É o bispo da Diocese
Dá início a uma Catequese
Juntos aos ferroviários
Com o trabalho solidário
De um padre que vai e vem
Que pelas linhas do trem
Padre Cláudio Mascarelo
Com seus santinhos singelos
E sua mala misteriosa
Deixava a gente curiosa
Cada vez que ele chegava
Lembro que ele almoçava
Lá na vó, no Entroncamento
Grandes homens de talento
E assim passaram os anos
Veio o Concilio Vaticano
E Padre Quirino inovou
Missa em português rezou
Deixando o latim para trás
No rosto do povo olhou
Que entusiasmado cantou
Um novo tempo de graça
Fez desfiles pelas praças,
Desobrigou da batina
A paróquia ainda menina
Até receber o novo padre
Padre Hermes, esse confrade
De costumes mais antigos
Foi bom padre, bom amigo
Gaúcho de Livramento
Que de Deus foi instrumento
Tempo de Ângelo Mugnol
Bispo que foi um farol
De luz para minha vocação
Devo a ele gratidão.
De malas para o Seminário
Eis que chega um emissário
De Deus, Padre Botton
Um homem que tinha o dom
De ser simples e profundo
De conversar com o mundo
Um líder e sentinela
Um construtor de capelas
Tudo feito em mutirão
Bíblia e caniço na mão
O restante era a palavra
Quando a paciência reinava
Um grande transformador
Tantas CEBs com amor
Ministros, comunidade
Ah, padre que deixou saudade
Foram tantos benfeitores
Padres, religiosas, senhores
Que merecem ser lembrados
Padre Figueiró, Padre Maurício
Padre Artêmio, Padre Amauri
Padre Saulo, Padre Macke
Padre Piveta, entre outros. 
E o atual, valoroso Padre Antônio Tascheto.

Homenagem também às vocações cacequienses:
Irmã Verônica, Irmã Maria Francisca,
Irmã Elaine, Diácono Carlito Dutra, Padre Elpídio entre outros.

E as Congregações Femininas e Masculina que marcaram o coração de várias gerações de cacequienses e tantos outros que nesta pajada, por questão de tempo e espaço, não puderam ser nominados.
Deus os abençoe. Deus seja louvado.
 
De Brasilândia/MS para Cacequi/RS, setembro de 2024.
90 anos da Paróquia Nossa Senhora das Vitórias.

Um comentário: