Maria Angélica: Quando o arroz e o amor florescem juntos.
Carlos Alberto dos
Santos Dutra
No livro História de um amor comum, publicado
pela escritora Laura dos Santos Dutra,
em 2003, portanto há 18 anos, em meio à ficção que se mistura com a realidade
familiar, ela fala de uma de suas personagens.
Bem que poderia ser
o retrato heroico da caminhada de nossa irmã Maria Angélica. Tomo a liberdade de reproduzir aqui um trecho do
texto que se encontra na página 19 desta pequena grande obra de nossa mãe.
De certa forma, com
a licença poética que o momento exige, é a homenagem que podemos fazer a esta vitoriosa
mulher que hoje aniversaria, Maria
Angélica Dutra Serafin, mensagem que lhe confere poder percorrer o caminho trilhado com orgulho e lhe dá motivos de sobra para comemorar.
(...) Cercada por paisagem exuberante, por verdes
cerros e ao longe, montanhas, a filha menor, tira leite de vacas, cultiva sua
horta, cuida de pintos e galinhas. Deslumbrada com toda a natureza que a
fascina e a nutre, suportou também a pressão e os limites da geografia sobre
sua vida.
Casou cedo com um ótimo rapaz, que além de amá-la,
tinha outra grande paixão na vida: a terra que lhe dava o sustento, os arrozais
e os tratores.
A pesquisa do solo, o manuseio da terra, os tenros
brotos do arroz que nasciam mergulhados na água, tudo isso lhe enchia o peito
de um orgulho ingênuo, uma paixão verde-esmeralda que ondulava suavemente sobre
os últimos raios de sol por detrás dos montes.
O arroz é amorosamente inspecionado por seus olhos
vigilantes, tirando ervas daninhas, irrigando-os com paciência: tenta
protegê-los da inclemência dos temporais.
Orgulhoso, contempla o fruto do seu trabalho, sorri
complacente para as filhas e a esposa, e sonha com um amanhã mais próspero e
compensador.
A esposa acredita no que faz. Vê as luzes da cidade que
brilham ao longe e sonha. Eu sei que, tendo um caráter firme, e sendo honesta,
vai cumprir a sua parte, como fez seu pai. Dúvidas quanto sua felicidade, sua
mãe guarda em silêncio (...).
Sim, dona Laura, dissiparam-se as dúvidas com o
tempo: aquela menina caçula cresceu, amadureceu e venceu. Na condição de
mãe, mulher, profissional, esposa e avó, soube dedicar os braços ao trabalho, sem deixar de carregar o ramalhete
das melhores e mais belas flores para festejar a vida que o casal construiu.
Motivos que a
enchem aquele rostinho redondo e sorridente de cabelos amarelos que a mãe ainda guarda no coração, cheia de alegria e gratidão. Feliz aniversário querida filha Maria
Angélica, também lhe desejam os irmãos.
Que aquele mar dourado do
arroz maduro plantado a quatro mãos, descrito tão bem por dona Laura, revista a aura do teu rosto iluminando a vida, e as novas vidas que hoje se aninham nos teus
braços de avó, da qual todos louvam a Deus e dão graças.
Parabéns mana
querida. Feliz Aniversário. Parabéns Nani e família Dutra Serafin.
Brasilândia/MS, 24
de maio de 2021.
O livro História de um amor comum e outros da autora Laura dos Santos Dutra se encontram em: https://clubedeautores.com.br/livro/historia-de-um-amor-comum
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